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polícia investiga

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Escolas em Naviraí têm três casos de
violência em menos de uma semana

Envolvidos nas ocorrências tem 16, 15 e 11 anos

NATALIA YAHN

10/06/2017 - 10h30
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Mais dois novos casos envolvendo violência escolar foram registrados em Naviraí, a 358 quilômetros de Campo Grande. Ontem (9), uma aluna de 15 anos agrediu a coordenadora da Escola Municipal José Martins Flores, no Bairro Sol Nascimento.

No mesmo dia, um aluno de 11 anos foi flagrado com uma faca dentro da Escola Municipal Marechal Rondon, no Centro. Ambos os casos foram atendidos pela Polícia Militar e o Conselho Tutelar, de acordo com o site Tá na Mídia Naviraí.

O  primeiro caso aconteceu às 10h, quando a adolescente de 15 anos chegou à escola com a roupa suja, totalmente alterada e com os olhos vermelhos.

A direção da escola informou que ela não falava com coerência e aparentava estar sob efeito de drogas. A coordenadora tentou conversar com a jovem para saber o que estava acontecendo, mas foi agredida com um tapa no rosto.  

A diretora da escola ligou para a mãe da aluna, porém a mulher disse que não conhecia a menina e que ela não era sua filha.

Equipes da PM e do Conselho Tutelar estiveram na escola, junto com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que encaminhou a garota para a Santa Casa da cidade. Durante atendimento médico, ela confessou ter usado drogas. O pai da adolescente foi localizado e ficou como responsável por ela no hospital. O caso foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia Civil da cidade, como desacato.

Faca encontrada com aluno de 11 anos em Naviraí. Foto: Umberto Zum/Tá Na Mídia Naviraí

No período da tarde, na escola municipal, o aluno de 11 anos foi flagrado com uma faca de aproximadamente 20 centímetros de lâmina no pátio.

Novamente a PM e o Conselho Tutelar foram acionados e durante conversa com a criança - já com a presença do pai - ele disse estar sendo ameaçado por outro aluno da escola. Por este motivo, ele pegou a faca na casa da avó e passou a carregá-la e quando chegava na escola escondia  na quada de esportes.

Ontem, quando tirava a arma da mochila para esconder na quadra, foi flagrado por outro aluno que avisou a direção. O caso também foi registrado pela Polícia Civil.

FACADAS NA ESCOLA

Na noite de terça-feira (6) o diretor da Escola Estadual Antônio Fernandes, também em Naviraí, Marlon Morch, 35 anos, foi atacado e esfaqueado por um aluno de 16 anos.

O caso aconteceu no pátio da escola e logo após ter esfaqueado o diretor, o adolescente fugiu do local pulando o muro. Toda a ação foi registrada por câmeras de segurança.

Na quinta-feira (8) o adolescente prestou depoimento, e protegido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), foi  liberado. O jovem foi levado pelos pais até a delegacia, dois dias após o crime.

Em depoimento, ele confessou o crime, chorou e disse que estava arrependido com o que tinha feito. Ele ainda relatou que um dia antes de cometer a infração, tinha se desentendido com o diretor dentro do banheiro, quando Marlon o repreendeu por estar matando aula.

Essa discussão teria agravado a relação entre os dois. No dia que ele esfaqueou o professor, o diretor novamente o repreendeu por estar fumando dentro da escola. Foi feito um pedido para que o adolescente seja internado na UNEI (Unidade Educacional de Internação), mas a Justiça ainda não acatou o pedido.

O diretor foi esfaqueado duas vezes, nas costas e no braço, e passou por duas cirurgias. Uma facada perfurou o pulmão e no dia seguinte à agressão, ele precisou retirar o baço, mas está fora de perigo.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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