Cidades

HABITAÇÃO

A+ A-

Em meio a incertezas, MS terá 2,8 mil moradias populares

Em todo o Estado, há projetos para 5,5 mil casas e apartamentos; nem todos serão entregues

Continue lendo...

Diante da falta de sinalização do governo federal em injetar verbas no programa de habitação Minha Casa Minha Vida, o setor habitacional em Mato Grosso do Sul está repleto de incertezas este ano. Somente o governo estadual tem previsão de lançar novos empreendimentos em 2020, enquanto a Prefeitura de Campo Grande aposta em programa local de financiamento para obras residenciais.

Existem, atualmente, 5.540 unidades residenciais financiadas com verba pública em construção em todo o Estado. Destas, 3.760 estão sob a alçada da Agência Estadual de Habitação (Agehab), divididas em 69 empreendimentos espalhados em vários municípios. Desse montante, há previsão de entregar 2.892 ainda este ano.

Além disso, há 180 lotes urbanizados em execução, dos quais 80 saem até dezembro. Nesse programa, o município doa o terreno, o governo constrói da base até a primeira fiada em alvenaria e o beneficiário termina a casa.

Já a Prefeitura de Campo Grande tem 1.780 unidades habitacionais em construção. Contudo, o diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Amhasf), Enéas José de Carvalho Netto, disse ao Correio do Estado que não pode garantir a entrega de nenhuma delas neste ano porque quem cuida da obra é a Caixa Econômica Federal (CEF).

O município seleciona a empreiteira, arruma a área para instalação dos residenciais e faz o sorteio dos beneficiários. Mesmo sendo a ponte entre a população e o banco, o órgão não tem acesso ao cronograma de obra.

“Quando o contrato é assinado com a construtora selecionada, todo o desembolso, todo o cronograma é tratado única e exclusivamente com a Caixa. Para nós, fica apenas a seleção nos moldes do Minha Casa Minha Vida”, disse Cavalho Netto.

Amhasf espera com a população por novidades no andamento do empreendimento. Quando a obra atinge 50%, o agente financeiro informa a Amhasf que é a hora de começar a seleção dos beneficiários.  

É quando o município publica os editais, faz o sorteio e manda os dados dos contemplados ao banco, para que ele faça uma investigação completa da pessoa para saber, por exemplo, se ela já foi beneficiada ou se tem mesmo a renda informada no cadastro. Depois disso, “a Caixa só me fala quando vai agendar a entrega porque finalizou a obra”, explica o diretor-presidente da Agência.

Conforme ele, todas as 1.780 unidades habitacionais em execução já passaram dos 50%. No Estado, deve ficar para o ano que vem a conclusão de 26 empreendimentos, que somam 868 unidades habitacionais. Essa quantia é insuficiente para zerar o deficit de Mato Grosso do Sul, o qual, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é de 80.012 casas.  

ALTERNATIVAS

Contudo, para não depender tanto da esfera federal, o governo desenvolve, além do Lote Urbanizado, o FGTS Subsidiado. Neste último, o poder público presta ajuda financeira às pessoas para estas conseguirem dar entrada no imóvel.  

Já a prefeitura tem o Credihabita. Nesse programa, o município repassa o terreno e faz uma espécie de empréstimo para a pessoa construir a casa dela. Conforme o diretor-presidente da Agehab, há previsão de investimento de R$ 1,5 milhão ao longo de 2020 com essa iniciativa.  

Os lotes são cedidos ao município pelas grandes empreiteiras quando constroem imóveis particulares, então, a quantidade de terrenos destinados ao programa é incerta e depende do aquecimento do setor.

Segundo informações da Caixa Econômica Federal, somente as 66 unidades habitacionais do Residencial Inápolis devem ser entregues no primeiro semestre de 2020. No segundo semestre devem ser entregues os residenciais Armando Tibana, Jardim Mato Grosso, Aero Rancho I e II, Laranjeiras e Sírio Libanês, totalizando mais de 1,2 mil unidades habitacionais. Para o ano que vem vai ficar o Residencial Canguru, que tem 300 unidades. 

PREVISÃO 

Do total de moradias em obras em Mato Grosso do Sul, 5.540 são construídas com recursos públicos e 3.460 são de responsabilidade da Agência Estadual de Habitação (Agehab). E é deste montante que devem sair as 2.892 entregas previstas para este ano. Enquanto isso, a prefeitura da Capital, com 1.780 unidades em construção, afirma que o andamento das obras depende da Caixa Econômica Federal e por isso não pode garantir as entregas.

(Matéria alterada às 11h20 para acréscimo de informações)

OPERAÇÃO DA PF

Fraude em ponto eletrônico da saúde na Prefeitura de Corumbá gera prejuízo de R$ 6 milhões

Polícia Federal deflagrou operação para combater crime e identificou servidor que ficava 5 minutos no expediente

19/04/2024 12h30

Polícia Federal deflagrou operação contra fraude do ponto em Corumbá Foto: Divulgação

Continue Lendo...

A Polícia Federal deflagrou a Operação Esculápio nesta sexta-feira (19) para combater prejuízo milionário que servidores da saúde em corumbá estavam causando no serviço público com fraudes em ponto eletrônico.

Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde da Prefeitura de Corumbá reiteradamente fraudavam seus pontos eletrônicos, não cumprindo a carga horária contratada, mas recebendo o salário integral. 

Ao longo da investigação, a Polícia Federal em Corumbá identificou que houve casos em que a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos. O foco da operação nesta sexta-feira foi concentrado nessa unidade especializada, que fica no bairro Universitário.

Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00.

Esse cálculo foi obtido a partir da apuração dos salários pagos aos profissionais de saúde em valor integral, porém sem que eles cumprissem a carga horária. A Polícia Federal não detalhou há quanto tempo essa fraude vinha sendo praticada e como houve a denúncia.

Na ação, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, foram sequestrados bens móveis avaliados em R$ 1.500.00,00 e bens imóveis avaliados em R$ 5.000.000,00 dos servidores públicos.

Dentro do Centro Municipal de Especialidade Odontológica trabalham principalmente dentistas e os serviços prestados são de cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia e odontopediatria. Os investigados poderão responder por estelionato, peculato e peculato eletrônico.

A Prefeitura de Corumbá divulgou nota e sugeriu que não foi a responsável pela denúncia. Conforme apurado, o governo municipal não teria conhecimento oficial dessa fraude até que ocorresse a operação.

"Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações. A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário", divulgou.

Ainda não há confirmação se os servidores investigados pela Polícia Federal também vão passar por processo administrativo.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 10h30

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

Continue Lendo...

Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).