Cidades

CARNAVAL 2020

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Desfile de blocos atrai famílias para Esplanada neste sábado

Algumas trabalhavam unidas e outras curtiam a folia com os entes queridos

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O carnaval na Esplanada Ferroviária neste sábado (22) atraiu muitos grupos de jovens, mas também famílias que aproveitaram para cair na folia juntos. Com programação marcada para começar às 14h e desfile dos bloco Cordão Valu às 16h, tinha padres, noivas, anjos, diabos e até Jesus curtindo o carnaval em Campo Grande.

Acompanhada de duas netas, a corumbaense Regina Aguilar, 63 anos, disse que esperava mais do carnaval de rua da Capital. “Eu sempre trabalhei bastante na semana anterior às comemorações para juntar dinheiro, pegar o trem e ir para Corumbá, lá sim é animado”, disse . 

Quando questionada se voltaria para curtir a folia mesmo 'desanimada', dona Regina não teve dúvidas. “Se minhas netas me trouxerem eu volto amanhã”, completou com animação.

O tradicional desfile da Cordão Valu percorreu a Avenida Calógeras e a Rua Antônio Maria Coelho, retornando pela 14 de Julho e General Melo. A Charanga de Marchinhas do Cordão foi a responsável por animar o desfile. O cantor Edir Valu abriu as apresentações e, na sequência as cantoras Marta Cel e Juci Ibanhez. 

Família trabalha unida

O comércio nas ruas onde o carnaval campo-grandense é celebrado só é realizado por vendedores credenciados. A família de Bruno Sanches trabalha unida nos dias de folia. Ao todo são cinco pessoas trabalhando tanto na Esplanada quanto na avenida Fernando Corrêa da Costa.

Na Esplanada a família vende acessórios, brilhos, tinta colorida e muito gliter. A matriarca da família afirmou que trabalha há mais de dez anos com vendas no carnaval. “Nós trabalhamos com brinquedos e estamos aqui com os acessórios, fomos credenciados e estamos aqui todo ano. Esperamos que não chova, porque aí vão ser muito boas as vendas”, afirmou Sanches.

Fantasias combinadas

Um grupo de quatro amigas resolveu entrar na folia com fantasias combinadas em todos os dias da folia. Neste sábado todas estavam vestidas de noivas, porque acreditam que não é uma fantasia muito comum. “Foi meio em cima da hora, mas definimos noivinhas porque é diferente. Amanhã vamos nos vestir de jogadoras de futebol com as camisas de times, na segunda todas de gatinhas e depois com roupas e maquiagens bem coloridas. A nossa expectativa é que esse carnaval seja muito melhor que do ano passado”, ressaltou Gabriela Delmondes, 20 anos.

Outra dupla de amigas trazia cartazes com os dizeres “rainhas do baile que segue”. Fernanda Marques e Jéssica Soares, ambas de 26 anos, disseram que a inspiração veio da internet. “Nós pegamos coisas que já tínhamos em casa, compramos acessórios e montamos as fantasias”, explicou Fernanda que além da plaquinha estava vestida de enfermeira. 

As amigas contam que a estratégia é trocar de fantasia e depois ir incrementando. “Hoje eu estou de policial e ela de enfermeira, amanhã nós troca e depois a gente vai vendo o que faz”, disse Jéssica. 
A Guarda Municipal não soube informar quantas pessoas passaram pelo local na tarde deste sábado. Para quem vai se jogar na folia, a entrada dos foliões pela avenida Mato Grosso está interditada, é preciso chegar pela rua Antônio Maria Coelho.

Programação de amanhã

Neste domingo (23), o bloco Capivara Blasé vai para a avenida na Esplanada Ferroviária. O desfile do Capivara começa às 14h, na esquina da Av. Calógeras com a Rua Dr. Temístocles. Depois o bloco segue até a Rua Antônio Maria Coelho, vai até a Rua 14 de Julho e retorna ao ponto inicial. O cortejo será animado pela Banda do Jacobina, com as mais famosas marchinhas de Carnaval. 

Haverá um espaço fechado para os pequenos foliões do bloco, o Capivarinha, com banheiro, local para amamentação e fraldário, além de oferecer às crianças a pintura facial. A programação musical continua às 17h30 com Chokito e banda; às 19h30min é a vez da Bateria da Vila Carvalho; e às 21h, do Grupo Sampri. 

 

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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