Cidades

DESCLASSIFICAÇÃO

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Justiça suspende novas convocações do vestibular 2019 da UFGD

Universidade deverá fazer a reclassificação de candidatos cotistas

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Justiça Federal em Dourados deferiu pedido do Ministério Público Federal (MPF) e determinou que a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) suspenda novas convocações do Vestibular 2019, pelo sistema de ampla concorrência, até que seja feita a reclassificação dos candidatos pretos, pardos e indígenas eliminados na fase da confirmação da autodeclaração étnico-racial.

De acordo com o MPF, o edital que estabeleceu a abertura do processo seletivo, que foi publicado em setembro de 2018, cumpre com o que estabelece a Lei de Cotas nº 12.711/2012, reservando vagas para alunos pretos, pardos, indígenas e deficientes oriundos de escola pública, mas prevê que caso o candidato não seja considerado cotista, após avaliação da universidade, será excluído do certame, mesmo tendo nota para ingresso nas chamadas suplementares pelo sistema.

Denúncias feitas ao MPF dizem que candidatos que vieram de escola pública e autodeclarados pardos no ato da inscrição do vestibular, apesar de terem alcançado nota suficiente para serem aprovados nas chamadas da ampla concorrência, não puderam disputar as vagas de segunda e terceira chamadas por esse sistema porque não tiveram a autodeclaração de cor confirmada, perdendo assim não só a vaga em primeira chamada no sistema de cotas, mas também a vaga que poderia conquistar nas chamadas complementares pelo acesso universal.

Conforme as denúncias, a ficha de inscrição do vestibular pedia a cor da pele, a renda familiar e se o candidato havia estudado em escola pública, mas não questionava se o candidato queria concorrer como cotista. Uma das concorrentes, autodeclarada parda como consta na Certidão de Nascimento, declarou ao MPF que foi aprovada em 5º lugar na lista para cotistas e em 23º na ampla concorrência.

Após ser chamada para matrícula e verificação étnico-racial, entrou em contato com a universidade e solicitou a exclusão da lista de cotistas, mas foi informada que não seria possível. Passou pela comissão de heteroidentificação da UFGD, que não confirmou a autodeclaração de cor parda e acabou desclassificada do processo seletivo, não podendo disputar as chamadas suplementares com os demais candidatos da ampla concorrência.

Para o MPF, a postura da UFGD em excluir candidatos que não tiveram sua autodeclaração confirmada pela comissão é manifestamente desproporcional e “faz com que a Universidade não tenha em seus quadros as maiores notas, ferindo o princípio da igualdade, já que estar-se-á franqueando o acesso ao ensino superior federal a candidatos com notas inferiores a de outros que estão na mesma situação”. Ainda de acordo com o órgão ministerial, “não há dúvida que a interpretação da UFGD incide negativamente sobre quem deveria proteger, que são os alunos de escola pública que possuem nota superior aos alunos da rede privada, mas que com esses não puderam concorrer nas chamadas suplementares da ampla concorrência”.

O MPF chegou a recomendar à UFGD que incluísse na listagem geral, por ordem de nota, os candidatos que não tiveram a autodeclaração confirmada e foram excluídos do sistema de cotas, mas a universidade não acatou a recomendação, alegando que realizará as sugestões no próximo vestibular, e esclareceu que a candidata que havia feito uma das denúncias ao MPF seria mantida na sua classificação no sistema de ampla concorrência.

Para o órgão, a resolução não era satisfatória, pois prejudicaria os alunos que não procuraram o MPF ou a própria universidade. O MPF propôs a ação, com tutela de urgência, visto que a universidade já havia publicado a 4ª chamada do vestibular e que as aulas estão prestes a começar.

*Com informações da assessoria

OPERAÇÃO DA PF

Fraude em ponto eletrônico da saúde na Prefeitura de Corumbá gera prejuízo de R$ 6 milhões

Polícia Federal deflagrou operação para combater crime e identificou servidor que ficava 5 minutos no expediente

19/04/2024 12h30

Polícia Federal deflagrou operação contra fraude do ponto em Corumbá Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Esculápio nesta sexta-feira (19) para combater prejuízo milionário que servidores da saúde em corumbá estavam causando no serviço público com fraudes em ponto eletrônico.

Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde da Prefeitura de Corumbá reiteradamente fraudavam seus pontos eletrônicos, não cumprindo a carga horária contratada, mas recebendo o salário integral. 

Ao longo da investigação, a Polícia Federal em Corumbá identificou que houve casos em que a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos. O foco da operação nesta sexta-feira foi concentrado nessa unidade especializada, que fica no bairro Universitário.

Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00.

Esse cálculo foi obtido a partir da apuração dos salários pagos aos profissionais de saúde em valor integral, porém sem que eles cumprissem a carga horária. A Polícia Federal não detalhou há quanto tempo essa fraude vinha sendo praticada e como houve a denúncia.

Na ação, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, foram sequestrados bens móveis avaliados em R$ 1.500.00,00 e bens imóveis avaliados em R$ 5.000.000,00 dos servidores públicos.

Dentro do Centro Municipal de Especialidade Odontológica trabalham principalmente dentistas e os serviços prestados são de cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia e odontopediatria. Os investigados poderão responder por estelionato, peculato e peculato eletrônico.

A Prefeitura de Corumbá divulgou nota e sugeriu que não foi a responsável pela denúncia. Conforme apurado, o governo municipal não teria conhecimento oficial dessa fraude até que ocorresse a operação.

"Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações. A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário", divulgou.

Ainda não há confirmação se os servidores investigados pela Polícia Federal também vão passar por processo administrativo.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 10h30

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

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