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Estado aposta na hidrovia
para escoar os grãos neste ano

Safra deve superar 18 milhões de toneladas

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Com expectativa de retirar dos campos sul-mato-grossenses mais de 18 milhões de toneladas de grãos neste ano, mesmo após as perdas na soja, o governo do Estado está apostando no aumento do escoamento da safra pela hidrovia, para evitar gargalos logísticos comuns em MS. Historicamente voltada para o transporte de minérios, via Corumbá e Ladário, a rota fluvial se tornou vital para as tradings que originam grãos em polos de Mato Grosso do Sul. 

O incremento às exportações de commodities, com a chegada de novos empreendedores em Murtinho, projeta o dobro de cargas saindo pelo rio em 2020 – 1,5 milhão de toneladas –, com perspectivas de quadruplicar esse volume em três anos e importar insumos e combustíveis. Somente para este ano, a expectativa é de elevar em 66% as exportações de grãos pela rota fluvial. 

A melhoria na logística de transporte e no escoamento de grãos foi uma das principais demandas do setor produtivo de MS, para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), em reuniões esta semana na Expogrande. A colheita de soja 2018/2019 foi de 8,6 milhões de toneladas e a previsão de colheita do milho da 2ª safra é de 9 milhões de toneladas. 

Na questão logística, o governador destacou que o andamento da construção do terminal portuário, no município de Porto Murtinho, poderá aliviar em parte os problemas do escoamento na próxima safra de verão.

“No fim de 2018, publicamos um decreto para fomentar a atividade portuária em Porto Murtinho, Corumbá e Ladário, e já recebemos várias sinalizações positivas do setor privado. Quanto ao terminal construído em Murtinho [serão dois], um já tem até contrato firmado para fevereiro do ano que vem, para escoar 500 mil toneladas de soja”, revela o chefe do Executivo estadual. 

As exportações de commodities pelo rio para o próximo ano terão um incremento expressivo com a entrada em operação, em fevereiro, do porto graneleiro do grupo FV Cereais, com sede em Dourados. O grupo adquiriu uma área fora dos limites do dique de proteção contra enchentes, que circunda Murtinho, e já prepara o terreno para sua construção, com investimento inicial de R$ 50 milhões. O porto terá capacidade de estocagem de 30 mil toneladas.

Azambuja explicou ainda que os portos foram planejados para escoar outras matérias-primas produzidas no Estado. “O projeto dos terminais inclui a instalação de contêineres refrigerados, tanque de armazenagem de combustíveis. Para que isso aconteça, já iniciamos o processo de pavimentação e ampliação de estradas da região sul, a fim de encurtar o tempo de transporte até Porto Murtinho”, conclui.

Safras

Os sojicultores do Estado tiveram problemas neste ciclo em função da estiagem de dezembro e janeiro, no entanto, os resultados foram positivos e, na avaliação dos especialistas, o milho terá um desempenho ainda melhor, com expectativa de aumento de 15% no volume colhido. 

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul), Maurício Saito, faz uma análise conjuntural das principais dificuldades enfrentadas pelos agricultores sul-mato-grossenses. 

“A atividade de produção em grãos envolve toda uma cadeia que precisa de apoio do poder público. Neste ano, tivemos problemas na retração na quantidade de soja colhida, aumento nos custos de produção e o restabelecimento comercial entre China e Estados Unidos. Por isso, temos de procurar medidas assertivas a fim de manter os bons resultados”, argumenta. 

Na última semana de março, o boletim de acompanhamento da safra produzido pela unidade técnica do Sistema Famasul divulgou que o plantio do milho 2ª safra foi concluído, com 1,98 milhão de hectares semeados. A expectativa é de que a produção aumente em 15%, visto que na safra passada (2017/2018) foram colhidas 7,8 milhões de toneladas, contra 9 milhões estimadas nesta etapa.

CENÁRIO REGIONAL

No entendimento de Saito, uma das prioridades a serem resolvidas este ano diz respeito ao deficit de capacidade estática de armazenamento e às condições das rodovias estaduais e federais. 

“Para agir preventivamente, o ideal seria iniciar a retirada da soja estocada nos armazéns do Estado, a fim de aumentar o espaço para o milho que será colhido. Por isso, é necessário que as estradas de Mato Grosso do Sul estejam preparadas para receber um alto fluxo de caminhões”, acrescenta.

ALIMENTOS-DISPERDÍCIO

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, diz ONU

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global"

27/03/2024 21h00

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos Crédito: Freepik

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A humanidade desperdiçou por dia o equivalente a um bilhão de refeições em 2022, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Esse cálculo é provisório e a quantidade de alimentos desperdiçados pode ser muito maior, apontam os responsáveis pelo Índice de Desperdício de Alimentos.
Embora ainda existam 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome, o mundo desperdiçou mais de um bilhão de toneladas de alimentos em 2022, o equivalente a mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,21 trilhões na cotação da época).

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global", diz o texto.

"Milhões de pessoas passarão fome hoje enquanto os alimentos são desperdiçados em todo o mundo", afirma Inger Andersen, diretora-executiva do Pnuma. E esse não é apenas um fracasso moral, mas também ambiental, destaca ela.

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos.

O relatório, em conjunto com a organização sem fins lucrativos Wrap, é o segundo sobre desperdício global de alimentos elaborado pela ONU.

À medida que a coleta de dados melhora, a verdadeira magnitude do problema se torna mais clara, diz Clementine O'Connor, também do Pnuma.

"Para mim, é simplesmente assustador", reforça Richard Swannell, do Wrap. "Seria realmente possível alimentar todas as pessoas atualmente famintas no mundo com uma refeição por dia, apenas com a comida que é desperdiçada a cada ano."

Restaurantes, refeitórios e hotéis foram responsáveis por 28% do total de desperdício de alimentos em 2022, enquanto o comércio varejista, como açougues e mercearias, descartou 12%. Os maiores culpados foram os lares, que representaram 60%, cerca de 631 milhões de toneladas.

Muito disso ocorre porque as pessoas simplesmente compram mais alimentos do que precisam, calculam mal o tamanho das porções e não comem sobras, diz Swannell.
Outro problema são as datas de validade. Existem produtos perfeitamente bons que são jogados fora porque as pessoas supõem, incorretamente, que eles estragaram.
O relatório explica também que muitos alimentos, especialmente no mundo em desenvolvimento, se perdem no transporte ou estragam devido à falta de refrigeração.

Ao contrário da crença popular, o desperdício alimentar não é um problema apenas dos países ricos e pode ser observado em todo o mundo.

Os países com climas mais quentes também geram mais resíduos, possivelmente devido ao maior consumo de alimentos frescos.

Efeitos devastadores

As empresas também contribuem para o problema porque é barato descartar produtos não utilizados graças aos aterros. "É mais rápido e fácil descartar atualmente porque a taxação do lixo é zero ou muito baixa", diz O'Connor.
O desperdício de alimentos tem "efeitos devastadores" para as pessoas e o planeta, conclui o relatório.

A conversão de ecossistemas naturais em agricultura é uma das principais causas da perda de habitat, e o desperdício de alimentos ocupa o equivalente a quase 30% da terra destinada ao uso agrícola.

"Se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, atrás dos Estados Unidos e da China", ressalta Swannell.

NO BRASIL 

O Índice de Desperdício de Alimentos calcula que, no Brasil, a taxa, na etapa de consumo familiar, esteja em 94 kg per capita ao ano.

Essa estimativa leva em conta somente o consumo doméstico de alimentos no país, com base em um estudo piloto realizado em 2023 em cinco regiões da cidade do Rio de Janeiro, com diferentes perfis socioeconômicos.

"Embora seja um estudo restrito ao Rio de Janeiro, os dados mostram que o desperdício ocorre mesmo em bairros de classe média baixa. Os fatores que levam ao desperdício precisam ser explorados em pesquisas qualitativas. É importante destacar que o montante de 94 kg por pessoa ao ano leva em conta tanto sobras de refeições, tais como arroz e feijão, quanto cascas de frutas e ossos", diz Gustavo Porpino, analista da Embrapa Alimentos e Territórios, que atuou como revisor do índice, em comunicado.

"A metodologia do Pnuma não categoriza o desperdício em evitável e inevitável, porque considera relevante reduzir o descarte de resíduos orgânicos como um todo", explica.

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PAC Saúde

Com investimento de R$ 89,5 milhões, municípios de MS irão receber novas Unidades Básicas de Saúde

Com as novas unidades o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária

27/03/2024 17h30

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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O Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC Saúde) disponibilizou R$ 89,5 milhões para investimento em construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 37 municípios de Mato Grosso do Sul.

Entre os municípios estão Campo Grande (R$ 4.945.820,90), Dourados (R$ 4.945.820,90) e Corumbá (R$ 2.276.907,66). Em todo país serão construídas 1,8 mil unidades em mais de 1,5 mil municípios. Com isso, o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária. 

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, com as novas UBS haverá a necessidade de ampliação no quadro das equipes de Saúde da Família (eSF), se Saúde Bucal (eSB), multiprofissionais  (eMulti) e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A pasta informou que o investimento feito é de R$ 4,2 bilhões, sendo que os valores das novas UBS apresentam a variação de R$1,8 e R$6,6 milhões, de acordo com a região e o tamanho da unidade. 

Ainda, de acordo com o Ministério, os dez pedidos entre equipamentos e obras que o Novo Pac Saúde contempla, novas UBS representam o maior número de propostas apresentadas pelos municípios, um total de 5.665 propostas, referentes a 3.001 territórios.

Veja a relação dos municípios

Para a escolha dos municípios a receber as novas UBS foram vulnerabilidades socioeconômica; ausência assistencial na Atenção Primária; locais com baixo índice de cobertura e Estratégia de Saúde da Família.

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