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Em troca de espaço na antiga rodoviária, Sejusp fará cursos

Previsão é de que convênio entre município e Estado seja firmado em dois meses

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Para receber um espaço de até 350 metros quadrados da Prefeitura de Campo Grande no prédio da antiga rodoviária, onde funcionará a Delegacia de Pronto Atendimento (Depac) do Centro, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) se comprometeu a fornecer cursos e reciclagens na Academia de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (Acadepol-MS).

Os cursos serão para os agentes da Guarda Civil Metropolitana. O convênio entre prefeitura e Governo do Estado deverá ser assinado em até 60 dias, garante o titular da Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes), Valério Azambuja.

“Nós próximos 30 ou 60 dias nós vamos formalizar esse convênio sobre a cedência dessa área e nele o Governo vai promover cursos de capacitação na Acadepol, dentro da necessidade da Guarda, e a formação dos novos servidores da Guarda”, explica o secretário municipal.

Os servidores da GCM fazem reciclagem a cada dois anos para manter o porte de arma e utilizam da estrutura da Acadepol para os treinamentos, mediante convênio que termina em março. O serviço estaria no combo feito para que o município liberasse o espaço para abrigar a delegacia.

Para o secretário estadual de segurança, Antônio Carlos Videira, a parceria está confirmada e agora a Sejusp espera apenas o término da reforma para fazer a mudança para o novo endereço.

“O dr. Marcelo Vargas (delegado-geral da Polícia Civil) já se reuniu com a equipe técnica da prefeitura justamente para ver o tamanho do espaço necessário, para que a gente possa levar para aquela região de Campo Grande, que tem sofrido por conta dos usuários, dos dependentes químicos, maior segurança”, disse Videira.

Um dos motivos para querer a mudança é o pouco espaço que a Depac Centro tem atualmente. Localizada junto ao prédio onde funciona a 1ª Delegacia de Polícia Civil da Capital, o local não tem espaço de estacionamento. “A instalação da Depac ali vai permitir você melhorar o ambiente de trabalho para o policial que lá está lotado e também o atendimento a população, que tem uma área mais ampla de estacionamento. Ali na Padre João Crippa vamos manter o 1º DP”, disse o titular da Sejusp.  

O secretário estadual afirmou que para a mudança, a Sejusp já tem a ata de registro de preço do mobiliário que utilizará no local e também dos computadores. “Só depende mesmo hoje da disponibilização, mas passa necessariamente pelo projeto de revitalização que está sendo conduzido pela prefeitura, a hora que eles derem o ok a gente vai para lá”, afirmou o secretário.

ANDAMENTO

A revitalização da antiga rodoviária ainda está em fase de elaboração do projeto de engenharia. No dia 19 de fevereiro foi dada a ordem de serviço para começar os trabalhos. Segundo o secretário municipal de Obras, Rudi Fiorese, a empreiteira terá 90 dias para elaborar o projeto, que será a base para o edital licitatório que contratará a empresa que executará o planejamento.

Além da Depac Centro, a prefeitura também prevê a volta da Gerência Operacional da Guarda Civil Metropolitana para o prédio. De acordo com Azambuja, serão 70 servidores atuando no local 24 horas por dia, em regime de plantão.

“Lá atrás funcionava ali a Gerência Operacional, saiu de lá por falta de estrutura. Hoje ela funciona na Praça do Rádio, em uma sala de 50 metros quadrados. Agora esse espaço deve triplicar, ficar bastante confortável, com recepção, alojamento, uma minicopa, vai ter área para atendimento e uma sala como a do Centro de Controle Operacional para compartilhar essas imagens”, detalhou o titular da Sesdes.

Para Valério Azambuja, a mudança das duas corporações para o prédio levará mais segurança para a região. “Voltando esse serviço, ela toda revitaliza, aqueles usuários, que só estão ali porque tem alguém que vende o entorpecente para eles, fornece álcool, drogas e afins, vão embora. Eu tenho certeza que o traficante vai desaparecer ou ele vai ser preso e a clientela dele vai ser assistida, vai sair dali porque ela vai ser acolhida”.

Mais mudanças

A Sejusp busca R$ 2,5 milhões para financiar a construção da Depac Piratininga, que foi transferida para o prédio da Cepol. Conforme Videira, a sede da delegacia deverá ser levantada em um terreno que já é da secretaria, que fica ao lado da Defurv. O Governo do Estado espera conseguir liberação de verba já existente, repassada pelo Sistema Único de Segurança Pública (Susp), ou por meio de emenda da bancada federal.

Cidades

Bolsa Família reduz pobreza na primeira infância, mostra estudo

Mais da metade das crianças no Brasil estão em famílias de baixa renda

23/04/2024 21h00

Arquivo/Agência Brasil

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O país tem 18,1 milhões de crianças de 0 a 6 anos de idade, segundo dados do Censo 2022. Cerca de 670 mil (6,7%) estão em situação de extrema pobreza (renda mensal familiar per capita de até R$ 218).

Esse número, no entanto, poderia ser muito pior (8,1 milhões ou 81%) sem o auxílio de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Essa é a conclusão de um estudo feito pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV).

Perfil Síntese da Primeira Infância e Famílias no Cadastro Único leva em consideração dados de outubro de 2023 do CadÚnico, sistema que reúne informações das famílias de baixa renda no país (renda mensal per capita de até R$ 660). Na primeira infância, de 0 a 6 anos, são 10 milhões de crianças (55,4%) classificadas nessa categoria.

“Esse estudo demonstra o potencial do Cadastro Único para a identificação de vulnerabilidades na primeira infância, a relevância de seu uso para a elaboração de iniciativas para esse público e a importância do Bolsa Família no combate à pobreza”, diz Letícia Bartholo, secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único.

O estudo traz outros recortes, como o fato de que 43% dos responsáveis por famílias com crianças de 0 a 6 anos não têm nenhuma fonte de renda fixa. Para 83% deles, a principal fonte de renda é o Bolsa Família.

Cerca de três a cada quatro famílias com crianças na primeira infância são chefiadas por mães solo. A maioria delas é parda e tem idade entre 25 e 34 anos.

Em relação ao perfil das crianças, 133,7 mil (11,1%) são indígenas; 81,3 mil (6,7%) são quilombolas, e 2,8 mil (0,2%) estão em situação de rua.

“Ao lado de outras políticas públicas, o Bolsa Família tem um enorme potencial de equacionar as desigualdades do país. A criação do Benefício Primeira Infância é o primeiro passo para chamar a atenção de gestores, gestoras e população em geral para a importância dessa fase na vida”, diz Eliane Aquino, secretária Nacional de Renda de Cidadania (Senarc).

Diferenças regionais

Ao considerar as regiões do país, o levantamento aponta a existência de desigualdades. Segundo o Censo, o Nordeste tem 5,1 milhões de crianças na primeira infância: 3,7 milhões (72%) estão registradas do CadÚnico. No Norte, há 1,9 milhão de crianças na primeira infância: 1,4 milhão (73%) registradas no CadÚnico.

Por outro lado, na Região Sudeste, quase metade do total de crianças entre 0 e 6 anos, estão registradas no programa. São 6,8 milhões de crianças na região, das quais 3,1 milhões estão no CadÚnico.

“A disparidade socioeconômica entre crianças na primeira infância exige ações imediatas e uma política nacional integrada que aborde as necessidades específicas das famílias mais vulnerabilizadas. O Cadastro Único é um importante instrumento para nortear uma política que sirva como alavanca para equidade”, diz Mariana Luz, diretora da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

Perfil dos municípios

O estudo faz um recorte municipal, a partir de uma classificação em três grupos. O primeiro inclui cidades onde há mais crianças migrantes, em situação de rua e em domicílio improvisado coletivo. O segundo, onde há maior precariedade habitacional, é primeira infância na área rural e de populações tradicionais e específicas. O terceiro, crianças em situação de trabalho infantil, fora da pré-escola e em precariedade habitacional.

Os dados mostram que 71% dos municípios da região Norte não tem saneamento adequado. No Sudeste, o índice é de 20%. No Nordeste, 9% dos municípios não têm energia elétrica.

Os dados fazem parte da série Caderno de Estudos, do MDS, que desde 2005 busca construir conhecimento científico e gestão de políticas públicas. Na nova edição, o caderno apresenta uma série de publicações voltadas para a primeira infância, como pesquisas sobre o impacto do programa de Cisternas na saúde infantil e os desafios enfrentados por mães no mercado no trabalho após terem o primeiro filho.

Cotidiano

Administradora de três aeroportos em MS inicia programa para impulsionar fluxo de passageiros

A operadora aeroportuária Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã

23/04/2024 18h30

Foto/Arquivo

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A operadora aeroportuária Aena, que administra três aeroportos de Mato Grosso do Sul, lançou um programa de incentivo ao desenvolvimento da aviação brasileira. Para isso, deve recompensar as companhias aéreas de acordo com o aumento na quantidade de passageiros no período de 1º de abril a 30 de outubro.

De acordo com a Aena, o objetivo do programa é contemplar os aeroportos dos estados de  Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará. Em caso de voos domésticos, o programa prevê o reembolso de 100% das tarifas de passageiros em cada rota operada pelas companhias aéreas em 16 aeroportos sob sua gestão.

Nos casos de voos internacionais, o programa de incentivo é válido para os seis aeroportos sob administração da Aena no Nordeste. Nesse caso, a base de comparação será o mês de março de 2024. Para novas rotas internacionais, o incentivo permanece até 31 de março de 2025.

Em Mato Grosso do Sul, a Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã.

De acordo com Aena,o objetivo da campanha é oferecer um cenário positivo para que as companhias aéreas possam elevar suas participações nos aeroportos da administradora.

"Como maior operadora aeroportuária do país, trabalhamos para incentivar a aviação brasileira, reduzindo custos das companhias aéreas e melhorando as opções dos passageiros", afirma Marcelo Bento, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Aena Brasil.

As companhias que aderirem ao programa de incentivo ainda podem contar com o apoio da Aena para a promoção das ligações. A concessionária irá disponibilizar a divulgação de novos voos e rotas nos painéis publicitários localizados dentro dos aeroportos, banners promocionais no site da Aena, além de campanhas em suas redes sociais.

 

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