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Com medidas, pico de infecção deve acontecer em até 40 dias

Em 14 dias, Mato Grosso do Sul tem 28 casos confirmados e 427 notificados

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Vivendo as consequências da pandemia do novo coronavírus, Mato Grosso do Sul fechou escolas, comércios, universidades e espaços públicos há cerca de 10 dias. O esforço é para combater o avanço viral e minimizar seus impactos na população.

Porém, a Secretaria Estadual de Saúde (SES), estima que o pico da Covid-19 - doença causada pelo vírus - seja daqui duas semanas caso as medias de contenção sejam reduzidas. Mas se forem mantidas as notificações da doença podem aumentar apenas em maio.

“Em duas ou três semanas é o pico da doença, dentro do que a gente estuda da velocidade que aconteceu no Sudeste, que foi onde teve o ‘boom’ aqui no Brasil, e dos outros países”, disse ao Correio do Estado a diretora de atenção à saúde da SES, Mariana Croda.  

Atualmente, segundo o último boletim epidemiológico - divulgado ontem -, MS tem 28 pessoas com o coronavírus, sendo que 24 são na Capital e os municípios de Sidrolândia, Ponta Porã, Batayporã e Rio Verde tem um caso confirmado cada. Do total de infectados, 14 estão em isolamento domiciliar, cinco estão internados e nove finalizaram a quarentena e estão sem sintomas.

Os dois primeiros casos confirmados em MS foram no dia 14 de março - há 14 dias - ou seja, o Estado tem uma média de dois casos confirmados por dia.

Em São Paulo, que teve o primeiro caso registrado no dia 25 de fevereiro - há pouco mais de um mês -, são 68 mortes pelo novo coronavírus, segundo balanço do Ministério da Saúde e 1.223 casos confirmados, uma média de quase 38 casos ao dia.

Neste semana, o presidente da república Jair Bolsonaro (sem partido), fez um pronunciamento defendendo o isolamento vertical, diferente do que está sendo adotado no Brasil - o horizontal.

No vertical, somente pessoas do grupo de risco (idosos, cardíacos, pessoas com doenças respiratórias, diabéticos, hipertensos e etc) ficam em isolamento e as outras pessoas vivem suas atividades normalmente.

“Temos que esperar mais um tempo, para que o vírus apareça de forma mais diluída. Até para a gente ganhar tempo de testar novas drogas. Os outros lugares encontrarem uma solução definitiva. Então tem que observar os próximos dias, não é momento de retornar a exposição”, disse Croda.  

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou que há risco da doença mesmo entre os jovens. “Vocês não são invencíveis. Esse vírus pode colocar você no hospital por semanas ou até matar. Mesmo que não fique doente, as escolhas que faz sobre onde ir podem fazer a diferença sobre a vida ou a morte de outra pessoa”, afirmou na semana passada o diretor-geral do órgão, Tedros Ghebreyesus.

Especialistas também apontam o risco de um jovem contaminado com coronavírus, mesmo que não desenvolva os sintomas, transmita o vírus para algum parente idoso, como pais e avós.

FLEXIBILIZAÇÃO

Conforme a profissional infectologista, se caso passem a flexibilizar as medidas tomadas para o enfrentamento do vírus haverá uma sobrecarga na saúde. “Uma parte da população que pegar o coronavírus, sobretudo os mais jovens, vão ter sintomas gripais sem tanta gravidade e uma parte vai requerer internação hospitalar. E mais com o coronavírus na cabeça, todo mundo vai acabar indo procurar ajuda médica e o que nós tememos é a sobrecarrega hospitalar.Maior medo são as unidades de terapia intensiva, se vai ter leitos para todo mundo”, previu ela, que antecipa que a normalidade pode começar a voltar gradativamente a partir de quatro semanas.  

A Saúde Estadual está priorizando os casos mais graves com os sintomas da Covid-19, como a falta de ar, mas para ter controle total do vírus no Estado, é preciso que todos os casos sejam mapeados.

“Todos os casos de gripes são possíveis de ser coronavírus. Por isso a nossa atenção está nos pacientes que têm sintomas mais graves. Nós já mapeamos em pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave ou nas unidades sentinelas, nós temos algumas no Estado, onde nós colhemos a secreção de todos que tiveram contato com a pessoa. Mas nós não sabemos o número real de infectados e é difícil estimar só pelos casos de mais gravidade”, revelou. 

ALIMENTOS-DISPERDÍCIO

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, diz ONU

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global"

27/03/2024 21h00

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos Crédito: Freepik

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A humanidade desperdiçou por dia o equivalente a um bilhão de refeições em 2022, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Esse cálculo é provisório e a quantidade de alimentos desperdiçados pode ser muito maior, apontam os responsáveis pelo Índice de Desperdício de Alimentos.
Embora ainda existam 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome, o mundo desperdiçou mais de um bilhão de toneladas de alimentos em 2022, o equivalente a mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,21 trilhões na cotação da época).

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global", diz o texto.

"Milhões de pessoas passarão fome hoje enquanto os alimentos são desperdiçados em todo o mundo", afirma Inger Andersen, diretora-executiva do Pnuma. E esse não é apenas um fracasso moral, mas também ambiental, destaca ela.

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos.

O relatório, em conjunto com a organização sem fins lucrativos Wrap, é o segundo sobre desperdício global de alimentos elaborado pela ONU.

À medida que a coleta de dados melhora, a verdadeira magnitude do problema se torna mais clara, diz Clementine O'Connor, também do Pnuma.

"Para mim, é simplesmente assustador", reforça Richard Swannell, do Wrap. "Seria realmente possível alimentar todas as pessoas atualmente famintas no mundo com uma refeição por dia, apenas com a comida que é desperdiçada a cada ano."

Restaurantes, refeitórios e hotéis foram responsáveis por 28% do total de desperdício de alimentos em 2022, enquanto o comércio varejista, como açougues e mercearias, descartou 12%. Os maiores culpados foram os lares, que representaram 60%, cerca de 631 milhões de toneladas.

Muito disso ocorre porque as pessoas simplesmente compram mais alimentos do que precisam, calculam mal o tamanho das porções e não comem sobras, diz Swannell.
Outro problema são as datas de validade. Existem produtos perfeitamente bons que são jogados fora porque as pessoas supõem, incorretamente, que eles estragaram.
O relatório explica também que muitos alimentos, especialmente no mundo em desenvolvimento, se perdem no transporte ou estragam devido à falta de refrigeração.

Ao contrário da crença popular, o desperdício alimentar não é um problema apenas dos países ricos e pode ser observado em todo o mundo.

Os países com climas mais quentes também geram mais resíduos, possivelmente devido ao maior consumo de alimentos frescos.

Efeitos devastadores

As empresas também contribuem para o problema porque é barato descartar produtos não utilizados graças aos aterros. "É mais rápido e fácil descartar atualmente porque a taxação do lixo é zero ou muito baixa", diz O'Connor.
O desperdício de alimentos tem "efeitos devastadores" para as pessoas e o planeta, conclui o relatório.

A conversão de ecossistemas naturais em agricultura é uma das principais causas da perda de habitat, e o desperdício de alimentos ocupa o equivalente a quase 30% da terra destinada ao uso agrícola.

"Se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, atrás dos Estados Unidos e da China", ressalta Swannell.

NO BRASIL 

O Índice de Desperdício de Alimentos calcula que, no Brasil, a taxa, na etapa de consumo familiar, esteja em 94 kg per capita ao ano.

Essa estimativa leva em conta somente o consumo doméstico de alimentos no país, com base em um estudo piloto realizado em 2023 em cinco regiões da cidade do Rio de Janeiro, com diferentes perfis socioeconômicos.

"Embora seja um estudo restrito ao Rio de Janeiro, os dados mostram que o desperdício ocorre mesmo em bairros de classe média baixa. Os fatores que levam ao desperdício precisam ser explorados em pesquisas qualitativas. É importante destacar que o montante de 94 kg por pessoa ao ano leva em conta tanto sobras de refeições, tais como arroz e feijão, quanto cascas de frutas e ossos", diz Gustavo Porpino, analista da Embrapa Alimentos e Territórios, que atuou como revisor do índice, em comunicado.

"A metodologia do Pnuma não categoriza o desperdício em evitável e inevitável, porque considera relevante reduzir o descarte de resíduos orgânicos como um todo", explica.

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PAC Saúde

Com investimento de R$ 89,5 milhões, municípios de MS irão receber novas Unidades Básicas de Saúde

Com as novas unidades o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária

27/03/2024 17h30

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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O Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC Saúde) disponibilizou R$ 89,5 milhões para investimento em construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 37 municípios de Mato Grosso do Sul.

Entre os municípios estão Campo Grande (R$ 4.945.820,90), Dourados (R$ 4.945.820,90) e Corumbá (R$ 2.276.907,66). Em todo país serão construídas 1,8 mil unidades em mais de 1,5 mil municípios. Com isso, o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária. 

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, com as novas UBS haverá a necessidade de ampliação no quadro das equipes de Saúde da Família (eSF), se Saúde Bucal (eSB), multiprofissionais  (eMulti) e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A pasta informou que o investimento feito é de R$ 4,2 bilhões, sendo que os valores das novas UBS apresentam a variação de R$1,8 e R$6,6 milhões, de acordo com a região e o tamanho da unidade. 

Ainda, de acordo com o Ministério, os dez pedidos entre equipamentos e obras que o Novo Pac Saúde contempla, novas UBS representam o maior número de propostas apresentadas pelos municípios, um total de 5.665 propostas, referentes a 3.001 territórios.

Veja a relação dos municípios

Para a escolha dos municípios a receber as novas UBS foram vulnerabilidades socioeconômica; ausência assistencial na Atenção Primária; locais com baixo índice de cobertura e Estratégia de Saúde da Família.

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