Ex-policial militar de Mato Grosso do Sul, Adair José Belo, 46 anos, é procurado pela polícia de Rondônia depois de atirar na nuca de um homem durante briga em festa de confraternização. Belo é apontado como braço direito e sucessor do narcotraficante Jorge Rafaat, executado ano passado no Paraguai.
De acordo com informações do site Extra de Rondônia, festa ocorreu no sábado em uma fazenda na região de Cerejeiras, quando houve o desentendimento entre Belo, que se apresentava com o nome de Jorge, e seu tio, que não teve a identidade divulgada.
Durante a briga, o ex-policial militar atirou na nuca da vítima, que foi socorrida em estado grave, e fugiu em seguida.
Polícia Militar foi acionada e sobrinho da vítima informou que Belo teria comprado uma fazenda próximo a cidade de Pimeteiras (RO) para usar como ponto estratégico para comandar o tráfico internacional de drogas.
Polícia fez buscas na fazenda e apreendeu uma arma calibre 357, uma pistola 9 mm adaptada para disparar sem interrupção e diversas munições calibres 22 e 12. O suspeito não foi localizado.
Narcotráfico
Adair Belo é apontado como ex-braço direito de Rafaat, executado em junho de 2016 com tiros de metralhadora antiaérea, calibre .50, por integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e estaria tramando para vingar a morte de seu ex-patrão. Ele foi segurança de outro megatraficante, Irineu Domingos Soligo, o “Pingo”, e trabalhava com Rafaat nos últimos anos.
Adair Belo é natural do Paraná e foi soldado da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul. Em 1994, ele desertou do cargo, após executar, a mando de traficantes, um sargento da PMMS. Preso um ano depois, se tornou testemunha da Justiça para mapear o tráfico de drogas na região do Conesul. Anos depois, foi solto e voltou a trabalhar no narcotráfico.
Ele foi pistoleiro de Rafaat e coordenador do envio de cocaína da Bolívia para o interior de São Paulo. Em 2012, foi preso novamente em um sítio em Batayporã, mas fugiu do Centro de Triagem, em Campo Grande, pela porta da frente. Sua fuga gerou investigação e demissão de servidores da Agência Estadual do Sistema Penitenciário (Agepen).
O paranaense é tido como um homem de extrema periculosidade e frieza, que após a execução de Rafaat, havia desaparecido.