Pela terceira vez seguida, desde o início do ano, a fronteira entre Brasil e Bolívia, nas cidades de Corumbá e Puerto Quijarro, ficou bloqueada por cidadãos bolivianos que participam de um movimento popular chamado 21-F, que é contra a permanência do presidente Evo Morales.
Segundo informações do site Diário Corumbaense, além de Mato Grosso do Sul o bloqueio acontece nas demais localidades que possuem divisão territorial da Bolívia, como a Argentina por exemplo.
O nome 21-F faz referência a data de 21 de fevereiro, quando houve uma consulta pública sobre a possibilidade de candidatura para o terceiro mandato seguido de Evo desde a aplicação do atual texto da Constituição do Estado Plurinacional da Bolívia.
Em fevereiro de 2016, a população boliviana rejeitou a possibilidade de reeleição indefinida durante um plebiscito.
Na ocasião, 51% dos que participaram da consulta popular rejeitaram alterar a Constituição boliviana, que estabelece limite de dois mandatos consecutivos para presidente, vice-presidente, governador e prefeito.
Entretanto, em novembro de 2017, a Justiça da Bolívia decidiu acabar com o número mínimo de mandatos consecutivos no país, favorecendo mais um mandato do presidente Evo Morales, levando em consideração o ocorrido antes da promulgação da nova Constituição. A nova eleição para o posto de presidente da Bolívia deve ocorrer em 2019.
A passagem pela fronteira entre Corumbá e Puerto Quijarro está permitida apenas para pedestres. Dois caminhões estacionados entre a Central Fronteiriça (local onde se concentram os serviços de migração e aduana entre outros) impedem o fluxo de veículos nos dois sentidos.
O bloqueio atrapalha principalmente quem viajava para os municípios bolivianos da fronteira para compras.