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PROBLEMA MUNDIAL

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Novo coronavírus já infectou mais de 80 mil pessoas em todo o mundo; confira panorama atual

Pelo menos 35 países relatam casos confirmados

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Mais de 80 mil casos do novo coronavírus já foram notificados em todo o mundo. A doença, que se concentrava na China, atinge outros países da Ásia, e provoca preocupação em países da Europa e do Oriente Médio. Somente na China continental já são 2.663 mortes entre 77.658 casos, principalmente na província central de Hubei.

Pelo menos 35 países relatam casos confirmados, que já passam de 2,5 mil e ao menos 40 mortes.

RECEIO GLOBAL 

Atrás somente da China, a Coreia do Sul também relatou que possui pelo menos 977 confirmações e o número de mortos subiu de 7 para 11 nesta terça-feira, 25.

O medo da doença também isolou ao menos 11 cidades na Itália, cancelou carnaval de Veneza, evento de moda em Milão e provocou o fechamento de escolas e igrejas, principalmente nas regiões do norte de Lombardia e Veneto.

Pelo menos 283 pessoas foram infectadas pelo vírus e sete morreram no país europeu. O número aumentou em razão de casos notificados entre segunda e terça-feira pelo Departamento de Proteção Civil italiano.

O surto se concentra principalmente no norte do país, onde ao menos 11 cidades foram colocadas sob quarentena. Cerca de 100 mil pessoas nessas regiões enfrentam viagens e outras restrições

Nos últimos dias, a Áustria interrompeu temporariamente o tráfego ferroviário através de sua fronteira com a Itália.

Nesta terça-feira, Hong Kong anunciou que as escolas permanecerão fechadas pelo menos até 19 de abril para impedir a propagação do novo coronavírus. Já são 81 casos, incluindo duas mortes.

Como precaução, o aeroporto de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, interromperá as conexões com o Irã, exceto para a capital Teerã. "Todos os passageiros que chegam em voos diretos de Teerã receberão triagem térmica no aeroporto", disse um porta-voz do aeroporto. Mais de 86 milhões de pessoas viajaram pelo aeroporto de Dubai no ano passado, considerado um dos mais movimentados do mundo.

A medida ocorre em razão dos casos que se espalham pelo Irã. O Ministério da Saúde iraniano confirmou 95 casos e 15 mortos. Na segunda-feira, o parlamentar Ahmad Amirabadi Farahani da cidade de Qom acusou o governo de não falar a verdade sobre o registro de mortos pela doença.

No Irã, escolas foram fechadas e começou a higienização diária dos ônibus e do metrô de Teerã, usados por 3 milhões de pessoas diariamente.

Na segunda-feira, 24, foram notificados casos para a doença no Kuwait (8) e em Omã (2), ambos países árabes.

Iraque, Afeganistão e Bahrein também registraram os primeiros casos na segunda-feira. Todos os pacientes infectados tinham ligações com o Irã. 

OMS

Como os surtos cresceram em mais países, a Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que o COVID-19 tinha potencial para ser uma pandemia, mas ainda não o era. "As últimas semanas demonstraram a rapidez com que um novo vírus pode se espalhar pelo mundo e causar amplo medo e perturbações", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Mas "no momento não estamos testemunhando a disseminação global e contida deste vírus", disse ele.

NAVIO DIAMOND PRINCESS

Nesta terça-feira, o Ministério da Saúde do Japão informou que morreu um passageiro de 80 anos do navio Diamond Princess, que estava em quarentena no país asiático. Esta é a quarta vítima fatal.

No entanto, a causa da morte ainda não foi confirmada e não foram fornecidos detalhes se o passageiro havia testado positivo para o novo coronavírus.

O Diamond Princess ficou atracado em na cidade japonesa Yokohama por duas semanas, enquanto estava em quarentena, e quase 700 casos de coronavírus foram ligados ao navio.

BRASIL

O Ministério da Saúde adicionou na segunda-feira países na lista de alerta do novo coronavírus, incluindo os primeiros três da Europa: Itália, Alemanha, França. Além desses, entram no rol do governo federal Austrália, Filipinas, Malásia, Irã e Emirados Árabes.

Isso significa que serão considerados suspeitos da doença passageiros que estiveram nesses locais e que apresentem sintomas da doença, como febre e tosse. O novo enquadramento, antecipado pelo jornal O Estado de S. Paulo, é resultado da confirmação da transmissão do vírus dentro desses países.

Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Wanderson Oliveira afirmou que o Brasil não cogita adotar medidas restritivas, como impedir a circulação de pessoas ou mercadorias

O secretário disse que medir a temperatura de todos os passageiros vindos de países sob alerta também seria ineficaz. "Muitos casos se transmitem mesmo sem febre. Ou seja, temos situações que passam fora deste padrão."

"O que estamos trabalhando é para que equipes de saúde estejam atentas. Para que no momento em que uma pessoa que tem histórico de viagem (por um das países da lista) procurar serviços de saúde, seja investigado também a possibilidade de novo coronavírus", afirmou o secretário.

Em conversa exclusiva com o jornal O Estado de S. Paulo e com o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que o Brasil está acompanhando a situação do novo coronavírus na Itália e seguirá as orientações da OMS para evitar que a epidemia chegue ao País. "Não faríamos nada isoladamente", disse o ministro.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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