Cidades

GRUPO DE EXTERMÍNIO

Denunciado por força-tarefa, guarda municipal estaria ligado a 3 execuções

Denúncia assinada por quatro promotores do Gaeco sustenta detalhes de inquérito conduzido pela Polícia Civil

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Preso no dia 19 de maio com um arsenal bélico, o guarda municipal Marcelo Rios, 42 anos, é suspeito de envolvimento em, pelo menos, três execuções, ocorridas nos últimos 12 meses, em Campo Grande. A suspeita consta em relatório de inquérito da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras) , anexada a denúncia protocolada pelo  Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), junto a Justiça, na última quinta-feira (6).

Conforme o relatório, Rios virou alvo de força-tarefa da Polícia Civil durante a apuração das execuções do policial militar reformado Ilson Martins Figueiredo (morto no mês de junho do ano passado); do ex-segurança Orlando da Silva Fernandes, o “Bomba” (executado em outubro de 2018); e do estudante Matheus Coutinho Xavier, filho do capitão reformado da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Paulo Roberto Teixeira Xavier (assassinado em abril deste ano).

No inquérito, os policiais detalham que nos três casos os criminosos valeram-se de armas de guerra, fuzis de calibre 762 x 39 e 556. Também foi observado que em todos os casos os autores utilizavam veículos furtados ou roubados e, logo após a execução dos crimes, os carros eram queimados em regiões ermas da Capital. 

Nessa esteira, o ‘modus operandi’, as circunstância e a dinâmica delituosa da organização criminosa teriam demonstrado aos policiais que os crimes não eram comuns ou por motivos fúteis. “Em verdade, o que se extrai é que se tratam de crimes meticulosamente planejados por organização criminosa, em autêntica divisão de tarefas, com vistas a ludibriar as autoridades envolvidas na persecução penal, de modo a conseguir a impunidade”, cita o inquérito. 

Marcelo seria o responsável pela custódia do armamento empregado nos crimes, o que levou a polícia a prendê-lo em flagrante.

ARSENAL

Consta no inquérito, que o guarda municipal mantinha sob sua custódia arsenal bélico, consistente em fuzis calibres 762 x 39 e 556 , pistolas, revólveres, espingardas, munições,  acessórios de armas de fogo, além de equipamentos usados em ações de inteligência policial, como bonés com câmera oculta e bloqueadores de sinal eletromagnético (tornozeleira eletrônica) e silenciadores de fuzis.

Os policiais também encontraram um “arreador”, equipamento que libera descargas elétricas e é destinado para o manejo de bovinos, mas é usado comumente pelas organizações criminosas para impingir intenso sofrimento físico e mental em seus desafetos (tortura). “Nesse passo, o conjunto de circunstâncias no leva a crer que tais petrechos foram ou poderiam ser utilizados pelo grupo criminoso ao cometimento dos ilícitos”, observa a polícia.

Já em denúncia assinada por quatro promotores de justiça, o  Gaeco aponta que “grupo de extermínio em atuação na cidade tem se valido do descomunal arsenal bélico para cometer crimes” e requer que a denúncia seja acolhida e processada até final condenação. “Não passa despercebido que várias das execuções ocorridas recentemente em Campo Grande foram perpetradas com fuzis calibre 762, que é uns dos apreendidos em poder do denunciado”, frisa.

Apesar dos indícios de homicídios mencionados, Rios foi denunciado apenas pelos crimes nos quais foi flagrado,  entre eles, posse e porte ilegal de armas. O guarda municipal está preso preventivamente no Centro de Triagem de Campo Grande.

OUTRAS PRISÕES

Além de Marcelo Rios, são suspeitos de envolvimento no caso em questão dois empresários da Capital, além dos agentes da Guarda Municipal, Rafael Antunes Vieira e Robert Vitor Kopetski, juntamente com o motorista Flavio Narciso Morais da Silba.   

Os três foram presos no dia 22 de maio por obstrução de justiça, depois de, segundo a polícia, tentarem sequestrar a esposa de Marcelo Rios com o objetivo de impedir uma possível delação. 

No dia 31 de maio, a juíza Eucélia Morteira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, concedeu liberdade provisória ao trio por entender que o tempo de segregação cautelar serviu para recompor a ordem pública.

Cidade morena

Prefeitura libera R$1,3 milhão para novo centro esportivo no Jacques da Luz

Espaço viabilizado através do Novo Pac contará com campo de Futebol Society; seia quadra de basquete; playground; pista de caminhada e jardim

17/12/2025 12h12

Projeto atende as necessidades destacadas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)/Ministério do Esporte e terá uma área total de 3 mil metros quadrados

Projeto atende as necessidades destacadas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)/Ministério do Esporte e terá uma área total de 3 mil metros quadrados Reprodução

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Através da publicação de um aviso de licitação de ampla concorrência, publicado recentemente por meio do Diário Oficial de Campo Grande, a Prefeitura Municipal anunciou a liberação de pouco mais de R$1,3 milhão para a construção de um novo Centro Esportivo no parque Jacques da Luz. 

Essa concorrência está com abertura de disputa de preços agendada somenta o próximo ano, marcada para acontecer em 09 de janeiro de 2026, em busca de empresa especializada para construção do dito centro esportivo padronizado. 

Na modalidade menor preço, a concorrência pública prevê um montante de R$1.388.286,51 para a construção de um novo centro esportivo no Parque Jacques da Luz, que fica localizado na região do Bandeira, no extremo sul da Capital. 

Novo Parque

Conforme os documentos expostos no Portal da Transparência Municipal, o projeto para espaço esportivo comunitário tipo A e tipo B integram Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por meio do Ministério do Esporte. 

Segundo consta em memorial descritivo, o projeto que atende as necessidades destacadas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)/Ministério do Esporte terá uma área total de 3 mil metros quadrados. 

Essa área deverá compreender os seguintes ambientes:

  • Campo de Futebol Society;
  • Meia Quadra de Basquete;
  • Playground;
  • Pista de Caminhada;
  • Jardim;  

Das especificações, o campo de futebol society, por exemplo, será coberto por um gramado do tipo sintético e contará com fechamento com emprego de alambrado. 

Além disso, para a meia quadra de basquete é previsto um piso em concreto polido, bem como toda a devida  demarcação esportiva. 

O parque infantil deverá contar com brinquedos seguros, além de uma estrutura que seja adequada para as mais diferentes faixas etárias, aliada com uma pista de caminhada com o piso e sinalização apropriados e uma área de paisagismo, o que deixa claro o ar convidativo do novo projeto. 

Em complemento, conforme consta no projeto básico disponível no portal da transparência, toda a estrutura física em si precisa cumprir uma garantia mínima e durar cinco anos, enquanto os equipamentos instalados devem ter a segurança de serem funcionais por pelo menos um ano completo. 

Importante frisar que, toda a manutenção das estruturas e gestão do espaço ficará a cargo da administração municipal. Pela adesão ao Novo Pac do Governo Federal, esses recursos destinados são específicos para implantação de equipamentos esportivos padronizados em todo o território brasileiro. 

O Executivo espera com isso criar um novo espaço recreativo seguro, que acima de tudo seja acessível e multifuncional, servindo para integração comunitária em estímulo à práticas saudáveis; atividades educativas; etc. 

Para tal, é necessária apresentação dos devidos estudos socioambientais, mesmo que os serviços a serem prestados não possuam relevantes impactos ambientais, bem como o uso de materiais reciclados, recicláveis e de baixo impacto. 

 

 

ASSASSINATO

Homem é executado com 12 tiros no Residencial Aquarius, em Campo Grande

A perícia identificou perfurações no braço direito e esquerdo, cabeça, rosto e duas nas costas, indicando que a vítima não teve chance de defesa

17/12/2025 12h00

A vítima, identificada como Gustavo Fernandes Ribeiro, foi atingida por ao menos 12 disparos de arma de fogo

A vítima, identificada como Gustavo Fernandes Ribeiro, foi atingida por ao menos 12 disparos de arma de fogo Reprodução: Redes Sociais

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Um homem de 30 anos foi executado a tiros no fim da tarde desta terça-feira (16), no Residencial Aquarius, em Campo Grande. A vítima, identificada como Gustavo Fernandes Ribeiro, foi atingida por ao menos 12 disparos de arma de fogo, a maioria na região da cabeça, braços e costas.

De acordo com a Polícia Civil, o crime aconteceu por volta das 18h15, na Rua Praia Grande. Gustavo trafegava de motocicleta no sentido centro/bairro quando foi surpreendido por outra moto, ocupada por dois indivíduos. O passageiro se aproximou da vítima e efetuou os disparos, fugindo logo em seguida com o comparsa.

A guarnição da Polícia Militar foi acionada via Copom e isolou a área até a chegada das equipes de socorro e da perícia. O óbito foi constatado ainda no local pelo médico do Corpo de Bombeiros.

Durante os levantamentos periciais, foram apreendidos 11 estojos deflagrados e uma munição intacta, todos de calibre 9 milímetros, arma considerada de uso restrito. A perícia identificou perfurações no braço direito e esquerdo, cabeça, rosto e duas nas costas, indicando que a vítima não teve chance de defesa.

A equipe da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac/Cepol), acompanhada por investigadores do Grupo de Operações e Investigações (GOI), esteve no local para os primeiros procedimentos. Um aparelho celular da vítima, da marca Redmi, foi apreendido e será encaminhado para perícia.

Imagens de uma câmera de segurança próxima ao local chegaram a ser recolhidas, mas, até o momento, não foi possível identificar a placa da motocicleta utilizada pelos autores. Nenhuma característica dos suspeitos foi divulgada.

O corpo de Gustavo foi removido por agentes funerários e levado para a residência de familiares.

O caso foi registrado como homicídio qualificado, por ter sido praticado com arma de fogo de uso restrito, mediante emboscada, e em homicídio doloso - realizado em concurso de duas ou mais pessoas. As investigações seguem sob responsabilidade da Polícia Civil.

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