Há dez anos, catequistas da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, distribuem ovos de Páscoa para crianças e pessoas carentes, em Campo Grande e região. A solidariedade alegra quem não tem condições de comprar chocolate, no domingo (21), que marca a ressurreição de Jesus Cristo.
O grupo de solidários começa a se planejar meses antes para poder arrecadar e confeccionar os chocolates de 150 gramas, destinados aos hospitais da Capital, para centros espíritas e lar de idosos. Quando sobram ovos, a distribuição é realizada em bairros carentes.
A solidariedade começa logo na arrecadação. A Paróquia faz campanha para doação de chocolates. Segundo o catequista e um dos organizadores, Carlos Okida, nunca teve uma doação muito expressiva. “Temos parceria com uma loja de doces e a pessoa compra uma barra de chocolate e deixa na loja mesmo, que a gente depois recolhe. As vezes é uma ou duas barras, mas que ajuda demais”.
Okida explica que depois da arrecadação, começa a confecção e também são várias mãos ajudando. “São pessoas da igreja que ajudam a fazer os ovos, eles trazem as crianças que também ajudam e começam a ser conscientizadas de que é preciso fazer os ovos para entregar para outras crianças que não têm condições de ganhar dos pais”.
Este ano, 5.360 foram confeccionados pela igreja, de mais de 500 quilos de barras de chocolate arrecadados. No ano passado, a paróquia conseguiu fazer 4.796 ovos de chocolate. “Isso mostra que as pessoas estão se solidarizando. Nós entregamos 200 ovos para os pescadores em Miranda, fomos em Corguinho durante a semana distribuir na comunidade quilombola”.
A distribuição começou no início da semana e é feita pelos catequistas jovens. Okida se emociona quando lembra de uma criança que recebeu o ovo de chocolate. “Eu disse que ela podia comer, mas ela me falou que guardaria, pois tinha mais cinco irmãos em casa que não teriam o chocolate. A gente sai da nossa zona de conforto e vê o quanto um gesto pequeno para gente, é grande para outros”.
A estudante de psicologia, Bárbara Ferreira, de 28 anos, participa da distribuição pela primeira vez. “Fui em três unidades educacionais distribuir. Uma criança abraçou minha perna e me agradeceu pelo chocolate. Eu ganho muito mais do que eles”.
Hoje, o grupo foi até a Santa Casa e no Hospital Regional levar os chocolates.