Após 90% do efetivo administrativo das escolas de Mato Grosso do Sul aderirem à greve por conta de impasse sobre reajuste salarial com o Governo do Estado, na segunda-feira (20), as unidades escolares tentam se adaptar as consequências do movimento.
Em diversas escolas do Estado, conforme a Federação dos Trabalhadores em Educação (Fetems), alunos, pais, professores e outros funcionários das comunidades escolares estão fazendo o serviço dos grevistas, a pedido dos diretores, para não paralisar as aulas.
Como na Escola Estadual Silvio Ferreira, em Coxim, onde os contratados para fazer a merenda agora ajudam na limpeza e vice-versa. A Fetems informou que, no dia de início da greve, muitas escolas já estavam fechando devido à falta pessoal para fazer a merenda.
Procurada pelo Correio do Estado, a Secretaria de Estado de Educação (SED), não respondeu os questionamentos até a publicação desta matéria.
GREVE
A decisão do movimento é decorrente do não entendimento às reivindicações solicitadas junto ao Governo do Estado, entre elas: incorporação do abono salarial, política salarial para os próximos anos, manutenção da jornada de seis horas e convocação do concurso público para o grupo administrativo.
Mesmo com decisão do desembargador Luiz Tadeu Barbosa Silva, do Tribunal de Justiça do Estado (TJMS), que determinou que dois terços (⅔) dos servidores estaduais têm que trabalhar durante a parada das atividades dos administrativos da educação, cerca de 90% da categoria aderiu à greve.
Conforme informações do presidente da Fetems, Jaime Teixeira, a federação não recebeu a notificação da decisão, que foi deferida no sábado (18). Com isso, em Campo Grande, aproximadamente 90% do administrativo está parado e no Estado a adesão também é grande, segundo Teixeira.
“A Fetems ainda não foi notificada, o que pode ocorrer nas próximas horas. Depois de notificados vão analisar o parecer jurídico para avaliarmos o impacto e decidir os próximos encaminhamentos. O salário base atual de um servidor estadual Administrativo em Educação é de R$ 854, mais o abono de R$ 200. Queremos a Incorporação do Abono no salário e uma política de reajustes. Não podemos mais ter um salário abaixo do salário mínimo”, disse.