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Dias antes de novo contrato,
Santa Casa paralisa cirurgias

Hospital tenta mais uma vez, com empréstimo no valor de R$ 10 milhões, manter o funcionamento

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Com repasse mensal de recursos do poder público em atraso desde julho, a Santa Casa de Campo Grande – maior hospital de Mato Grosso do Sul – paralisou a realização de cirurgias eletivas desde sexta-feira (25). A interrupção dos procedimentos ocorre durante o período de negociação da nova contratualização que garante serviços para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) com repasse da prefeitura da Capital e do governo do Estado – ambos confirmam parte da dívida. O convênio atual, prevê um repasse anual de R$ 294 milhões à Associação Beneficente, entidade que administra o hospital. 

A paralisação dos serviços ocorre a poucos dias do fim do contrato entre Santa Casa, prefeitura da Capital, governo estadual e federal. O atual vence amanhã (31) e foi firmado em julho deste ano, em contratualização válida apenas por três meses. 

Esacheu Nascimento, diretor-presidente da Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG), entidade que administra o  hospital, informou que a unidade não tem medicamentos suficientes para atender à demanda de cirurgias eletivas e também de urgência e emergência.

Por dia, a Santa Casa realiza aproximadamente 150 cirurgias, das quais, pelo menos, 50 são eletivas, o que significa que, desde sexta-feira até hoje, aproximadamente 300 pessoas não tiveram seus procedimentos realizados.

Esacheu afirma que o hospital precisa receber R$ 18,6 milhões da contratualização, sendo R$ 8,7 milhões do governo do Estado, R$ 6,9 milhões da prefeitura e mais R$ 3 milhões também da administração municipal pelo atendimento de alta complexidade. 

Além de mais R$ 6 milhões que a gestão do hospital cobra da prefeitura referentes ao atendimento do Serviço de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Municipais (Servimed) – plano de saúde dos funcionários municipais –, vinculado ao  Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG). No total, são R$ 24,6 milhões a receber.

O valor será usado para pagamento dos salários dos médicos, já que uma parte do corpo clínico ainda não recebeu. Conforme Esacheu, os profissionais autônomos e os que são pessoa jurídica não receberam e, com eles, a Santa Casa tem uma dívida de R$ 8 milhões, incluindo os valores deste mês.

O hospital afirma que já acionou o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) para providências, mas Nascimento diz que não recebeu nenhuma devolutiva, nem do MP nem da administração municipal. “Nosso contrato é com a prefeitura, então quando não há um repasse é ela que cobramos”, disse o diretor.

O hospital ainda afirma que na semana passada a Prefeitura da Capital encaminhou R$ 1 milhão e que na segunda-feira (28) outros R$ 1,3 milhão foi depositado para a entidade pela administração.

Em entrevista coletiva ontem de manhã, Nascimento lembrou que no início do ano a situação já havia acontecido, quando a administração ficou devendo o valor referente a contratualização dos meses de março, abril e maio. O que foi resolvido após reunião com interveniência do MPMS.

CONTRATUALIZAÇÃO

A Prefeitura fez um aditivo ao contrato da Santa Casa, que estabelece o repasse de pouco mais de R$ 2,8 milhões – R$ 1,7 milhão em recursos do Estado e R$ 1,1 milhão do governo federal – para a Unidade de Trauma. Mensalmente, o hospital recebe R$ 20,3 milhões dos três poderes.

A contratualização só foi assinada em julho deste ano, após 16 meses da entrega do prédio da Unidade de Trauma – dos quais dez são de efetivo atendimento a pacientes.

EMPRÉSTIMOS

Para tentar resolver o problema da falta de medicamentos, o hospital realizou um empréstimo de R$ 10 milhões com o banco Daycoval, que tem sede em São Paulo (SP). A compra dos novos medicamentos foi feita na segunda-feira (28), porém, a entrega demora aproximadamente sete dias, ou seja, nesse período, as cirurgias eletivas deverão continuar paralisadas.

Segundo o diretor-presidente, além deste, a Santa Casa já tinha um empréstimo de R$ 140 milhões com a Caixa Econômica Federal (valor sem os juros). No caso da Caixa, as taxas são de 22%, já no caso do Daycoval os juros são um pouco menores, de 12%.

O diretor afirma que os empréstimos são desde a época em que o hospital sofreu intervenção do poder público – que durou oito anos (entre 2005 e 2013). “Aquilo é fruto da dívida que nós recebemos da Santa Casa, não é dívida que nós fizemos. O problema é que nós recebemos R$ 168 milhões em dívidas, paguei R$ 30 milhões e de repente eu tenho que pegar outro empréstimo para poder cobrir e tocar o hospital”, disse. 

O sistema foi implantado porque no fim de 2004 a Justiça decidiu que a ABCG deveria ser afastada da direção por conta da falta de dinheiro, superlotação, dívidas e das condições precárias de atendimento aos pacientes. A Santa Casa chegou a suspender os atendimentos. A junta interventora era formada pelos governos municipal e estadual, com o apoio do Ministério Público. 

ADMINISTRAÇÃO

A reportagem entrou em contato com a administração municipal, que confirmou que uma parte do repasse de julho e o integral de agosto e setembro não foram pagos. O valor chega a R$ 15,9 milhões e será avaliado pela Secretaria Municipal de Finanças (Sefin). 

“À medida do possível esses repasses serão normalizados”, declarou, em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).
O governo do Estado informou também por nota que “a pendência com a Santa Casa até a presente data é de R$ 5,8 milhões, que já estão no sistema para pagamento e devem ser repassados até a próxima semana. Na sexta-feira (25), a Secretaria de Estado de Saúde (SES) repassou para a Santa Casa R$ 1,3 milhão”.

Os valores que faltam ser repassados, de acordo com a pasta, são de R$ 1,5 milhão referentes à Unidade de Trauma, de competência de julho; R$ 3,6 milhões de competência de agosto; e R$ 780 mil de competência de setembro.

"Vacina no braço"

Casos de Síndrome Aguda Respiratoria Grave aumentam em Campo Grande

Conforme o boletim da InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (18) os casos de síndrome gripais aumentaram na Capital; a recomendação é que os grupos prioritários tomem vacina

18/04/2024 18h15

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Campo Grande está entre outras 19 Capitais que apresentaram aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (18), pela Fiocruz. 

 O relatório apontou que aumentou o número de pessoas internadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), de Influenza A (vírus da gripe) e o vírus respiratório (VSR).

"Na presente atualização observa-se que 19 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) até a semana 15: Aracajú (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Manaus (AM), Palmas (TO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e São Paulo (SP)", indica o relatório.

Divulgação InfoGripe

A Covid-19 segue em queda e em alguns Estados permanece em níveis baixos de incidência. Os dados apontam que a disseminação da Síndrome Respiratória Aguda Grave, de Influenza A e o vírus respiratório para as próximas semanas em 19 Estados e Mato Grosso do Sul pode apresentar aumento nas próximas semanas. 

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

Segundo o pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, para impedir o crescimento dos casos o público alvo deve procurar a unidade de saúde mais próxima e tomar a vacina contra a influenza. 

“Para o vírus da gripe, a gente conta com vacina e campanha de vacinação em todo o país. Então quem é grupo de risco, deve buscar o posto de saúde para se vacinar. A vacina da gripe, tal qual a vacina da Covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode acabar desencadeando uma internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental. Em relação ao VSR, a rede privada tem uma vacina já disponível para idosos, que também é muito importante, já que embora o risco do VSR seja muito maior nas crianças pequenas, a gente também observa internações nos idosos”, explica Marcelo Gomes.

A recomendação do pesquisador para pessoas que apresentem sintomas gripais usem máscara de qualidade as recomendadas são: N95, KN95, PFF2; no caso de sair de casa para procurar atendimento médico em unidades de saúde. 

Veja outros Estados com tendência de aumento da Síndrome Respiratória Aguda Grave:

  •  Acre;
  • Alagoas;
  • Amazonas;
  • Bahia;
  • Ceará;
  • Distrito Federal;
  • Goiás;
  • Maranhão;
  • Minas Gerais;
  • Pará;
  • Paraíba;
  • Paraná;
  •  Pernambuco;
  • Rio Grande do Norte
  • Rio Grande do Sul;
  • Rio de Janeiro;
  • Santa Catarina;
  • Sergipe;
  • São Paulo;
  • Tocantins;

Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul a incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em decorrência da Covid-19 apresenta queda. 

No país

Somente em 2024, óbitos ligados a SRAG foram registrados  2.322 óbitos, sendo 1.411 (60,8%)
com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 728 (31,4%) negativos, e ao
menos 78 (3,4%) aguardam resultado.

Casos positivos

  • 12,3% Influenza A;
  •  0,1% Influenza B;
  •  3,1% vírus sincicialrespiratório (VSR);
  •  81,7% SARS-CoV-2 (COVID-19);

 

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Prazos

Mais de 68 mil pessoas poderão concluir o processo de obtenção da CNH até 31 de dezembro em MS

Os processos para retirada da CNH, que foram prorrogados por mais 12 meses, foram interrompidos em 2019

18/04/2024 17h50

Foto: Rachid Waqued

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De acordo com a deliberação nº271/2023, todos os processos de habilitação ativos até dezembro de 2023 tiveram o prazo de conclusão ampliado para 31 de dezembro de 2024.

De acordo com o levantamento do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), mostra que 8,6 mil processos estão parados na etapa de agendamento teórico, enquanto  12,6 mil na etapa de agendamento do exame prático de duas rodas. 

Ainda de acordo com o departamento de trânsito, 14,3 mil veículos estão na fase de agendamento prático de quatro rodas.Os demais são alunos que se encontram na fase de exames de saúde e ainda não chegaram na etapa de aulas.

O aviso do Detran é para as pessoas que ainda tem interesse em dar andamento ao processo procurem os seus respectivos CFC (Centro de Formação de Condutores) e não deixem para fazer isso perto do prazo expirar.

Ainda segundo o órgão, uma notificação eletrônica será encaminhada para os cidadãos que se qualificarem para a prorrogação. O alerta será enviado ao e-mail cadastrado no sistema durante a inscrição. Não haverá necessidade de efetuar novos pagamentos ou emissões de novas guias.

 

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