Cidades

INVESTIMENTO

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Com emendas ou recursos próprios,
escolas "se ajeitam"

Aparelhos de ar condicionado e câmeras de segurança são adquiridos sem auxílio do governo do Estado

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Apenas 95 escolas da Rede Estadual de Ensino (REE), em 42 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, possuem climatização nas salas de aula, situação que prejudica o dia a dia e atrapalha o rendimento e a concentração dos estudantes. A quantidade representa 25,8% do total de unidades no Estado, que tem 368 escolas e 252 mil alunos, 90 delas em Campo Grande, com 61 mil alunos.

Foram apenas 757 aparelhos adquiridos por meio de emendas parlamentares, entre 2016 e 2017. A Secretaria de Estado de Educação (SED) não tem dados de quantos foram os equipamentos adquiridos por meio de verba própria – utilizando o “caixa extra” – das escolas.

Nas poucas unidades que possuem aparelhos de ar condicionado,a instalação só foi possível, em muitos casos, por meio de atuação da Associação de Pais e Mestres (APM), com realização de atividades, festas e até rifas, a fim de juntar recursos que fossem utilizados nas aquisições dos equipamentos.

Foi assim que a Escola Estadual Silvio Oliveira dos Santos, no Bairro Aero Rancho, que tem 14 salas de aula, 6 laboratórios, 3 salas de tecnologia e outras 4 administrativas, com total de 1.150 alunos garantiu a melhoria na climatização. Na Capital, de acordo com a SED, apenas dez unidades possuem salas com ar-condicionado.
Há dois anos a APM e a direção da escola iniciaram as instalações que até o fim do mês deverá estar concluída. Ainda faltam três salas de aula para receber os aparelhos. 
 “É um grande avanço. Com certeza é maravilhoso para os alunos. O calor é complicado, ainda mais quando se tem um númmero grande de alunos em sala”, disse a presidente da Associação, Giselle Benites. A filha dela, Glaucya, de 12 anos, está no 7° ano e é uma das beneficiadas pelo clima mais ameno em sala de aula.

“Começamos o projeto há dois anos, ainda faltam três salas. Do que foi feito até agora, a Secretaria instalou na parte administrativa e em alguns laboratórios. O restante foi feito com caixa de rifa, pastelada, festa junina”, explicou o diretor da escola, Leandro Colombo Pedrini, que também é presidente do Conselho de Diretores das Escolas Estaduais (Condec).

Pedrini disse ainda a climatização em algumas das escolas só foi possível com recursos de emendas parlamentares, mas a maioria teria recorrido ao caixa extra para garantir as instalações. 

POSIÇÃO
Para mudar o cenário a Secretaria de Estado de Educação iniciou trabalho de adequação, especialmente da rede elétrica, para instalação de aparelhos de ar-condicionado. 

Em nota, a pasta afirmou que “desde 2015 trabalha para que todas as unidades da Rede tenham condições de receber esses equipamentos. O controle das salas com climatização é feito exclusivamente pelas unidades que, até este mês de setembro, já contaram com 214 intervenções para reparos, adequações e modernizações da rede elétrica”.

Apesar de ser prática comum nas escolas, o famoso “caixinha ou caixa extra” não é confirmado pela SED. “A aquisição dos aparelhos ocorre por meio de compra direta – quando a unidade escolar utiliza verba de Emenda Parlamentar para comprar os equipamentos – ou por meio de processo licitatório”. 

Ainda de acordo com a Secretaria, levantamento do ano de 2016 - último informado pela pasta -, confirmou o montante de R$ 3.082.033,55 destinado para a compra de aparelhos de ar-condicionado, em Mato Grosso do Sul, por meio de emendas parlamentares. 

“A SED trabalha para que todas as escolas da REE estejam em plenas condições para receber esses aparelhos, a partir do momento no qual são adquiridos, visando beneficiar os mais de 252 mil estudantes matriculados nas escolas por todo o Estado”.

OPERAÇÃO DA PF

Fraude em ponto eletrônico da saúde na Prefeitura de Corumbá gera prejuízo de R$ 6 milhões

Polícia Federal deflagrou operação para combater crime e identificou servidor que ficava 5 minutos no expediente

19/04/2024 12h30

Polícia Federal deflagrou operação contra fraude do ponto em Corumbá Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Esculápio nesta sexta-feira (19) para combater prejuízo milionário que servidores da saúde em corumbá estavam causando no serviço público com fraudes em ponto eletrônico.

Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde da Prefeitura de Corumbá reiteradamente fraudavam seus pontos eletrônicos, não cumprindo a carga horária contratada, mas recebendo o salário integral. 

Ao longo da investigação, a Polícia Federal em Corumbá identificou que houve casos em que a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos. O foco da operação nesta sexta-feira foi concentrado nessa unidade especializada, que fica no bairro Universitário.

Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00.

Esse cálculo foi obtido a partir da apuração dos salários pagos aos profissionais de saúde em valor integral, porém sem que eles cumprissem a carga horária. A Polícia Federal não detalhou há quanto tempo essa fraude vinha sendo praticada e como houve a denúncia.

Na ação, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, foram sequestrados bens móveis avaliados em R$ 1.500.00,00 e bens imóveis avaliados em R$ 5.000.000,00 dos servidores públicos.

Dentro do Centro Municipal de Especialidade Odontológica trabalham principalmente dentistas e os serviços prestados são de cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia e odontopediatria. Os investigados poderão responder por estelionato, peculato e peculato eletrônico.

A Prefeitura de Corumbá divulgou nota e sugeriu que não foi a responsável pela denúncia. Conforme apurado, o governo municipal não teria conhecimento oficial dessa fraude até que ocorresse a operação.

"Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações. A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário", divulgou.

Ainda não há confirmação se os servidores investigados pela Polícia Federal também vão passar por processo administrativo.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 10h30

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

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