Por meio de nota oficial divulgada nesta quarta-feira (17), o Colégio Adventista de Campo Grande informou que as aulas não serão interrompidas com o incidente onde um menino de 9 anos disparou por acidente dentro de uma sala do quarto ano e acabou se atingindo de raspão no calcanhar esquerdo, nesta tarde. No texto a direção diz que prestará "atendimento psicológico" a todos que sentirem necessidade.
"A segurança e bem-estar emocional dos alunos é preocupação primordial neste momento", garante o texto.
"O Colégio Adventista Jardim dos Estados informa que na tarde desta quarta-feira, 17, um aluno do ensino fundamental, sem consentimento e conhecimento dos pais e da própria escola, entrou com uma arma, dentro da sua lancheira. Esta, ainda ali, disparou", acrescenta o texto.
"A escola lamenta o ocorrido e está prestando a assistência necessária à criança, à família e à polícia na investigação", aponta o texto.
O colégio ainda se coloca, através da nota, à disposição dos pais para prestar qualquer tipo de esclarecimento.
O CASO
A assessoria de imprensa do pronto-socorro particular da Santa Casa informou que o menino de 9 anos foi atingido de raspão no calcanhar esquerdo pelo disparo acidental da pistola calibre ponto 6,35 que carregava na mochila na tarde desta quarta-feira (17), em uma sala do quarto ano do Colégio Adventista, no Jardim dos Estados, região central de Campo Grande.
De acordo com o hospital, em um primeiro momento o ferimento é considerado leve, não haverá necessidade de cirurgia e a tendência é que o garoto receba alta médica até o fim desta noite.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública confirmou que os pais do menino são peritos da Polícia Civil. Os dois acompanham o garoto no hospital e todos devem prestar depoimento aos responsáveis pela investigação.
Segundo informações apuradas pelo Correio do Estado junto à PM, o menino levou a arma na mochila, chegou a exibir para alguns amigos no intervalo das aulas.
Testemunha ouvida prelimirnamente pela PM contou que o menino teria disparado por acidente ao pegar algo na mochila durante a aula. Ou seja, não estava manuseando a arma durante a aula.
Foi a professora de uma sala vizinha quem fez os primeiros-socorros. O professor de geografia, assustado com o disparo, correu para pedir ajuda após se certificar que as demais crianças se deitaram no chão. Ele que encontrou a arma, dentro da bolsa escolar, quente pelo disparo.
O caso ocorreu por volta das 16h30. Era a penúltima aula do dia no local.
Os primeiros pais não demoraram mais que 15 minutos para chegarem no local após o ocorrido, avisados pelos próprios filhos. Informações desencontradas, normais em uma situação como essa. Uma das ligações à Central da PM chegou a dizer que "mais de um atirador matava crianças na escola."
Segundo a corporação, foi uma decisão da própria diretoria segurar os alunos por mais de 30 minutos após o disparo na área interna da escola. O objetvo era tranquilizar a situação, mostrar que tudo não passou de um acidente e mostrar o amigo socorrido para evidenciar que a tragédia não foi maior.
Mas o estresse de uma situação como essa foi grande. Muitas das crianças choravam copiosamente até por volta de uma hora depois do ocorrido.
O trecho da Rua Rio Grande do Sul onde fica o colégio ficou interditado para trânsito no momento do resgate do menino por uma ambulância. Ele foi socorrido consciente até um pronto-socorro particular da região central.
Segundo informações, a arma levada à escola era de seu pai, perito da Polícia Civil.
Ainda não está definido em qual delegacia o caso será registrado.