Cidades

DESCASO

Com 90% descartados, recicláveis
viram lixo e acabam enterrados

Empresa responsável afirma ter coleta domiciliar e mais 200 pontos para entrega nos bairros

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Enquanto a prefeitura de Campo Grande tenta fazer com que grandes geradores sejam responsáveis pelo lixo que produzem e, como consequência, se sintam obrigados a promover a reciclagem de materiais, o sistema de coleta seletiva domiciliar patina.

Das 285.127,49 toneladas de lixo coletadas no município da Capital, em 2018, só ínfimos 2% (6.387,880) foram reciclados, quando o porcentual poderia chegar a 20%. Com isso, o restante dos resíduos potencialmente recicláveis, cerca de 90%, acaba com o mesmo destino do lixo comum: enterrado no aterro sanitário.

Além de ruim para cooperativas de catadores de recicláveis, que dependem do lixo reciclável para ter uma renda, a situação é péssima para o meio ambiente, pois aumenta os índices de poluição.

Para o gerente operacional da Solurb Soluções Ambientais, Bruno Velloso, o grande problema do fracasso na coleta seletiva está na falta de consciência das pessoas. “Falta adesão da população. Atualmente não passa de 18% [de adesão].

Por mais campanhas e esforço que a gente faça, a população não colabora, não participa ou ainda faz de forma incorreta. Todos os recicláveis vão para as cooperativas, na UTR [Usina de Triagem de Resíduos] e, fora eles, quem ganha mesmo é o meio ambiente”, esclarece.

É a Solurb a responsável por colocar o serviço da coleta seletiva em prática e fazer funcionar, missão praticamente impossível sem a adesão da população.

Entre os principais responsáveis pela baixa adesão estão os condomínios residenciais. “De acordo com a lei complementar nº 209, do Código Municipal de Resíduos Sólidos e Disciplina à Limpeza Urbana, os prédios residenciais, comerciais e condomínios fechados, com mais de seis unidades, são obrigados a construir uma área reservada para fins da coleta seletiva do lixo. Porém, muitos não priorizam a separação do lixo nem informam aos moradores”, diz Velloso.

PREJUDICADOS

Sem a colaboração de quem produz o lixo, aqueles que dependem dele para sobreviver acabam ganhando bem menos do que poderiam. Segundo a tesoureira da Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis do Bairro Dom Antônio Barbosa (Cata-MS), Ana Cláudia, o salário dos cooperados não passa do mínimo, R$ 998. “Tem meses que dá R$ 800, outros dá mais, mas não passa do salário mínimo. Com certeza, se as pessoas tivessem mais consciência, receberíamos mais material”, considera.

A UTR é operada por 120 cooperados, que estão divididos em três cooperativas e uma associação. Não bastasse a baixa quantidade de material, o que chega até a UTR, muitas vezes, é “contaminado”. “Vem muito lixo em meio àquilo que só deveria ser reciclável. Todo material que chega aqui é de coleta seletiva, mas as pessoas mandam papel higiênico, resto de comida, fezes de animais, tudo junto. Muita coisa não se aproveita”, conta.

Após a triagem, o cenário ganha contornos ainda mais desfavoráveis: do material potencialmente reciclável que poderia ser coletado, apenas 35% (em torno de 6 t por dia) é vendido pelas cooperativas.

SERVIÇO

Atualmente, 62% dos domicílios da Capital contam com o sistema de coleta seletiva, sendo ampliado gradativamente, ano a ano. O serviço acontece em duas modalidades: porta a porta (ou domiciliar) e em locais de entrega voluntária (LEV).

Cidades

Trio usa máscaras de terror em execução, queima carro e, mesmo assim, é descoberto

Usando máscaras de demônio e do Pânico, criminosos mataram a tiros um homem de 30 anos em uma conveniência

13/12/2025 10h55

Divulgação Polícia Civil de Mato Grosso do Sul

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Um dos suspeitos de executar Weslei Lima Souto, de 30 anos, conhecido como “Thula”, mesmo tendo usado máscara para ludibriar as autoridades, terminou preso pela polícia em Três Lagoas.

Momentos antes do crime, segundo o site MS News, a vítima chegou a uma conveniência no bairro Vila Verde, em uma Honda Biz. Ela esperava na fila para efetuar o pagamento quando três indivíduos armados desceram de um HB20.

O circuito de câmeras de segurança do estabelecimento mostra que um pai, com a filha no colo, estava à frente da vítima, que chegou a olhar em direção à porta e coçar a cabeça (confira o vídeo abaixo), parecendo confuso com a aproximação, da qual nem teve chance de se esquivar.

Chama atenção o fato de os criminosos terem usado máscaras, uma de demônio e outra do filme Pânico, franquia lançada originalmente em 1996 e retomada em 2022.

A polícia tomou conhecimento do homicídio triplamente qualificado e iniciou diligências. Os criminosos chegaram a atear fogo no veículo para apagar eventuais vestígios.

Com o auxílio do Núcleo Regional de Inteligência (NRI) e apoio das equipes da Seção de Investigação Geral (SIG), assim como da unidade da delegacia do município, foi possível levantar, com testemunhas, a identificação de um dos suspeitos, apontado como autor direto dos disparos.

A equipe se deslocou até a residência do homem, que não teve nome nem idade divulgados. Durante a conversa, ele acabou confessando a participação no crime e assumiu que disparou contra Weslei.

O suspeito foi encaminhado à delegacia e, durante interrogatório, na presença do advogado, relatou que a execução ocorreu por brigas anteriores e ameaças que a vítima teria feito.

Além disso, revelou que foi o primeiro a descer do veículo e a efetuar os disparos. Pela sequência das imagens, a polícia indica que ele era o homem que usava a máscara do Pânico. Os tiros atingiram a região da cabeça da vítima.

Ele relatou ainda que, mesmo após Weslei cair no chão, continuou atirando, atingindo também o tórax. Em seguida, o segundo indivíduo, com a máscara demoníaca, efetuou diversos disparos, assim como o terceiro, que não é visto nas imagens do circuito interno de segurança.

Fuga

Um quarto envolvido conduziu o veículo em que o trio fugiu. Eles seguiram até uma área rural e atearam fogo no automóvel, que ficou totalmente destruído.

Por meio de informações repassadas por uma empresa da região, o carro foi localizado e submetido a exames periciais realizados por agentes da Polícia Científica da Unidade Regional de Perícia e Identificação (URPI) de Três Lagoas.

Armas

A inteligência policial conseguiu levantar que as armas de fogo utilizadas no crime estavam enterradas em uma propriedade rural.

No local, após escavação, policiais encontraram e apreenderam as armas, além de dezenas de munições, bem como as máscaras e roupas utilizadas pelos criminosos.

Divulgação Polícia Civil de Mato Grosso do Sul

Os aparelhos celulares da vítima e do suspeito foram apreendidos. O delegado solicitou a quebra de sigilo telemático para acessar informações que serão analisadas pelo Núcleo Regional de Inteligência.

Após a prisão em flagrante, a autoridade policial apresentou pedido de conversão para prisão preventiva. O suspeito foi encaminhado às celas da Depac, onde permanece à disposição da Justiça.

Veja o momento do crime

 

 

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Cidades

Em 14h, chuva de 181 mm derruba pontes em Paranhos

Água tranbordou em pontos do município na zona rural e na zona urbana

13/12/2025 10h30

Reprodução

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Um forte temporal atingiu a região de Paranhos, a 462 km de Campo Grande, e deixou um rastro de destruição no município ao longo da última sexta-feira (12).

Conforme registrado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) a região de Paranhos registrou, entre as 4h e as 18h de ontem, uma precipitação acumulada de 181,6 mm.

Queda de pontes

A intensidade das chuvas causou a queda da ponte de madeira que passa sobre o Rio Destino e dava acesso ao Assentamento Beira Rio e às aldeias Ypo`i e Sete Cerros na zona rural do município.

Em outro ponto do mesmo rio, uma ponte de concreto foi completamente carregada pelas águas. A estrutura dava acesso à Fazenda Itapuã e ao Assentamento Vicente de Paula e Silva.

Para acessar a cidade, moradores de ambas as regiões afetadas pela queda das pontes terão dar a volta pela Rodovia MS-165, pela linha internacional que separa Brasil e Paraguai.

Água transbordou

Com o grande volume de chuva, o Rio Iguatemi chegou a transbordar encobrindo uma ponte, na altura que liga a cidade de Paranhos a Rodovia MS-156, entre Amambai e Tacuru,

Outra inundação ocorreu na zona urbana de Paranhos, onde o Lago Municipal encheu por completo.

Veja os registros dos estragos:

Vídeo: Reprodução/A Gazeta News 

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