Cidades

INVESTIGAÇÃO

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Empresário e filho são citados em esquema de guardas municipais

Três agentes da Guarda Municipal foram presos, nesta semana, após apreensão de arsenal

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Documentos anexados aos autos de prisão em flagrante dos três guardas municipais presos nesta semana, em Campo Grande, apontam o envolvimento de dois empresários no caso. Pai e filho teriam dado ordens para que os dois guardas municipais detidos na quinta-feira (23) ameaçassem e coagissem a esposa de outro agente da Guarda Municipal, Marcelo Rios, 42 anos, flagrado com fuzis e outras armas no domingo (19). A suspeita da polícia é de que o objetivo era impedir uma possível delação.

Consta nos autos que os agentes da Guarda Municipal, Rafael Antunes Vieira e Robert Vitor Kopetski, juntamente com o motorista Flavio Narciso Morais da Silba, teriam ordenado que a esposa de Marcelo deixasse a casa onde mora e trocasse o número de telefone. A mulher, de 28 anos também teria sido coagida a não ter contato com policiais e passou a ser monitorada, sob ameaça de morte. No registro, a polícia descreve que o trio presta serviços no mesmo local que Marcelo, “havendo fortes suspeitas de que de fato de que estavam vigiando *** por ordem de seu patrão e filho”. 

Em depoimento, outra mulher, de 35 anos, que também se apresentou como convivente de Rios conta que o marido trabalha há mais de 10 anos como guarda municipal. No entanto, segundo a mulher, para complementar sua renda, o guarda trabalhava como segurança particular na casa de um empresário conhecido em Campo Grande. 

A mulher acrescenta ainda que o guarda municipal comentava que realizava diversos serviços no local, entre eles, de levar e buscar pessoas ligadas a família e que “haviam outros companheiros, inclusive alguns seriam policiais civis e também militares, que faziam o mesmo serviço de segurança particular. No entanto, não soube dizer por qual motivo havia necessidade de tanta segurança na residência”. 

No documento, a mulher revela ainda que há alguns meses o filho do empresário teria oferecido um imóvel para Marcelo, mesma casa onde a polícia encontrou dois fuzis AK-47, quatro fuzis calibre 556, duas espingardas calibres 12 e 22, 17 pistolas e um revólver calibre 357. 

APREENSÃO

No domingo, policiais da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), com apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar, apreenderam dezenas de armas de grosso calibre em poder do guarda municipal Marcelo Rios, no Bairro Monte Líbano, em Campo Grande. 

Além das armas de fogo, foram apreendidos supressores de ruídos (silenciadores), diversos carregadores e munições. Um veículo com restrição criminal por roubo/furto também foi apreendido no local. A prisão em flagrante de Rios acabou convertida em prisão preventiva, durante audiência de custódia realizada na segunda-feira (20), no Fórum da Capital. O caso está sendo investigado pelo delegado Fábio Peró, do Garras.

Na quarta-feira, com o desdobramento das investigações, policiais fizeram a prisão de mais dois integrantes da Guarda Municipal, suspeitos de envolvimento no caso. Conforme apurado, os servidores teriam planejarem o sequestro e cárcere privado da mulher do colega preso com o arsenal. Eles foram autuados por obstrução de Justiça.

O possível envolvimento de policiais civis e militares no caso do arsenal encontrado em uma casa do bairro Monte Líbano, em Campo Grande, divulgado pela Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes) gerou um mal-estar na Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).  

Em nota, a Sejusp informa que as investigações estão em andamento, e foi determinado que as corregedorias dos órgãos ligados à secretaria investiguem possível participação de servidores.

OPERAÇÃO DA PF

Fraude em ponto eletrônico da saúde na Prefeitura de Corumbá gera prejuízo de R$ 6 milhões

Polícia Federal deflagrou operação para combater crime e identificou servidor que ficava 5 minutos no expediente

19/04/2024 12h30

Polícia Federal deflagrou operação contra fraude do ponto em Corumbá Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Esculápio nesta sexta-feira (19) para combater prejuízo milionário que servidores da saúde em corumbá estavam causando no serviço público com fraudes em ponto eletrônico.

Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde da Prefeitura de Corumbá reiteradamente fraudavam seus pontos eletrônicos, não cumprindo a carga horária contratada, mas recebendo o salário integral. 

Ao longo da investigação, a Polícia Federal em Corumbá identificou que houve casos em que a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos. O foco da operação nesta sexta-feira foi concentrado nessa unidade especializada, que fica no bairro Universitário.

Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00.

Esse cálculo foi obtido a partir da apuração dos salários pagos aos profissionais de saúde em valor integral, porém sem que eles cumprissem a carga horária. A Polícia Federal não detalhou há quanto tempo essa fraude vinha sendo praticada e como houve a denúncia.

Na ação, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, foram sequestrados bens móveis avaliados em R$ 1.500.00,00 e bens imóveis avaliados em R$ 5.000.000,00 dos servidores públicos.

Dentro do Centro Municipal de Especialidade Odontológica trabalham principalmente dentistas e os serviços prestados são de cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia e odontopediatria. Os investigados poderão responder por estelionato, peculato e peculato eletrônico.

A Prefeitura de Corumbá divulgou nota e sugeriu que não foi a responsável pela denúncia. Conforme apurado, o governo municipal não teria conhecimento oficial dessa fraude até que ocorresse a operação.

"Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações. A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário", divulgou.

Ainda não há confirmação se os servidores investigados pela Polícia Federal também vão passar por processo administrativo.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 10h30

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

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