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RIO ANHANDUÍ

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Composto químico pode ter provocado a morte de peixes

Animais mortos apareceram entre a tarde de segunda-feira e ontem de manhã, em vários pontos

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O despejo em grande quantidade de composto químico ainda não identificado no Rio Anhanduí, em Campo Grande, é a principal suspeita de ter provocado a morte de grande quantidade de peixes. Os animais apareceram mortos entre a tarde de segunda-feira e a manhã de ontem.

Especialista ouvida pela reportagem do Correio do Estado, aponta que, provavelmente, um composto químico despejado irregularmente no rio possa ter provocado a morte dos peixes. “A causa mais provável é a de que tenha havido um despejo ilegal de composto químico”, avaliou a professora doutora em piscicultura Milena Wolf.

Ela afirma que apenas dois motivos causariam a morte de peixes no local: o despejo de algum produto químico em grande escala ou o processo de eutrofização (quando grande quantidade de matéria orgânica é depositada na água e há a multiplicação de algas, que consomem o oxigênio durante a noite e causam a diminuição de seu teor na água). “Na eutrofização, a água fica esverdeada, porém, é um processo que ocorre lentamente. Dificilmente apareceriam peixes mortos de um dia para o outro, ainda mais na quantidade que foi”, avaliou a zootecnista, que trabalha na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).

Segundo ela, um grupo de alunos esteve ontem no local para coletar amostra de água e um dos peixes mortos, para serem avaliados no laboratório da universidade.

“Pode ser também um composto que tenha diminuído a quantidade de oxigênio na água e causou a morte”, explicou. Os acadêmicos também mediram a quantidade de oxigênio na água para saber se houve redução e se isto estaria causando as mortes.

Imagens feitas pelo Correio do Estado mostram uma mancha na água, que se assemelha a produtos químicos. “Não é normal a água estar assim”, afirmou a professora sobre as imagens.

COMEÇO

Os peixes mortos começaram a ser percebidos pela população que mora às margens do rio no início da tarde de segunda-feira e o fenômeno se estendeu pela manhã de ontem. Os animais podem ser vistos a partir do bairro Taquarussu até, pelo menos, o bairro Coophavilla II, em uma extensão de 7 km ao longo da Avenida Ernesto Geisel, onde está localizado o rio.

De acordo com moradores, por volta das 12h de segunda-feira muitas pessoas começaram a sentir um forte odor vindo do Rio Anhanduí. Ao verificar o que ocorria, as pessoas perceberam que a água estava turva e que muitos peixes estavam morrendo.

“Eu vim 7h aqui, como faço sempre, e a água estava limpa e os peixes vivos. Depois, por volta das 12h, comecei a sentir um cheiro muito forte dentro de casa e, quando fui ver, os peixes estavam se debatendo”, contou o aposentado Egídio Soares dos Santos, 55 anos, que há 20 anos mora em frente ao rio e afirma nunca ter presenciado situação semelhante.

“A água estava leitosa e o cheiro era tão forte que ardia na garganta. Até o volume da água aumentou: isso tudo começou por volta das 12h. Devem ter despejado algo na água”, acredita Marcos Pereira, 58 anos, que possui uma oficina mecânica defronte ao Anhanduí. 

Enquanto a reportagem esteve no local, foi possível perceber uma grande quantidade de peixes mortos acumulada entre a Rua Bom Sucesso e a Rua do Aquário, no Bairro Marcos Roberto. “É uma judiação isso acontecer”, lamentou Egídio.
A Polícia Militar Ambiental (PMA) esteve no local para fazer imagens da situação. Como a PM não faz investigações, as fotos seriam enviadas para o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS).

INVESTIGAÇÃO

A prefeitura informou que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), responsável pelo monitoramento da qualidade da água, foi notificada e investigaria a situação. Já sobre a morte dos peixes, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) enviou técnicos para a coleta e análise. “Os resultados serão remetidos para a Semadur, que deverá tomar as devidas providências”. 

"Vacina no braço"

Casos de Síndrome Aguda Respiratoria Grave aumentam em Campo Grande

Conforme o boletim da InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (18) os casos de síndrome gripais aumentaram na Capital; a recomendação é que os grupos prioritários tomem vacina

18/04/2024 18h15

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Campo Grande está entre outras 19 Capitais que apresentaram aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (18), pela Fiocruz. 

 O relatório apontou que aumentou o número de pessoas internadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), de Influenza A (vírus da gripe) e o vírus respiratório (VSR).

"Na presente atualização observa-se que 19 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) até a semana 15: Aracajú (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Manaus (AM), Palmas (TO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e São Paulo (SP)", indica o relatório.

Divulgação InfoGripe

A Covid-19 segue em queda e em alguns Estados permanece em níveis baixos de incidência. Os dados apontam que a disseminação da Síndrome Respiratória Aguda Grave, de Influenza A e o vírus respiratório para as próximas semanas em 19 Estados e Mato Grosso do Sul pode apresentar aumento nas próximas semanas. 

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

Segundo o pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, para impedir o crescimento dos casos o público alvo deve procurar a unidade de saúde mais próxima e tomar a vacina contra a influenza. 

“Para o vírus da gripe, a gente conta com vacina e campanha de vacinação em todo o país. Então quem é grupo de risco, deve buscar o posto de saúde para se vacinar. A vacina da gripe, tal qual a vacina da Covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode acabar desencadeando uma internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental. Em relação ao VSR, a rede privada tem uma vacina já disponível para idosos, que também é muito importante, já que embora o risco do VSR seja muito maior nas crianças pequenas, a gente também observa internações nos idosos”, explica Marcelo Gomes.

A recomendação do pesquisador para pessoas que apresentem sintomas gripais usem máscara de qualidade as recomendadas são: N95, KN95, PFF2; no caso de sair de casa para procurar atendimento médico em unidades de saúde. 

Veja outros Estados com tendência de aumento da Síndrome Respiratória Aguda Grave:

  •  Acre;
  • Alagoas;
  • Amazonas;
  • Bahia;
  • Ceará;
  • Distrito Federal;
  • Goiás;
  • Maranhão;
  • Minas Gerais;
  • Pará;
  • Paraíba;
  • Paraná;
  •  Pernambuco;
  • Rio Grande do Norte
  • Rio Grande do Sul;
  • Rio de Janeiro;
  • Santa Catarina;
  • Sergipe;
  • São Paulo;
  • Tocantins;

Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul a incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em decorrência da Covid-19 apresenta queda. 

No país

Somente em 2024, óbitos ligados a SRAG foram registrados  2.322 óbitos, sendo 1.411 (60,8%)
com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 728 (31,4%) negativos, e ao
menos 78 (3,4%) aguardam resultado.

Casos positivos

  • 12,3% Influenza A;
  •  0,1% Influenza B;
  •  3,1% vírus sincicialrespiratório (VSR);
  •  81,7% SARS-CoV-2 (COVID-19);

 

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Prazos

Mais de 68 mil pessoas poderão concluir o processo de obtenção da CNH até 31 de dezembro em MS

Os processos para retirada da CNH, que foram prorrogados por mais 12 meses, foram interrompidos em 2019

18/04/2024 17h50

Foto: Rachid Waqued

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De acordo com a deliberação nº271/2023, todos os processos de habilitação ativos até dezembro de 2023 tiveram o prazo de conclusão ampliado para 31 de dezembro de 2024.

De acordo com o levantamento do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), mostra que 8,6 mil processos estão parados na etapa de agendamento teórico, enquanto  12,6 mil na etapa de agendamento do exame prático de duas rodas. 

Ainda de acordo com o departamento de trânsito, 14,3 mil veículos estão na fase de agendamento prático de quatro rodas.Os demais são alunos que se encontram na fase de exames de saúde e ainda não chegaram na etapa de aulas.

O aviso do Detran é para as pessoas que ainda tem interesse em dar andamento ao processo procurem os seus respectivos CFC (Centro de Formação de Condutores) e não deixem para fazer isso perto do prazo expirar.

Ainda segundo o órgão, uma notificação eletrônica será encaminhada para os cidadãos que se qualificarem para a prorrogação. O alerta será enviado ao e-mail cadastrado no sistema durante a inscrição. Não haverá necessidade de efetuar novos pagamentos ou emissões de novas guias.

 

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