A chuva quase diária dos últimos dias em Campo Grande tem atrapalhado a execução das obras de troca dos decks do Parque das Nações Indígenas. Segundo o arquiteto responsável pela empresa vencedora da licitação, Allan Mendes Duarte, o segundo deck localizado no lago maior ainda não foi mexido porque a sua fundação está dentro da água.
“Como choveu muito nos últimos dias o nível da água subiu e atingiu esse segundo deck. Precisamos de, pelo menos, dois dias sem chuvas para que essa fundação fique aparente e seja retirada para colocarmos a nova”, afirmou Duarte, que trabalha na Engearq, empresa que venceu a licitação. A obra está orçada em R$ 109.368,00, será custeada com recursos do Imasul e deve ficar pronta em 40 dias.
Ainda conforme o arquiteto, para a troca da passarela que dá acesso ao monumento do Cavaleiro Guaicuru, porém, a empresa precisará que o lago maior seja esgotado novamente. No local, o acesso a este deck já está impedido para a população.
Além dessas obras, o governo do Estado ainda licitará a troca do gabião que margeia o lago e da barragem do lago. Até que seja feito o reparo na estrutura de contenção das margens, o lago continuará com nível de águas abaixo do normal.
O processo de desassoreamento dos lagos do Parque das Nações começaram com a retirada de sentimentos do lago. Esta parte foi feita pela Prefeitura de Campo Grande. No total foram retirados 135 mil metros de areia, numa operação que exigiu 12.500 viagens de caminhão até o local de descarte, nos fundos do Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante e População de Rua (Cetremi), no Parque dos Poderes.
Do lago principal, que se espalha por 5 hectares, foram retirados aproximadamente 115 mil metros de cúbicos de areia, o que exigiu 11 mil viagens de caminhão. O trabalho no lago menor durou 15 dias, onde foram retirados 15.474 metros cúbicos de areia, exigindo 1.500 viagens de caminhão.
A recuperação dos lagos do Parque das Nações Indígenas exige investimento de R$ 8 milhões, recurso da prefeitura (R$ 5 milhões) e do Governo do Estado (R$ 3 milhões). O projeto inclui a construção de um piscinão no Córrego Réveillon, na esquina das avenidas Mato Grosso com Hiroshima; obras de controle de erosão e recomposição vegetal das margens do Córrego Joaquim Português; e implantação de uma comporta de regulação do nível do lago.
No caso do Joaquim Português, a licitação chegou a ser lançada pelo governo do Estado, mas foi retirada porque, segundo o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, havia alguns erros que seriam corrigidos. Entretanto, o edital ainda não foi ao ar novamente.