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Consórcio agora pede ajuda do MPE e volta a falar em colapso

Cobrado para cumprir medidas de biossegurança, Concessionário diz estar usando o "cheque especial"

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O Consórcio Guaicurus, conjunto de empresas que administra o sistema de transporte coletivo em Campo Grande, requereu que o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) interviesse em favor do grupo e que se reunisse com as autoridades públicas para discutir a situação do serviço.

No “cheque especial”, o consórcio fala em “colapso iminente” e “paralisação do transporte coletivo” na Capital. O documento foi anexado no processo em que o Ministério Público pede a criação de um Plano de Biossegurança e o fornecimento de álool em gel dentro dos veículos, para evitar o contágio na pandemia do coronavírus.  

Conforme requerimento, a empresa alega que o “desequilíbrio econômico-financeiro” já enfrentado antes da pandemia do coronavírus se agravou ainda mais nos últimos meses. Neste mesmo material, o consórcio cita várias dívidas com bancos, todas elas com valores superiores a R$ 1 milhão com bancos, para justificar a argumentação de colapso.

QUEDA NA RECEITA

O documento mostra que houve uma redução de 68,66% no número de usuários do transporte. A média de janeiro e fevereiro é de 3.190.174 passageiros transportados, que caiu para 999.600 em abril. A empresa também diz que há uma projeção de maio a dezembro deste ano, que revelam a gravidade da situação, mas não detalham o estudo.

Vale lembrar que a prefeitura chegou a suspender por 15 dias, em março, o serviço dos ônibus e só pessoas que atuavam no setor da saúde podiam usá-lo. Depois, com o retorno do comércio, a proibição foi flexibilizando até que todos os usuários fossem permitidos nos circulares desde que respeitando a capacidade máxima - limitava-se ao número de assentos - e estivessem usando máscara.

Por fim, agora também é permitido que algumas pessoas fiquem em pé dentro do coletivo, conforme o tipo de veículo. Além disso, desde o dia 19 de março, a gratuidade para idosos e estudante está bloqueada.

COBRANÇA

O Consórcio Guaicurus cobra a prefeitura de Campo Grande de “zelar (também) relevantíssimo serviço público, adotando medidas emergenciais, como já tem feito quanto a inúmeros outros setores da economia local”. Além disso, alega que a inviabilidade econômica do serviço e possibilidade de paralisação já foram informados ao Executivo Municipal, mas que nada foi feito.

“[...] O fluxo de caixa está absolutamente no chão. O serviço deve ser contínuo. O pouco do transporte que retornou é limitado e parcial. Tudo foi revelado à autoridade municipal. Condutas emergenciais na área financeira não foram adotadas. O prejuízo causado não é da nossa responsabilidade. A omissão é grave e trará sérias consequências à população que depende do transporte coletivo (sem transporte a economia cambaleante da cidade restará mais prejudicada, sem contar os demais prejuízos sociais: emprego, fornecedores, recolhimento de tributos etc.).”, finaliza o requerimento.

O Consórcio Guaicurus chegou a pedir na Justiça que a Prefeitura de Campo Grande criasse um plano para conceder a isenção de impostos, o fim das gratuidades, a adequação da oferta do serviço à demanda (reduzir linhas) e que destinasse dinheiro público para a empresa, por meio de subsídio, também alegando queda brutal no faturamento e no volume de usuários do transporte.

A empresa, depois de não conseguir a concessão de liminar em duas tentativas, pediu para extinguir o mandado de segurança.

Cidades

Bolsa Família reduz pobreza na primeira infância, mostra estudo

Mais da metade das crianças no Brasil estão em famílias de baixa renda

23/04/2024 21h00

Arquivo/Agência Brasil

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O país tem 18,1 milhões de crianças de 0 a 6 anos de idade, segundo dados do Censo 2022. Cerca de 670 mil (6,7%) estão em situação de extrema pobreza (renda mensal familiar per capita de até R$ 218).

Esse número, no entanto, poderia ser muito pior (8,1 milhões ou 81%) sem o auxílio de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Essa é a conclusão de um estudo feito pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV).

Perfil Síntese da Primeira Infância e Famílias no Cadastro Único leva em consideração dados de outubro de 2023 do CadÚnico, sistema que reúne informações das famílias de baixa renda no país (renda mensal per capita de até R$ 660). Na primeira infância, de 0 a 6 anos, são 10 milhões de crianças (55,4%) classificadas nessa categoria.

“Esse estudo demonstra o potencial do Cadastro Único para a identificação de vulnerabilidades na primeira infância, a relevância de seu uso para a elaboração de iniciativas para esse público e a importância do Bolsa Família no combate à pobreza”, diz Letícia Bartholo, secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único.

O estudo traz outros recortes, como o fato de que 43% dos responsáveis por famílias com crianças de 0 a 6 anos não têm nenhuma fonte de renda fixa. Para 83% deles, a principal fonte de renda é o Bolsa Família.

Cerca de três a cada quatro famílias com crianças na primeira infância são chefiadas por mães solo. A maioria delas é parda e tem idade entre 25 e 34 anos.

Em relação ao perfil das crianças, 133,7 mil (11,1%) são indígenas; 81,3 mil (6,7%) são quilombolas, e 2,8 mil (0,2%) estão em situação de rua.

“Ao lado de outras políticas públicas, o Bolsa Família tem um enorme potencial de equacionar as desigualdades do país. A criação do Benefício Primeira Infância é o primeiro passo para chamar a atenção de gestores, gestoras e população em geral para a importância dessa fase na vida”, diz Eliane Aquino, secretária Nacional de Renda de Cidadania (Senarc).

Diferenças regionais

Ao considerar as regiões do país, o levantamento aponta a existência de desigualdades. Segundo o Censo, o Nordeste tem 5,1 milhões de crianças na primeira infância: 3,7 milhões (72%) estão registradas do CadÚnico. No Norte, há 1,9 milhão de crianças na primeira infância: 1,4 milhão (73%) registradas no CadÚnico.

Por outro lado, na Região Sudeste, quase metade do total de crianças entre 0 e 6 anos, estão registradas no programa. São 6,8 milhões de crianças na região, das quais 3,1 milhões estão no CadÚnico.

“A disparidade socioeconômica entre crianças na primeira infância exige ações imediatas e uma política nacional integrada que aborde as necessidades específicas das famílias mais vulnerabilizadas. O Cadastro Único é um importante instrumento para nortear uma política que sirva como alavanca para equidade”, diz Mariana Luz, diretora da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

Perfil dos municípios

O estudo faz um recorte municipal, a partir de uma classificação em três grupos. O primeiro inclui cidades onde há mais crianças migrantes, em situação de rua e em domicílio improvisado coletivo. O segundo, onde há maior precariedade habitacional, é primeira infância na área rural e de populações tradicionais e específicas. O terceiro, crianças em situação de trabalho infantil, fora da pré-escola e em precariedade habitacional.

Os dados mostram que 71% dos municípios da região Norte não tem saneamento adequado. No Sudeste, o índice é de 20%. No Nordeste, 9% dos municípios não têm energia elétrica.

Os dados fazem parte da série Caderno de Estudos, do MDS, que desde 2005 busca construir conhecimento científico e gestão de políticas públicas. Na nova edição, o caderno apresenta uma série de publicações voltadas para a primeira infância, como pesquisas sobre o impacto do programa de Cisternas na saúde infantil e os desafios enfrentados por mães no mercado no trabalho após terem o primeiro filho.

Cotidiano

Administradora de três aeroportos em MS inicia programa para impulsionar fluxo de passageiros

A operadora aeroportuária Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã

23/04/2024 18h30

Foto/Arquivo

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A operadora aeroportuária Aena, que administra três aeroportos de Mato Grosso do Sul, lançou um programa de incentivo ao desenvolvimento da aviação brasileira. Para isso, deve recompensar as companhias aéreas de acordo com o aumento na quantidade de passageiros no período de 1º de abril a 30 de outubro.

De acordo com a Aena, o objetivo do programa é contemplar os aeroportos dos estados de  Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará. Em caso de voos domésticos, o programa prevê o reembolso de 100% das tarifas de passageiros em cada rota operada pelas companhias aéreas em 16 aeroportos sob sua gestão.

Nos casos de voos internacionais, o programa de incentivo é válido para os seis aeroportos sob administração da Aena no Nordeste. Nesse caso, a base de comparação será o mês de março de 2024. Para novas rotas internacionais, o incentivo permanece até 31 de março de 2025.

Em Mato Grosso do Sul, a Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã.

De acordo com Aena,o objetivo da campanha é oferecer um cenário positivo para que as companhias aéreas possam elevar suas participações nos aeroportos da administradora.

"Como maior operadora aeroportuária do país, trabalhamos para incentivar a aviação brasileira, reduzindo custos das companhias aéreas e melhorando as opções dos passageiros", afirma Marcelo Bento, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Aena Brasil.

As companhias que aderirem ao programa de incentivo ainda podem contar com o apoio da Aena para a promoção das ligações. A concessionária irá disponibilizar a divulgação de novos voos e rotas nos painéis publicitários localizados dentro dos aeroportos, banners promocionais no site da Aena, além de campanhas em suas redes sociais.

 

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