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Criança de 5 anos pode ser segunda vítima de dengue em MS neste ano

Menino morreu após sofrer dez paradas cardíacas

RAFAEL RIBEIRO

25/02/2019 - 18h05
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Um menino de 5 anos pode ser a mais nova vítima fatal provocada por dengue em Mato Grosso do Sul neste ano.

Sidney dos Reis Nantes pode ter contraído dengue hemorrágica e vindo à morte na manhã desta segunda-feira (25), no Hospital Universitário, na região sul da Capital, onde estava internado em estado grave desde o dia anterior.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal da Saúde informou que aguarda a declaração de óbito emitida pelo hospital para oficializar ou não a doença. 

"Este documento pode ser enviado em até 30 dias à secretaria", diz o texto do comunicado.

Os familiares de Sidney procuraram os serviços de emergência da Prefeitura no mesmo bairro na última quinta-feira (21) e reclamam de negligência médica.

Por telefone ao Correio do Estado, um deles que preferiu não se identificar, contou que no primeiro dia a família foi liberada junto do garoto, mesmo com os relatos de alta gravidade de suas condições clínicas e a já suspeita de dengue.

De acordo com os familiares, quando procuraram o hospital, foram informados de que a equipe da Unidade de Pronto-Atendimento perdera os exames realizadas.

O Hospital Universitário atestou a morte de Sidney após sofrer dez paradas cardíacas nesta manhã. A nota da unidade ressalta que o menino "passou por vários postos de saúde anteriormente."

O corpo do menino ainda passava por perícia até a publicação desta reportagem.
  
"Em janeiro deste ano foi expedido um protocolo técnicos que regula os atendimentos para casos de dengue, zika e chikungunya e definem o fluxo e, além disso, constantemente a secretaria tem realizado capacitações com a equipe de saúde para melhoria na identificação e notificação destas doenças. A secretaria lamenta pela perda e se solidariza com a família e está acompanhando o caso para apurar eventuais falhas no atendimento", diz a nota enviada pela Pasta à reportagem.

A primeira morte por dengue foi confirmada pelo Governo do Estado no dia 17. Trata-se de uma idosa de 76 anos que, após ser diagnosticada com a doença, ficou internada mas não resistiu e morreu. O caso aconteceu em Três Lagoas.

Só na Capital, entre janeiro e fevereiro, forma notificados 6.027 casos de dengue.

EPIDEMIA

A incidência de dengue em Campo Grande esta prestes a atingir as 300 notificações para cada 100 mil habitantes, necessárias para se considerar a ocorrência de uma epidemia e, portanto, ser decretada situação de emergência. Conforme o prefeito, Marcos Trad (PSD), até o momento, a incidência é de que 294 notificações para cada 100 mil habitantes. Entre janeiro e fevereiro deste ano, foram cerca de 6 mil notificações contra 2,3 mil em todo ano passado.

Há três anos, foi registrada a última epidemia de dengue na Capital. Na ocasião, só nos primeiros dois meses de 2016, foram 19,3 mil notificações. Nos doze meses, o total foi de 32,9 mil casos. “Todos nós sabemos também, inclusive o ministro da Saúde nos confidenciou no último sábado, que a dengue se espalhou pelo Brasil todo em razão da sua sazonalidade. De dois em dois anos, em razão dos criadouros, esse mosquito tende a vir com mais contundência”, explicou o prefeito na tarde desta segunda-feira.

Conforme o último Leraa (Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti), de novembro do ano passdo, 14 regiões da cidade apresentaram alto índice de infestação do mosquito. Aero Rancho, Moreninhas, Jardim dos Estados, Mata do Jacinto, Estrela do Sul, Maria Aparecida Pedrossian, estavam entre os bairros com grande risco de desenvolvimento de criadouros do inseto.

O secretário municipal de Saúde, Marcelo Vilela, afirma que o contágio mais comum será pela dengue tipo II,  a hemorrágica. Crianças com menos de 10 anos e idosos estão mais suscetíveis. 

IMÓVEIS FECHADOS 

De acordo com o prefeito, o principal desafio no combate ao Aedes aegypti é a grande quantidade de imóveis fechados. Neste locais, estão instalados cerca de 90% dos criadouros do mosquito. “Não adianta nada se o vizinho fizer a parte dele. Não tem como os agentes [de Saúde e Combate à Endemias] combaterem se esse imóvel estiver fechado e for de difícil acesso”. 

No início do ano, a prefeitura entrou com pedido na Justiça para acessar estes locais. No entanto, mesmo com parecer favorável do Ministério Público Estdual (MPE), a medida não foi autorizada. 

Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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