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Começa triagem de voluntários para teste da vacina da Covid

Farão parte do estudo pessoas que estejam expostas ao vírus de alguma forma

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Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) começaram a triagem dos voluntários para o teste da vacina britânica contra Covid-19. A substância desenvolvida em Oxford é considerada uma das mais promissoras.

No sábado passado, 20 pessoas fizeram os testes sorológicos que vão mostrar se algum deles já foi infectado pelo novo coronavírus. Só podem fazer parte do estudo aqueles que ainda não tiveram contato com a doença.

Foram recrutados profissionais de saúde entre 18 a 55 anos que atuam prioritariamente dentro do Hospital São Paulo-Unifesp, na linha de frente do combate à Covid-19, entre médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, além de trabalhadores do hospital que desempenham funções em ambientes com alto risco de exposição ao novo coronavírus, como motoristas de ambulância, seguranças e agentes de limpeza.

O estudo com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford está na fase 3, um dos estágios mais avançados. Ele segue todos os trâmites rígidos da pesquisa científica, o que demanda dos pesquisadores envolvidos dedicação total ao projeto junto à instituição de ensino britânica e em conjunto com demais participantes, como Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e Fundação Lemann. Cada avanço registrado será compartilhado entre todos eles.

A biofarmacêutica multinacional AstraZeneca patrocina os testes. A realização dos ensaios no Brasil é um forte indicativo de que a companhia tem interesse no mercado local, caso a eficácia da proteção seja realmente comprovada e não haja riscos para a saúde dos pacientes.

Mesmo sem ter a eficácia comprovada, a empresa já colocou sua linha de produção para funcionar e ela é fabricada nas unidades indiana, suíça, norueguesa e também britânica da empresa.

Segundo informações do DailyMail, a companhia pretende ter estoque de milhões de unidades em setembro.

COMO FUNCIONA?

Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, a investigadora principal do projeto na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Lily Weckx, explicou como funciona a imunização.

O coronavírus tem formato bastante conhecido da população pelas imagens que circulam na mídia: circular e com espécies de “tentáculos” em volta dele. Essas estruturas são conhecidas como “spikes” e têm a função de fazer com que o vírus entre dentro das células que utiliza para se reproduzir.

A vacina produz anticorpos contra essa espícula para que as neutralize e não deixe que o vírus entre na célula. Ao invés de pegar o vírus inteiro e injetá-lo no organismo, a imunização em análise leva o spike através de um vetor viral. Isso é apresentado ao organismo, que faz uma resposta imune com anticorpos protetores.

PROCEDIMENTO

O teste sorológico é a primeira etapa da triagem. Quem for aprovado, vai receber ou uma dose da vacina contra Covid-19 ou uma imunização meningocócica. Ninguém, exceto alguns pesquisadores, saberão quem recebeu cada uma das substâncias.

Isso é feito para que os dados sejam mais confiáveis. Todos os pacientes serão acompanhados e exames irão comprovar quem desenvolveu imunidade contra o causador da pandemia.

Atualmente, existem mais de 130 vacinas em todo o mundo tentando trazer proteção contra o novo coronavírus, inclusive no Brasil. Ela é desenvolvida pela Universidade de São Paulo e está na fase 2 de testes, ou seja, em animais.

O Correio do Estado tentou contato com os pesquisadores, mas nenhum deles quis falar com a equipe de reportagem. Via assessoria de imprensa, eles afirmaram que só darão entrevistas quando surgirem novidades dessa fase. 

ALIMENTOS-DISPERDÍCIO

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, diz ONU

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global"

27/03/2024 21h00

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos Crédito: Freepik

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A humanidade desperdiçou por dia o equivalente a um bilhão de refeições em 2022, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Esse cálculo é provisório e a quantidade de alimentos desperdiçados pode ser muito maior, apontam os responsáveis pelo Índice de Desperdício de Alimentos.
Embora ainda existam 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome, o mundo desperdiçou mais de um bilhão de toneladas de alimentos em 2022, o equivalente a mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,21 trilhões na cotação da época).

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global", diz o texto.

"Milhões de pessoas passarão fome hoje enquanto os alimentos são desperdiçados em todo o mundo", afirma Inger Andersen, diretora-executiva do Pnuma. E esse não é apenas um fracasso moral, mas também ambiental, destaca ela.

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos.

O relatório, em conjunto com a organização sem fins lucrativos Wrap, é o segundo sobre desperdício global de alimentos elaborado pela ONU.

À medida que a coleta de dados melhora, a verdadeira magnitude do problema se torna mais clara, diz Clementine O'Connor, também do Pnuma.

"Para mim, é simplesmente assustador", reforça Richard Swannell, do Wrap. "Seria realmente possível alimentar todas as pessoas atualmente famintas no mundo com uma refeição por dia, apenas com a comida que é desperdiçada a cada ano."

Restaurantes, refeitórios e hotéis foram responsáveis por 28% do total de desperdício de alimentos em 2022, enquanto o comércio varejista, como açougues e mercearias, descartou 12%. Os maiores culpados foram os lares, que representaram 60%, cerca de 631 milhões de toneladas.

Muito disso ocorre porque as pessoas simplesmente compram mais alimentos do que precisam, calculam mal o tamanho das porções e não comem sobras, diz Swannell.
Outro problema são as datas de validade. Existem produtos perfeitamente bons que são jogados fora porque as pessoas supõem, incorretamente, que eles estragaram.
O relatório explica também que muitos alimentos, especialmente no mundo em desenvolvimento, se perdem no transporte ou estragam devido à falta de refrigeração.

Ao contrário da crença popular, o desperdício alimentar não é um problema apenas dos países ricos e pode ser observado em todo o mundo.

Os países com climas mais quentes também geram mais resíduos, possivelmente devido ao maior consumo de alimentos frescos.

Efeitos devastadores

As empresas também contribuem para o problema porque é barato descartar produtos não utilizados graças aos aterros. "É mais rápido e fácil descartar atualmente porque a taxação do lixo é zero ou muito baixa", diz O'Connor.
O desperdício de alimentos tem "efeitos devastadores" para as pessoas e o planeta, conclui o relatório.

A conversão de ecossistemas naturais em agricultura é uma das principais causas da perda de habitat, e o desperdício de alimentos ocupa o equivalente a quase 30% da terra destinada ao uso agrícola.

"Se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, atrás dos Estados Unidos e da China", ressalta Swannell.

NO BRASIL 

O Índice de Desperdício de Alimentos calcula que, no Brasil, a taxa, na etapa de consumo familiar, esteja em 94 kg per capita ao ano.

Essa estimativa leva em conta somente o consumo doméstico de alimentos no país, com base em um estudo piloto realizado em 2023 em cinco regiões da cidade do Rio de Janeiro, com diferentes perfis socioeconômicos.

"Embora seja um estudo restrito ao Rio de Janeiro, os dados mostram que o desperdício ocorre mesmo em bairros de classe média baixa. Os fatores que levam ao desperdício precisam ser explorados em pesquisas qualitativas. É importante destacar que o montante de 94 kg por pessoa ao ano leva em conta tanto sobras de refeições, tais como arroz e feijão, quanto cascas de frutas e ossos", diz Gustavo Porpino, analista da Embrapa Alimentos e Territórios, que atuou como revisor do índice, em comunicado.

"A metodologia do Pnuma não categoriza o desperdício em evitável e inevitável, porque considera relevante reduzir o descarte de resíduos orgânicos como um todo", explica.

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PAC Saúde

Com investimento de R$ 89,5 milhões, municípios de MS irão receber novas Unidades Básicas de Saúde

Com as novas unidades o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária

27/03/2024 17h30

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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O Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC Saúde) disponibilizou R$ 89,5 milhões para investimento em construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 37 municípios de Mato Grosso do Sul.

Entre os municípios estão Campo Grande (R$ 4.945.820,90), Dourados (R$ 4.945.820,90) e Corumbá (R$ 2.276.907,66). Em todo país serão construídas 1,8 mil unidades em mais de 1,5 mil municípios. Com isso, o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária. 

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, com as novas UBS haverá a necessidade de ampliação no quadro das equipes de Saúde da Família (eSF), se Saúde Bucal (eSB), multiprofissionais  (eMulti) e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A pasta informou que o investimento feito é de R$ 4,2 bilhões, sendo que os valores das novas UBS apresentam a variação de R$1,8 e R$6,6 milhões, de acordo com a região e o tamanho da unidade. 

Ainda, de acordo com o Ministério, os dez pedidos entre equipamentos e obras que o Novo Pac Saúde contempla, novas UBS representam o maior número de propostas apresentadas pelos municípios, um total de 5.665 propostas, referentes a 3.001 territórios.

Veja a relação dos municípios

Para a escolha dos municípios a receber as novas UBS foram vulnerabilidades socioeconômica; ausência assistencial na Atenção Primária; locais com baixo índice de cobertura e Estratégia de Saúde da Família.

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