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Com 75 anos de história e dedicação, Educandário Getúlio Vargas segue transformando vidas

Com 75 anos de história e dedicação, Educandário Getúlio Vargas segue transformando vidas

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Aos 14 anos, a adolescente Luiza Rithielly abre o maior sorriso para descrever o que é passar quase metade da vida ali, correndo pelo Educandário Getúlio Vargas. A menininha que chegou com 8 anos encarou tudo como novidade e até hoje enxerga assim a oportunidade que lhe foi dada. “Você chega aqui e não imagina que vai fazer tanta coisa assim sem pagar nada. Isso me preocupava, porque minha família não ia poder pagar, e aqui eu faço muita coisa diferente num só lugar”, conta.

Vestida com o quimono do karatê, ela havia acabado de sair de uma das aulas que participa na instituição. De cabeça, ela tenta enumerar tudo o que já aprendeu e fez ali: “Manicure, depilação, coral, informática, violão, teclado, violino, culinária e dança”.

Além de muitos amigos, Luiza sabe o que vai carregar dali. Depois de ter o primeiro contato com a dança, quer fazer disso uma profissão. “Eu ainda tenho muito a crescer, quero fazer faculdade de Educação Física e me especializar em dança”, projeta.

Luiza é uma das 280 – entre crianças e adolescentes – assistidos pelo Educandário atualmente e tem acesso à educação, cultura e alimentação. Em outubro, a instituição completará 76 anos de trabalho, história e dedicação que só são possíveis graças ao apoio de empresas privadas que têm os olhos voltados para a realização de sonhos.

Uma das iniciativas que apoiam o Educandário há anos é a construtora Engepar. “Participamos de vários projetos: Educandário; Empresa Amiga da AACC; Conselho da Comunidade; e Pestalozzi. A gente ajuda de maneira a auxiliar os trabalhos que entendemos ser sérios e merecedores de reconhecimento”, afirma o sócio-proprietário da Engepar, Carlos Clementino.

A Engepar trabalha há mais de vinte anos com serviços de engenharia e incorporação de obras de rodovias, linhas de transmissão de energia, indústrias e todo tipo de infraestrutura. A empresa, entre tantas, é a responsável por duas das
mais emblemáticas obras em Campo Grande nos últimos tempos: a revitalização da Rua 14 de Julho e o recapeamento da Avenida Bandeirantes.

História

Fundado em 1943, juntamente de outras 22 unidades por todo o País, o Educandário Getúlio Vargas é o abrigo de crianças e adolescentes de 1 ano e 4 meses até os 16 anos. São eles que dão vida às salas e aos corredores com conversas, risos e brincadeiras.

O objetivo inicial do centro era o de acolher e abrigar filhos de pais diagnosticados com hanseníase que moravam dentro ou fora do Hospital São Julião. Dos anos 1940 até a mudança de legislação, na década de 1980, o Educandário funcionou como orfanato e, atualmente, oferece Educação Infantil e atividades educativas e culturais para os demais alunos no contraturno da escola.

Em uma das salas da secretaria, quem nos recebe com muita gentileza, entre enfeites e preparativos para a festa junina do Educandário, é a senhora Nelly Maksoud Rahe, que ocupa a presidência desde 1973.

“Esta é a nossa festa junina, que vai ser dia 15 de junho. É uma das nossas promoções. Temos também a festa das mesas, em que fazemos pizza”, enumera dona Nelly. Estas são as atividades que, somadas aos convênios com a prefeitura e o auxílio do governo do Estado, sustentam o Educandário junto das iniciativas privadas. E ainda o Educandário conta com o apoio de empresas como a Cantina Romana – uma das mais importantes e tradicionais casas de Campo Grande, com décadas de serviços de excelência, que contribui com alimentos, como massas e pizzas.

Dona Nelly tem muitas histórias para contar de crianças que cuidou quando a instituição ainda funcionava como abrigo e, hoje, adultos, fazem parte do quadro de funcionários, contribuindo para a educação de tantos meninos e meninas. “Este
sempre foi o foco: promover as crianças e protegê-las enquanto os pais trabalham”, enfatiza.

Todo o trabalho está voltado a oferecer ensino com professoras próprias dentro do Educandário, durante toda a Educação Infantil, e também a parte cultural para os alunos que já frequentam o Ensino Fundamental e Médio, mas também recebem atenção, carinho e aulas durante quatro horas diárias. “Temos informática, psicóloga, fonoaudióloga, cursos semiprofissionalizantes para os mais velhos e todos aqueles que ficam em período integral, tomam café da manhã, almoçam e comem o lanche aqui”, relata Nelly sobre a rotina.

A área do Educandário abriga uma marcenaria voltada para o próprio instituto e uma padaria de onde saem pães quentinhos e biscoitos todo fim de tarde, além de sala de bordado, sala e música com aulas de violão, violino e violoncelo, uma biblioteca e sala de karatê.

Para entrarem no Educandário, as crianças e as famílias passam por uma triagem. Alguns dos critérios são: a mãe estar trabalhando com holerite e a família apresentar baixa renda. Para ajudar crianças e adolescentes a terem contato com música, esporte e cursos, conheça o Educandário, que fica na Avenida Coronel Antonino, 1.200, no Bairro Coronel Antonino. O telefone para contato é: (67) 3351-1053.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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