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NÃO REALIZADAS

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DNIT pode assumir obras da BR-163 que não foram realizadas pela CCR MSVia

Entre as intervenções necessárias estão os acessos às cidades cortadas pela rodovia

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O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) poderá assumir parte das obras da BR-163 que não foram realizadas pela CCR MSVIA. Entre as intervenções necessárias estão principalmente os acessos às cidades cortadas pela rodovia, onde a concessionária deveria fazer pontes, retornos, intersecções e viadutos, num total de 72 obras. 

Para formalizar a intervenção, está agendada uma reunião no Ministério dos Transportes - em Brasília (DF) -, no início de agosto, com uma comissão formada por deputados estaduais de Mato Grosso do Sul, o senador Waldemir Moka (MDB) e representantes do Dnit e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

“Vamos discutir a questão, o cumprimento do contrato. Há promessa da ANTT de que se a CCR não se manifeste o próprio Dnit ia assumir. Se até lá a concessionária não tiver feito nada, então leva tudo a crer que o Dnit deve ficar responsável por estas modificações. Não a duplicação, mas os pontos de entrada nas cidades como Nova Alvorada do Sul, São Gabriel do Oeste, Dourados. Mas o pessoal está indo também para cobrar a duplicação”, explicou Moka.

O projeto de duplicação da rodovia atravessa 21 municípios do Estado, mas há pontos críticos especialmente nas entradas das áreas urbanas em pelo menos 13 deles. “As pessoas não se conformam com a lentidão da obra e também com esta falta de definição. Tem que ter solução, não pode isolar as cidades. E aí se a CCR não for fazer o Dnit tem que entrar e fazer”, disse o senador.

A ANTT e a superintendência regional do Dnit no Estado foram procurados para explicar se a medida é possível, já que a CCR tem concessão para fazer as obras ao longo da rodovia, porém nenhum deles respondeu aos questionamentos até o fechamento desta reportagem. A concessionária foi questionada sobre diversos pontos, em especial em relação ao cronograma de retomada das obras que estão paralisadas e se vai pagar ou recorrer da multa diária de R$ 19.733,31 aplicada, desde 9 de maio, por não duplicar 193,5 quilômetros da BR-163 e não fazer as outras 72 obras, mas também não respondeu.

Os serviços deveriam ter sido realizados entre maio de 2017 e maio deste ano, como determina o contrato para o 3º ano de concessão. O valor devido pela concessionária chega a R$ 1,361 milhão e vai continuar subindo até que as obras sejam realizadas. Reportagem publicada pelo Correio do Estado na segunda-feira (16) mostrou que além da aplicação da multa por não ter atingido a meta estipulada em contrato, “será aplicado desconto de reequilíbrio na Revisão de Tarifa Básica de Pedágio do presente ano”. A ANTT e a CCR não comentaram sobre a revisão da tarifa.

No dia 16 de março deste ano, audiência pública na Assembleia Legislativa discutiu a retomada da duplicação da BR-163, que dependeria de projeto de lei do Executivo Federal, mas que até agora sem elaboração e aprovação do texto a obra continua parada. Na época, o encontro resultou na elaboração de uma carta aberta com relatos sobre os problemas e pedidos de soluções. O documento pedia e a revisão do contrato de concessão, retomada da obra e revisão de pontos importantes do projeto, além da abertura de acessos próximos as cidades. 

CASO

Por não aderir à reprogramação de investimentos prevista na Medida Provisória 800/2017 que caducou no dia 26 de fevereiro, a CCR MSVIA esta impossibilitada de estender o prazo de execução das obras de duplicação da BR-163. Porém, a promessa é de que a ANTT continue a fiscalização para ver se há descumprimento do contrato de concessão e aplicar as punições.

A adesão ao alongamento de investimentos em 14 anos previsto na MP era esperada porque em abril do ano passado a concessionária interrompeu as obras de duplicação da rodovia alegando problemas de caixa por causa da dificuldade em obter empréstimos bancários para executar as obras previstas e a queda na arrecadação com pedágio, que se confirmou no balanço anual divulgado no mês passado.

De acordo com estes dados da concessionária, a MSVIA divulgou que arrecadou R$ 22,5 milhões a menos no ano passado que em 2016 com tarifa de pedágio. No ano retrasado, o faturamento foi de R$ 291,8 milhões com a  cobrança de  47,165 milhões  pedágios. Em 2017, o  valor caiu 7,7%, ficando em R$ 269,9 milhões, arrecadados por meio de 42,913 milhões tarifas pagas pelos motoristas.

Após esse período de paralisação, as obras foram retomadas em ritmo mais lento, tanto que em 2016 a MSVIA utilizou R$ 475,1 milhões em obras de duplicação, construção de canteiros, passagens de nível, sinalização. O valor foi reduzido para R$ 249,9 milhões, queda de 47,4%, no ano passado.

Mesmo com esta queda de receita e investimento em obras, a ANTT informou que a CCR MSVIA não formalizou a reprogramação de investimentos. As concessionárias que pediram formalmente na ANTT a reprogramação de investimentos, de acordo com a MP 800, foram a CONCEBRA, CRO, ECOPONTE, MGO, de acordo com a autarquia.

Sem os novos prazos, a MSVIA terá de investir R$ 6,5 bilhões até 2020 para duplicar 806,3 quilômetros da BR-163, com direito de cobrar pedágio por 30 anos. As obras tiveram início em julho de 2014, porém por falta de licença ambiental houve atraso e o prazo de entrega da duplicação foi ampliado para 2020. Até agora, a concessionária duplicou 138,5 quilômetros da rodovia, 9,5 quilômetros a mais que o exigido no primeiro ano no calendário de implantação da pista dupla, que terminou em 09 de maio do ano passado. Para tanto investiu cerca de R$ 2 bilhões.

CCR

Para tentar reverter este quadro, o conglomerado (CCR) que controla a MSVia anunciou no dia 21 de maio deste ano que ajuizaria uma ação contra a União e a agência pedindo a revisão dos termos assinados em 2014. A empresa, que mesmo sem cumprir a meta de duplicação teve  o pedágio reajustado em 17% desde a data em que assumiu a BR, também comunicou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que poderia solicitar a rescisão do contrato alegando que o governo descumpriu cláusulas contratuais. O valor da multa diária chega a R$ 19.733,31, já que no mesmo contrato é explicado que URT corresponde a mil vezes o valor médio da tarifa de pedágio aplicável à categoria 1 de veículos (carros de passeio), que hoje corresponde a R$ 6,57. 

VACINA

Estado corre contra o tempo para aplicar mais de 130 mil doses da vacina da dengue

Em 78 municípios são aproximadamente 36 mil doses disponíveis, já em Dourados são cerca de 93 mil imunizantes ofertados

19/04/2024 09h00

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Mato Grosso do Sul ainda tem mais de 130 mil doses da vacina contra a dengue para serem aplicadas e o Estado tenta acelerar a vacinação porque, boa parte delas, só pode ser aplicada até o final deste mês, quando vence o prazo de validade.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), até o dia 10 deste mês haviam sido aplicadas 36.408 doses, das 73.344 recebidas, o que significa que ainda havia em estoque, na semana passada, 36.936 aplicações.

Os dados, porém, são referentes a 78 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, já que Dourados não recebeu doses do Ministério da Saúde, e sim de uma parceria com a farmacêutica Takeda, que produz a vacina.

No caso dos imunizantes ofertados pelo Ministério da Saúde, parte deles tem prazo de validade até o dia 30 deste mês, por este motivo o governo federal orientou as municipalidades a ampliar a faixa etária indicada para a vacina.

Em Campo Grande, são 1.346 doses com este prazo de validade, por este motivo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) decidiu ampliar a faixa etária permitida de 10 a 14 anos para de 6 a 16 anos.

No restante do Estado, a SES não soube informar a quantidade exata de vacinas por vencer nos próximos dias, porém, orientou que caso os municípios que tenham imunizantes com esse prazo pode haver aumento da faixa etária. 

“Mantém-se a recomendação de vacinação contra a dengue na faixa etária de 10 a 14 anos. No entanto, se houver doses com vencimento em 30 de abril de 2024, em quantidade que represente risco de perda física, essas doses poderão ser aplicadas em pessoas de 6 a 16 anos de idade”, disse a SES.

Larissa Castilho, Superintendente de Vigilância em Saúde da SES/MS, explica que essa é uma medida temporária, conforme a nota técnica 65 de 2024 do Ministério da Saúde, que trata da estratégia temporária de vacinação da dengue para as doses com validade para 30 de abril de 2024.

“Essa estratégia, ela vale para os municípios que contém essas doses com validade próxima e mantém a recomendação para a faixa etária de 10 a 14 anos com vencimento e se tiver um quantitativo representativo pode ampliar essa faixa etária para 6 a 16 anos. Não tendo adesão desse público, a gente pode ampliar a faixa etária temporariamente de 4 a 59 anos”, esclarece.

DOURADOS

O caso de Dourados é diferente do que acontece no restante dos municípios. Lá, a saúde local tenta aplicar cerca de 93 mil imunizantes até o fim do mês por conta da janela de aplicação entre a primeira e a segunda dose.

De acordo com o gerente do Núcleo de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (Sems) de Dourados, Edvan Marcelo Marques, o vencimento das doses disponíveis na cidade acontece apenas em agosto, entretanto, essas vacinas disponibilizadas pelo laboratório são para primeira e segunda dose, portanto, como há  necessidade de internavalo de três meses entre a primeira e segunda aplicação, a primeira dose será feita apenas até o dia 30 de abril.

“Nós recebemos 150 mil doses para serem aplicadas em primeira dose, estamos com cerca de 57 mil aplicadas e sabemos que nossa meta primária não vai ser alcançada,  por causa do prazo que temos de janela, apenas se houve novos lotes. Por isso estamos fazendo uma força-tarefa desde o dia 8 de abril para conseguir aplicar o máximo de doses. Só com essas ações temos conseguido aplicar 1,2 mil doses por dia”, explicou Marques.

Segundo o gerente da secretaria de Dourados, um dos problemas enfrentados pela baixa vacinação é a falta de interesse de parte da população.

“A discussão de baixa cobertura vacinal é como um todo, o perfil da sociedade é de uma população que desconhece algumas doenças, então não percebe que é um problema grave, então existe uma falsa sensação de segurança. É uma questão cultural do brasileiro, que só procura ajuda quando está doente e não tenta previnir”, afirmou.

No município, além dos postos de saúde, a vacina está sendo ofertada em posto fixo em praças, shopping e supermercados.

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Segurança

Agendamento online para passaportes está indisponível temporariamente

Polícia Federal detecta tentativa de invasão do ambiente de rede

18/04/2024 20h00

Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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A Polícia Federal (PF) informou, nesta quinta-feira (18), em Brasília, que está temporariamente indisponível o serviço de agendamento de emissão de passaportes pela internet. A decisão foi tomada após a instituição detectar, no início desta semana, tentativa de invasão ao ambiente de rede da PF.

O serviço de agendamento será retomado após a verificação de integridade dos sistemas, porém, ainda não há previsão de quando isso ocorrerá. A nota da PF diz que o governo trabalha para restabelecer o serviço online.

Para os atendimentos marcados previamente em uma unidade emissora do documento de viagem, a instituição garante que serão realizados normalmente na data e horário marcados, quando o solicitante deverá apresentar a documentação original necessária e o atendente público fará a conferência das informações cadastradas, além de coletar dados biométricos (impressões digitais e fotografia facial).

A Polícia Federal recomenda aos cidadãos que não tiverem viagem ao exterior programada para os próximos 30 dias que aguardem a normalização do serviço.

Os brasileiros que irão para o exterior nos próximos dias e, comprovadamente, necessitarem da emissão de passaporte comum podem enviar a documentação que prove a urgência para o e-mail da unidade da Polícia Federal mais próxima. Os contatos das superintendências estaduais da PF e das delegacias onde são emitidos passaportes estão disponíveis no link.

Agendamento regular
Habitualmente, quando o serviço virtual de agendamento para emissão de passaportes está operando, o cidadão interessado preenche o formulário eletrônico na internet, escolhe uma das datas e horários disponíveis e, por fim, marca o posto de atendimento da PF onde deseja ser atendido.

O cidadão não deve ir diretamente a uma delegacia da Polícia Federal sem fazer o agendamento prévio para passar pelos procedimentos de emissão do documento.

A entrega do passaporte ocorrerá na mesma unidade apontada no primeiro agendamento online do serviço e não poderá ser modificada.

Após o atendimento presencial, a retirada do documento poderá ser feita entre seis e dez dias úteis até 90 dias corridos. Depois desse prazo máximo, o documento será cancelado, com total prejuízo da taxa paga.

O custo comum para emissão de um passaporte é R$ 257,25. Se houver urgência, serão somados R$ 77,17, como taxa adicional de emergência, gerada durante o atendimento. Total: R$ 334,42

Contudo, se a remissão for de um passaporte ainda válido que tenha sido extraviado ou perdido, o valor cobrado na taxa comum dobra: R$ 514,50 ao todo para desembolso.

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