Cidades

TRANSPORTE COLETIVO

Corredores serão licitados até 2020, Afonso Pena fica fora

Obras em andamento e planejadas vão recapear principais ruas da cidade, por R$ 125 milhões

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A implantação dos corredores de ônibus que interligarão quatro regiões de Campo Grande será encaminhada até o início de 2020. A expectativa é de investir pelo menos R$ 125 milhões no projeto, que prevê recapeamento das vias, criação de novas estações de embarque e desembarque, além da criação de faixas exclusivas. Todo o projeto - que já está em andamento, com obras nas ruas Brilhante e Guia Lopes, e Avenida Bandeirantes - será implantado em quase 50 quilômetros das principais ruas e avenidas da cidade. A Avenida Afonso Pena será a única via, por ora, a ficar fora dos corredores. 

Além de vias com asfalto novo e nova sinalização, a expectativa da prefeitura é que os custos de operação do Consórcio Guaicurus, como tempo médio de viagem e até mesmo consumo de combustível dos ônibus, sejam reduzidos com estes corredores. 

EMPRÉSTIMO

Para das início a última - e mais cara - parte do ambicioso projeto do início da década, de quando Campo Grande ainda era uma das postulantes para receber a Copa do Mundo de 2014, a prefeitura pretende emprestar R$ 91,3 milhões da Caixa Econômica Federal por meio do programa Avançar Cidades. Para ter acesso aos recursos o município terá de bancar contrapartida de 5% do valor do total do financiamento, que será pago com os seguintes encargos: 6% de juros anuais (que poderão chegar a até 8%, conforme o risco), mais uma taxa de juros de crédito de até 1%. 

O secretário de Infraestrutura, Rudi Fioresi, espera que os vereadores aprovem, na próxima semana, projeto de lei que autoriza a contratação do empréstimo. Nossa expectativa é licitar esta obra já no início de 2020, ou até antes, depois que todos os trâmites forem cumpridos, explicou. 

NORTE E SUL

Este projeto está subdividido em dois corredores, o Norte e o Sul. Para o Norte, está previsto o recapeamento das avenidas Mato Grosso (4,8 quilômetros), Cônsul Assaf Trad (10,52 quilômetros), Coronel Antonino (4 quilômetros) e das ruas 25 de dezembro (2,07 quilômetros), Alegrete (1,87 quilômetros). Já para o Corredor Sul serão refeitas as pistas da Rua Rui Barbosa (4,04 quilômetros) e da Avenida Costa e Silva 4,37 quilômetros). 

O projeto já está aprovado na Caixa Econômica Federal. Se ele for aprovado pela Câmara, vamos acelerar o processo de captação dos recursos e de licitação, para concluí-lo o mais rápido possível, explicou Fioresi, que preferiu não estabelecer um prazo para conclusão das obras. 

OUTRAS VIAS

O projeto para implantação de corredores de ônibus em Campo Grande começou pelo Corredor Sudoeste, em 2017, quando o Exército Brasileiro comproteu-se a fazer as obras nas ruas Brilhante, Guia Lopes, e nas Avenidas Bandeirantes, Marechal Deodoro e Gunter Hans. Esta etapa da obra está orçada em R$ 24,5 milhões. 

Em abrl de 2018, porém, o Exército, que já havia iniciado os trabalhos nas ruas Brilhante e Guia Lopes, desistiu de fazê-lo em outras vias. O contrato foi desmembrado desde então, o os militares ficaram com estas duas ruas, que custaram R$ 5,78 milhões. 

No início deste ano, a empreiteira Engepar foi contratada para recapear, por R$ 8,7 milhões, a Avenida Bandeirantes. Os recursos utilizados serão os mesmos que haviam sido destinados ao Exército, e que os militares abriram mão.
Rudi Fioresi, informou que o processo licitatório para as avenidas Gunter Hans e Marechal Deodoro será iniciado em breve. 

PENDÊNCIAS

As avenidas Calógeras e Afonso Pena também estão incluídas no projeto, mas por enquanto, somente a primeira deve receber obras em uma extensão de aproximadamente 4 quilômetros, entre o Centro e a Avenida Eduardo Elias Zahran. Para ela, a prefeitura já reservou aproximadamente R$ 8 milhões. Rudi Fioresi também pretende abrir licitação para esta via, ainda neste ano. 

Quanto à Avenida Afonso Pena, a Secretaria de Infraestrutura vai esperar por outros órgãos do município, como Coordenadoria de Projetos, Agência de Transporte e Trânsito (Agetran) e Agência de Planejamento Urbano (Planurb). É que com o tombamento do canteiro da via, ganha força a tese para a instalação do corredor, pelo menos na região central, nas vias paralelas à principal avenida da cidade. 

O Plano Diretor de Mobilidade Urbana será revisto no próximo semestre. 

CAMPO GRANDE

Bioparque Pantanal terá Papai Noel mergulhador em programação especial de Natal

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

14/12/2025 18h00

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

Atração promete encantar visitantes de todas as idades Divulgação/ Gov MS

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O Bioparque Pantanal preparou uma programação especial de Natal para receber o público em dezembro, com uma das atrações mais aguardadas do período: o Papai Noel Mergulhador.

A apresentação está marcada para as 10h dos dias 23 e 24 e promete surpreender famílias e visitantes ao unir magia, educação ambiental e o contato direto com a biodiversidade.

A ação, que já se tornou tradicional no calendário do atrativo, leva o personagem natalino para dentro dos tanques, reforçando de forma lúdica a importância da conservação ambiental e da relação harmoniosa entre o ser humano e a natureza.

Atenção nos horários!

No dia 24 de dezembro, o Bioparque Pantanal funcionará em horário especial, das 8h30 às 14h30, permitindo que o público aproveite a véspera de Natal com uma experiência diferente em um dos maiores complexos de água doce do mundo. O último horário de entrada será até 13h30.

Já nos dias 25 e 31 de dezembro, não haverá visitação. O empreendimento também permanecerá fechado entre 1º e 7 de janeiro de 2026, período destinado à realização de manutenções internas, voltadas à segurança dos visitantes e ao bem-estar dos animais. As atividades serão retomadas normalmente no dia 8 de janeiro.

Bioparque Pantanal

Inaugurado em março de 2022, o Bioparque Pantanal já recebeu mais de 1 milhão de visitantes e se consolidou como referência nacional em turismo científico, inclusivo, sustentável e contemplativo. O espaço é reconhecido pela estrutura moderna e pelo compromisso com a educação ambiental, acessibilidade e conservação da fauna.

A visita ao Bioparque Pantanal é gratuita, mas o agendamento é obrigatório e deve ser feito exclusivamente pelo site bioparquepantanal.ms.gov.br.

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MANIFESTAÇÃO

"Sem anistia", manifestantes protestam contra PL da Dosimetria em todo o Brasil

Atos ocorreram em diversas cidades e classificam projeto como anistia disfarçada aos envolvidos no 8 de Janeiro

14/12/2025 17h00

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo Divulgação/ Agência Brasil

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Manifestantes de diversas cidades brasileiras foram às ruas neste domingo (14) em protesto contra a aprovação do chamado Projeto de Lei da Dosimetria, que altera o cálculo das penas aplicadas aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Para os organizadores, o texto representa uma “anistia disfarçada” e abre caminho para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de seu governo.

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reuniram movimentos sociais, centrais sindicais, estudantes e partidos de esquerda. Pela manhã, manifestações ocorreram em capitais como Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Maceió, Fortaleza, Salvador e Brasília.

Na capital federal, o protesto teve início em frente ao Museu da República e seguiu em direção ao Congresso Nacional. Durante o trajeto, manifestantes entoaram palavras de ordem e exibiram cartazes com frases como “Sem anistia para golpista” e críticas diretas ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Campo Grande

Em resposta a aprovação por 291 a 148 votos na última quarta-feira (10), centenas de campo-grandenses liberais se encontraram na esquina da Rua 14 de Julho com a Avenida Afonso Pena para protestar contra a tentativa de Anistia das pessoas que foram condenadas pelo 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além de apoiadores, a manifestação contou com a presença de algumas autoridades da esquerda de MS, como o deputado estadual Pedro Kemp (PT), que foi o primeiro político a chegar no local.

Em conversa com a reportagem, o parlamentar falou sobre o movimento desta manhã e a importância de dar uma rápida resposta ao PL da Dosimetria.

"Mais uma vez, a população dá um recado para a Câmara dos Deputados, que está votando na contramão de tudo aquilo que a população deseja, porque quem atentou contra a democracia, quem quebrou a série dos poderes em Brasília, quem tentou dar um golpe de estado no Brasil tem que ser condenado e pagar por esses crimes. Dar uma lição na história de que nós não aceitamos mais golpes no Brasil", disse o petista.

O ex-deputado estadual e agora candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo Partido dos Trabalhadores, como oficializado neste sábado (13) pelo presidente do partido, Fábio Trad também compareceu ao protesto.

"É um momento muito importante, mas não só para a esquerda, para todos os democratas. Eu convido também a direita liberal que respeita a democracia, aquela direita dos anos 90 que respeitava a vontade das urnas, que não apoiava os Estados Unidos contra o próprio Brasil. Ela deveria estar aqui conosco, porque o que está em jogo aqui hoje não é só uma disputa partidária, é uma questão de civilização e barbárie", destaca.

Paulista ocupada

Em São Paulo, a Avenida Paulista foi ocupada por manifestantes concentrados nos quarteirões próximos ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). O ato reuniu representantes de sindicatos, movimentos sociais, estudantis e partidos políticos contrários ao projeto.

Durante o protesto, o coro de “sem anistia” foi repetido diversas vezes. Cartazes com dizeres como “Congresso inimigo do povo” ganharam destaque, assim como críticas ao comando da Câmara. Parte dos participantes vestiu roupas verde e amarelas para reforçar a rejeição à anistia dos envolvidos nos atos golpistas.

A votação do PL na Câmara ocorreu em meio a um episódio de tensão, após a retirada forçada do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da Mesa Diretora pela Polícia Legislativa. Jornalistas foram impedidos de acompanhar a ação, e profissionais da imprensa relataram agressões.

Parlamentares da oposição avaliam que, com as mudanças previstas no texto, Bolsonaro poderia ter a pena reduzida de 7 anos e 8 meses para cerca de 2 anos e 4 meses em regime fechado, conforme o cálculo atual da Vara de Execuções Penais.

Segundo Juliana Donato, da Frente Povo Sem Medo, a mobilização foi motivada pela gravidade da proposta. “Nós entendemos que isso é uma anistia. Os crimes cometidos contra a democracia são muito graves e não podem ser perdoados. A impunidade abre espaço para novas tentativas de golpe”, afirmou. Ela acredita que a pressão popular pode influenciar a tramitação do projeto no Senado.

Protestos no Rio

No Rio de Janeiro, milhares de pessoas ocuparam as ruas próximas ao Posto 5, em Copacabana. O ato contou com a participação de movimentos sociais, sindicatos, estudantes, parlamentares, artistas e militantes de esquerda.

A manifestação ganhou caráter cultural com a participação de artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil, que se apresentaram durante a tarde. O evento foi batizado de “Ato Musical 2: o retorno”, em referência a uma mobilização anterior contra a PEC da Blindagem.

Além do PL da Dosimetria, os participantes protestaram contra a escala de seis dias de trabalho por um de descanso, o marco temporal para demarcação de terras indígenas, o feminicídio e cobraram transparência em investigações envolvendo o Banco Master.

Uma performance realizada por um grupo de mulheres chamou atenção ao comparar parlamentares favoráveis ao projeto a “ratos traiçoeiros”, com a distribuição de animais de borracha e fotos de deputados que votaram pela redução das penas.

A aposentada Angela Tarnapolsky, de 72 anos, afirmou que não poderia se omitir diante do que considera retrocessos democráticos. “Depois de tudo o que vivi desde a ditadura, é impossível aceitar um Congresso com esse nível de retrocesso”, declarou.

O deputado Glauber Braga participou do ato e agradeceu o apoio popular. Com a suspensão de seu mandato por seis meses, ele afirmou que levará o gabinete “para as ruas” e seguirá mobilizado contra o PL da Dosimetria e contra as chamadas emendas Pix, que permitem repasses de recursos públicos sem detalhamento do uso.

O que prevê o projeto

O PL da Dosimetria estabelece que os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado Democrático de Direito, quando cometidos no mesmo contexto, sejam punidos apenas com a pena mais grave, e não pela soma das penas. O texto também reduz o tempo necessário para a progressão de regime, do fechado para o semiaberto ou aberto.

A proposta pode beneficiar, além de Bolsonaro, militares e ex-integrantes do alto escalão do governo anterior, como Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Augusto Heleno.

Parlamentares da oposição preveem, para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que o total da redução pode levar ao cumprimento de 2 anos e 4 meses em regime fechado em vez dos 7 anos e 8 meses pelo cálculo atual da vara de execução penal, segundo a Agência Câmara de Notícias. Mas a definição dos novos prazos será do STF e pode ser influenciada pelo trabalho e estudo em regime domiciliar, que diminuem o período de prisão.

O texto original previa anistia a todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e dos acusados dos quatro grupos relacionados à tentativa de golpe de Estado julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas esse artigo foi retirado do projeto.

**Colaborou Felipe Machado**

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