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Estado precisa do dobro de agentes penitenciários para suprir demanda

Com 16,4 mil detentos, Agepen tem 1,6 mil profissionais trabalhando

LEANDRO ABREU

09/07/2018 - 11h27
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Com metade do efetivo de agentes penitenciários para “trabalhar com segurança”, o sindicato da categoria avalia como positivo o chamamento de mais 500 candidatos do último concurso, porém acredita que ação do Governo do Estado ainda seja insuficiente. Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária (Sinsap) pede ainda o reconhecimento de periculosidade da profissão e equiparação dos salário às outras forças de segurança pública.

Conforme o presidente do sindicato, André Luiz Santiago, atualmente Mato Grosso do Sul possui 16.427 detentos, enquanto a Agência Estadual de Gestão do Sistema Penitenciário (Agepen) emprega 1.650 agentes penitenciários. “Desse número, cerca de 70% trabalha no setor de segurança e custódia, que tem contato direto com o detento. O ideal são cinco detentos para cada agente, mas isso tem que levar em conta que são quatro plantões por dia ainda”, explicou.

Considerando os números crus, há um deficit de 100% no número de agentes penitenciários, que precisaria dobrar e chegar a 3,3 mil para que o índice de cinco detentos para cada profissional seja alcançado. Porém, essas contas não levam em conta também servidores de licença, de férias e de outros setores que não tem contato direto com os presos. Sendo assim, o deficit deve ser ainda maior.

“Tivemos muitos aposentados nos últimos meses e ainda há uma expectativa de que 167 servidores devem se aposentar até o fim do ano. Além disso, acabou de inaugurar uma unidade em Ivinhema e mais três na Gameleira estão previstas”, alertou Santiago.

Ainda conforme Santiago, essa convocação anunciada pelo governo é positiva, mas não suficiente para melhorar as condições de trabalho dos agentes. “Tem 1,2 mil aprovados nesse concurso ainda. A chamada é positiva, mas que o Estado tem que fazer um planejamento para chamar todos os aprovados, para amenizar a situação e dar o mínimo de condições de trabalho para o servidor. Antes da realização desse concurso, em 2016, nos reunimos com o governador e pedimos 1,7 mil agentes, sendo 700 de forma emergencial”, afirma.

Além disso, o presidente do sindicato lembra de velhas reivindicações feitas pela categoria. “A média de evasão dos concursos para agentes é de 27%, porque o salário não é vantajoso, os candidatos passam em outros concursos, a profissão de alto risco. Então desistem. Esperamos também que o governo reconheça a periculosidade da profissão e haja equiparação das outras forças de segurança pública”, concluiu Santiago.

Procurada pela reportagem para detalhar estatísticas de aposentadoria e se já há previsão de novos chamamentos de candidatos, a Agepen não respondeu a solicitação do Portal Correio do Estado até o fechamento dessa matéria.

OPERAÇÃO DA PF

Fraude em ponto eletrônico da saúde na Prefeitura de Corumbá gera prejuízo de R$ 6 milhões

Polícia Federal deflagrou operação para combater crime e identificou servidor que ficava 5 minutos no expediente

19/04/2024 12h30

Polícia Federal deflagrou operação contra fraude do ponto em Corumbá Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Esculápio nesta sexta-feira (19) para combater prejuízo milionário que servidores da saúde em corumbá estavam causando no serviço público com fraudes em ponto eletrônico.

Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde da Prefeitura de Corumbá reiteradamente fraudavam seus pontos eletrônicos, não cumprindo a carga horária contratada, mas recebendo o salário integral. 

Ao longo da investigação, a Polícia Federal em Corumbá identificou que houve casos em que a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos. O foco da operação nesta sexta-feira foi concentrado nessa unidade especializada, que fica no bairro Universitário.

Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00.

Esse cálculo foi obtido a partir da apuração dos salários pagos aos profissionais de saúde em valor integral, porém sem que eles cumprissem a carga horária. A Polícia Federal não detalhou há quanto tempo essa fraude vinha sendo praticada e como houve a denúncia.

Na ação, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, foram sequestrados bens móveis avaliados em R$ 1.500.00,00 e bens imóveis avaliados em R$ 5.000.000,00 dos servidores públicos.

Dentro do Centro Municipal de Especialidade Odontológica trabalham principalmente dentistas e os serviços prestados são de cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia e odontopediatria. Os investigados poderão responder por estelionato, peculato e peculato eletrônico.

A Prefeitura de Corumbá divulgou nota e sugeriu que não foi a responsável pela denúncia. Conforme apurado, o governo municipal não teria conhecimento oficial dessa fraude até que ocorresse a operação.

"Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações. A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário", divulgou.

Ainda não há confirmação se os servidores investigados pela Polícia Federal também vão passar por processo administrativo.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 10h30

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

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