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REVIVA CAMPO GRANDE

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Confusão pode atrasar
construção de moradias

Sem verificar antecedentes, administração terá de analisar novas áreas para obra

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Entraves judiciais envolvendo os terrenos previstos para executar parte do Reviva Campo Grande II e confusão da prefeitura em desapropriar área impedida judicialmente vão atrasar a construção dos mais de 300 apartamentos residenciais que fazem parte do projeto. Os problemas levaram a prefeitura a desistir da desapropriação de três lotes localizados entre a Avenida Ernesto Geisel e a Rua dos Ferroviários, no Bairro Cabreúva, atrás da Feira Central, avaliados em R$ 5.735.537,30.

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), responsável pelo repasse de recursos de US$ 56 milhões (cerca de R$ 200 milhões) para diversas obras do Reviva Campo Grande, estabelece prazo máximo de cinco anos para a conclusão do projeto. A mudança nas áreas escolhidas ocorre justamente para evitar que este prazo seja extrapolado. Pendências judiciais envolvendo a posse dos terrenos, originalmente pertencentes à família Azuaga, poderiam atrasar o processo. 

Decreto 13.211, de 7 de julho de 2017, declara como de utilidade pública para fins de desapropriação os imóveis compreendidos entre a Rua Eça de Queiroz, Rua Santos Dumont, Avenida Presidente Ernesto Geisel e parte do lote, no Bairro Cabreúva. 

Mas, mesmo com desapropriação definida em decreto, a área não deverá mais ser usada para erguer os apartamentos, apesar de já ter sido apresentada ao BID. 

De acordo com a coordenadora de Projetos Especiais da Prefeitura de Campo Grande, Catiana Sabadin, os terrenos a serem desapropriados para construção dos residenciais ainda estão sendo analisados. “As moradias serão executadas. Estamos elaborando os estudos de viabilidade para definição das áreas”. 

A alteração de última hora entra em confronto com a política do BID, que exige a apresentação de planejamento prévio. Além de não anular a possibilidade de atraso, a mudança pode custar mais caro do que o previsto inicialmente. 

Isso caso os novos locais estudados custem mais caro que o inicialmente avaliado. Outras duas áreas – da antiga rodoviária e atrás do futuro Centro de Belas Artes – também são previstas para receberem moradias pelo Reviva.

MORADIAS

A construção de moradias na região central é uma forma de amenizar o processo conhecido como “gentrificação”. Isso ocorre quando há expulsão da população pobre das áreas centrais à proporção que novas intervenções urbanísticas e investimentos públicos e privados promovem a revalorização imobiliária, paralelamente à atração de moradores mais ricos e atividades mais sofisticadas.

Conforme o projeto apresentando ao BID, para evitar esse efeito perverso, “o governo brasileiro tem trabalhado a manutenção ou promoção da diversidade de funções e da presença de pessoas de diferentes estratos sociais nas áreas de intervenção, mediante mecanismos efetivos, fundamentados no Estatuto da Cidade”.

Os apartamentos previstos para serem construídos pelo Reviva Campo Grande atenderão ao Minha Casa Minha Vida, mas nas faixas de renda familiar que variam de 1,5 salário mínimo a três salários mínimos. O custo de cada unidade deve ser entre R$ 120 mil e R$ 180 mil. O subsídio para quem for morar no local será tanto do MCMV quanto do próprio município.

EM OBRAS

As obras previstas no Reviva Campo Grande I começaram a ser executadas no início do mês, na Rua 14 de Julho. Esta etapa vai consumir cerca de R$ 70 milhões de um total de US$ 56 milhões (cerca de R$ 200 milhões), provenientes do BID. O projeto conta ainda com contrapartida da administração municipal no mesmo valor emprestado pelo banco.

 

Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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