Cidades

RISCOS

A+ A-

Deputados cobram vistoria
contra incêndio em hospitais

Único hospital de Campo Grande a ter o certificado contra incêndio é a Santa Casa, mesmo assim o documento é temporário e vale só por 90 dias

Continue lendo...

Os deputados estaduais de Mato Grosso do Sul querem mais rigor na fiscalização dos hospitais por parte do Corpo de Bombeiros em relação ao certificado contra incêndio e pânico. Para os parlamentares, há um peso e duas medidas em relação à classe empresarial como um todo e as unidades de saúde.

Em Campo Grande, apenas um hospital – a Santa Casa – possui o certificado, mesmo assim, o documento é temporário e vale por apenas 90 dias. O local ficou seis anos irregular e agora tem até janeiro de 2020 para se adequar e passar por nova vistoria. Só então, caso tudo esteja correto, a unidade poderá receber o documento válido por um ano.

Reportagem publicada pelo Correio do Estado no dia 17 de outubro mostrou que na Santa Casa várias irregularidades ainda são vistas, como a falta de rampas entre os andares, o que em caso de incêndio pode impossibilitar a retirada dos pacientes. Outro problema é o fato de as portas corta-fogo, usadas para impedir que incêndios avancem ou que a fumaça se alastre para outros cômodos, ficarem constantemente abertas.

OPINIÃO

Para os parlamentares, na contramão dos empreendimentos comerciais – que caso não possuam alvará não têm permissão para funcionar – os hospitais têm certa tolerância por parte dos bombeiros, já que nenhum possui e mesmo assim funcionam normalmente.

“Concordo que precisa diminuir os custos das empresas e que a vistoria poderia ser com prazo maior. Mas existem locais, como a Santa Casa, em que a vistoria deveria ser de três em três meses”, declarou o deputado Eduardo Rocha (MDB).
Neno Razuk (PTB) disse que cada estabelecimento deveria ser analisado de forma isolada, conforme sua atividade. “Um bar, por exemplo, não precisa da mesma fiscalização que um hospital, uma loja de explosivos. O que eu vejo é que o bombeiro precisa de estrutura, não tem equipamento. Eles não tem a Magirus (escada para combater incêndio em prédios). Falta equipamento”.

Entre os deputados que conversaram com a reportagem, apenas Herculano Borges (SD) preferiu não se manifestar sobre o fato por precisar “avaliar melhor” a situação. Os demais foram unânimes em dizer que as unidades hospitalares merecem mais atenção na fiscalização, principalmente após o incêndio que ocorreu no Hospital Badim, no Rio de Janeiro, que matou 19 pessoas no mês passado.

EMPRESAS

Já em relação às exigências para o comércio, a maioria dos parlamentares concordou que o tempo de validade do certificado, que tem prazo de um ano, é pequeno para empreendimentos que apresentam baixo risco.

“Muito curto esse período de um ano, deveria ser pelo menos dois ou três. Deveríamos analisar por atividade e por periculosidade. Um bar, por exemplo, não precisa de vistoria anual, pode ser a cada dois ou três anos, agora uma loja de explosivos sim, deveria ser de ano em ano”, declarou Onevan de Matos (PSDB).

“A Caixa Econômica dá garantia de cinco anos nos imóveis, a partir daí são necessários alguns ajustes, acredito que o prazo dos imóveis para fazerem as vistorias deveria ser de dois a três anos de intervalo”, opinou Cabo Almi (PT).
Já os deputados Evander Vendramini (PP), Coronel David (PSL) e Renato Câmara (MDB) se prontificaram a lutar pela mudança do prazo e dos valores na Casa de Leis. 

“As vistorias têm de acontecer, mas não pelo tamanho dos imóveis, e sim pela periculosidade, pela atividade. Algumas lojas e escritórios, por exemplo, não têm necessidade, mas postos de gasolina têm mais riscos, precisam de mais fiscalização. Eu me prontifico a avaliar essa questão”, declarou Evander.

“Cada atividade deve ter um espaço de tempo diferenciado, por causa da sua periculosidade. Essa legislação é incoerente”, avaliou Câmara.

Já David apresentou requerimento ontem, durante a sessão, solicitando que o comandante do Corpo de Bombeiros do Estado, coronel Joilson Alves, inicie estudo para que o prazo de validade do certificado contra incêndio seja ampliado.

Por outro lado, os deputados Márcio Fernandes (MDB), Gerson Claro (PP) e Rinaldo Modesto (PSDB) disseram concordar com o prazo atual, de apenas um ano, em detrimento de outros estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde o documento chega a valer cinco anos. “Deve ter uma justificativa técnica para esse prazo de um ano”, declarou Gerson.

MUDANÇAS

O Corpo de Bombeiros do Estado divulgou na segunda-feira (21) nota técnica dispensando locais com até 200 m² de realizar a vistoria, o que corresponde a 80% dos comércios do Estado. Os locais que terão esse benefício deverão estar classificados como baixo risco. As mudanças atendem à Lei da Liberdade Econômica, sancionada no mês passado pelo governo federal. A nota ainda não foi colocada em prática, pois precisa ser sancionada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) por meio de publicação do Diário Oficial do Estado.

INÍCIO DA TARDE

Helicóptero do governo, com quatro pessoas, cai em Campo Grande

Queda ocorreu no Aeroporto Santa Maria e todas as vítimas sobreviveram

18/04/2024 12h32

Helicóptero da Casa Militar do governo de MS caiu no Aeroporto Santa Maria Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

Continue Lendo...

Um helicóptero do governo de Mato Grosso do Sul caiu, no início da tarde desta quinta-feira (18), no Aeroporto Santa Maria, na saída para Três Lagoas, em Campo Grande, após uma pane no motor.

O helicóptero era da Casa Militar do Governo do Estado e, no momento da queda, quatro servidores vinculados ao órgão estavam dentro da aeronave e foram socorridos com vida, sendo dois pilotos e dois tripulantes.

Equipes do Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram encaminhadas ao local para prestar os primeiros socorros.

Em avaliação inicial, todas as vítimas estavam conscientes e não tinham ferimentos graves, apresentando apenas escoriações.

Apenas uma das pessoas foi encaminhada para o Hospital da Cassems, apresentando dor lombar.

Em nota, o governo informou que o acidente ocorreu na cabeceira da pista de pouso aeroporto e foi causado por uma pane.

"A aeronave envolvida no acidente é um helicóptero matrícula PT-HBM, modelo Bell 206. O mesmo estava há 20 minutos no ar, em um voo semanal de giro realizado para preservação do equipamento. Durante o voo feito nas redondezas do Santa Maria, o motor sofreu uma pane", diz a nota.

Ainda segundo o governo, uma manobra de emergência, chamada autorrotação foi realizada pelos pilotos, para que o pouso ocorresse na lateral do aeroporto, mas houve o incidente.

"Ao tocar o solo, o helicóptero pironou - nome para uma espécie de capotagem - e acabou ocasionando o acidente. Como já estava em solo, a gravidade do ocorrido foi reduzida consideravelmente", conclui a nota.

A Polícia Militar também está no local, assim como a Civil, através do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), para investigações e trabalhos de praxe.

* Matéria atualizada às 13h15 para acréscimo de informações

Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

VACINA DA DENGUE

Com doses prestes a vencer, vacinação contra a dengue é ampliada na Capital

Ministério da Saúde recomendou que público seja ampliado para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em cidades que têm vacinas prestes a vences, para evitar desperdício do imunizante

18/04/2024 12h30

Ampliação do público-alvo começa hoje em Campo Grande, às 13h Foto: Rogério Vidmantas/ Prefeitura de Dourados

Continue Lendo...

A partir desta quinta-feira (18), as vacinas contra a dengue próximas do vencimento serão aplicadas em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, em Campo Grande. A ampliação do público começa às 13h.

Segundo consta em nota técnica do Ministério da Saúde, crianças e adolescentes de 6 a 16 anos terão a oportunidade de tomar a vacina. A recomendação anterior, do qual definiu a faixa etária de 10 a 14 anos como a ideal, segue mantida para municípios que não tenham lotes vencendo.

Ainda na nota, o Ministério afirma que a ampliação pode continuar ocorrendo em caso de sobras.

"Em caso de necessidade, esta estratégia poderá ser ampliada até o limite etário especificado na bula da vacina dengue (atenuada), que compreende dos 4 aos 59 anos 11 meses e 29 dias de idade, conforme a disponibilidade de doses no município com vencimento em 30 de abril de 2024.", segundo trecho presente na nota.

Além disso, reforça que esta ação é uma estratégia temporária visando não perder doses de vacina. Também garante que a segunda dose para pessoas que seguirem a nova recomendação.

De acordo com levantamento da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau), a cidade possui hoje 1,3 mil doses disponíveis e, como há um estoque reduzido na quantidade do imunizante, talvez falte em alguns dos 74 postos de saúde.

Ademais, reforçam que como as primeiras doses foram recebidas no dia 11 de fevereiro, o esquema vacinal ainda não foi concluído, pois há um intervalo de três meses entre a primeira e a segunda dose. Por isso, um novo lote de vacinas deve chegar na capital em maio.

Os locais de vacinação são: 

  • UBS 26 de Agosto
  • USF Tarumã
  • USF Noroeste
  • USF Cidade Morena
  • USF Parque do Sol
  • USF Cel. Antonino
  • USF Moreninha
  • USF Lar do Trabalhador
  • USF Albino Coimbra
  • UBS Silvia Regina
  • UBS Dona Neta
  • USF Botafogo
  • USF São Francisco
  • USF Caiçara

SITUAÇÃO NO ESTADO

Em Mato Grosso do Sul, a baixa procura pelas doses preocupam e está longe da recomendação de abranger os 90% do público-alvo.

No início de março, apenas 13% da população estavam à procura do imunizante. Na época, apenas a faixa etária de 10 e 11 anos estavam recebendo as doses e, logo depois, esse público foi ampliado para 10 a 14 anos, conforme a recomendação atual.

Há um mês, 40 dias depois do começo da vacinação no dia 11 de fevereiro, apenas 8,3 mil imunizantes haviam sido aplicados na capital, um terço do total recebido, cerca de 24,6 mil doses. 

ASSINE O CORREIO DO ESTADO

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).