Dos 8 mandados de prisão expedidos pela Justiça para a realização da Operação Rédea Curta, pelo menos sete foram cumpridos. O balanço final da operação realizada em Dourados e que desarticulou quadrilha especializada em tráfico de drogas e que movimentava R$ 14 milhões ao ano ainda não foi divulgado.
Segundo apurou o Dourados News, foram presos Wilton Leite da Costa, o ‘Vila Vargas’, Marcos Oliveira dos Santos, Alyson Spessoto de Souza, Ailton de Cássio Oliveira dos Santos, Allan Yuri Arakaki de Souza, Bruno Henrique Duarte e Rogério Esterque da Silva.
Na manhã desta quarta-feira (5), o grupo foi encaminhado para a 1ª delegacia de polícia da cidade.
A força-tarefa também investiga se os R$ 67,1 mil apreendidos na semana passada em um caminhão guincho, na BR-463, em Ponta Porã, fazem parte das “posses” da quadrilha.
Conforme a denúncia, Wilton é considerado chefe da quadrilha que utilizava veículos adquiridos em Ponta Porã para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
OPERAÇÃO
Depois de 1 ano e meio de investigações, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), o Departamento de Operações de Fronteiras (DOF), o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e a Polícia Militar iniciaram ontem a Operação Rédea Curta.
Objetivo da ação é desmontar esquema de tráfico de drogas que transportava entorpecentes de Ponta Porã para São Paulo e Paraná.
Além dos 8 mandados de prisão, seriam cumpridos 18 de busca e apreensão, sendo 16 em Dourados, um em Itaporã e outro em Ponta Porã, 6 conduções coercitivas em Dourados, quando a pessoa é levada para delegacia par prestar depoimento e seis notificações, que não foram detalhadas.
De acordo com o Ministério Público Estadual, a organização criminosa era liderada por Wilton Leite a Costa, conhecido em Dourados como Vila Vargas. Outro investigado é Gustavo Belmont da Silveira, braço direito de Wilton e responsável pela logística do transporte da droga, mais especificamente a cocaína.
A investigação revelou que a droga era transportada em compartimentos escondidos de veículos. Também havia o uso de batedores, aqueles carros que têm a função de verificar se o caminho está livre para o tráfico. A quadrilha é investigada por ter movimentado R$ 14 milhões em 1 ano e meio.
Ainda segundo o MPE, Wilton usava documentos falsos e adquiria a droga pessoalmente recebendo, inclusive, dinheiro em espécie. Valores também eram depositados em contas bancária de terceiros.
Concessionárias de veículos usados, mais conhecidas como garagens, de Dourados e Ponta Porã faziam parte do esquema, comercializando veículos ligados à quadrilha.