Reprodução simulada da morte do boliviano Alfredo Rangel Weber, de 48 anos, dentro de uma ambulância em fevereiro deste ano, foi realizada na noite de ontem (8), pela Corregedoria Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e a Delegacia de Homicídios, em Corumbá.
O principal suspeito de cometer o crime, é o delegado Fernando Araújo da Cruz Júnior, que está preso em Campo Grande, assim como o policial civil, Emmanuel Contis, suspeito de ter dado apoio a Fernando, após o crime. Ele não teria participado da execução.
De acordo com informações do site Diário Corumbaense, a reprodução simulada envolveu equipe de Perícia da Polícia Civil de Corumbá e da Capital. Polícia Militar e agentes de Trânsito, responsáveis por coordenar o tráfego de veículos no momento da reprodução, também participaram da ação.
Testemunhas presenciais foram usadas durante a ação, que busca mais informações sobre o crime, para que os investigadores possam analisar as reais versões do que aconteceu e de testemunhas ouvidas até agora.
Um laudo pericial vai apontar a veracidade dos fatos, revelando o local exato, hora e como foi procedida a ação que acabou na execução do boliviano. Ainda segundo as informações, o inquérito está em andamento e há mais informações para serem averiguadas.
DESAFETO
Alfredo foi morto a tiros dentro de uma ambulância, na rodovia Ramão Gomes, que saiu da cidade boliviana de Puerto Suárez para o Hospital de Corumbá. O crime foi presenciado pela filha e uma irmã do boliviano, que seguiam com ele na ambulância, além do médico plantonista e o motorista, principal testemunha do caso.
A desavença entre o delegado e Alfredo começou durante as eleições para presidente da Associação de Agropecuaristas da Bolívia, onde o sogro de Fernando concorreu ao cargo.
Ainda segundo informações do site Diário Corumbaense, depois, em uma festa em propriedade rural, houve uma discussão entre Alfredo e outros participantes do evento. O delegado teria pego uma faca e desferido golpes contra o boliviano que foi socorrido e levado a um hospital da cidade boliviana.
Mas, devido a gravidade do ferimento, ele teve que ser transferido com urgência para o Hospital de Corumbá. No momento em que seguia pela Ramão Gomes, já em território brasileiro, próximo ao Cemitério Nelson Chamma, a viatura foi interceptada por um carro, supostamente conduzido pelo delegado Fernando, que desceu, deu ordem de parada, abriu a porta da ambulância e deu quatro tiros na vítima.