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Acerto de contas

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Casos de ameaça e brigas em boate podem estar ligados à morte de Playboy

Polícia acredita que executor do crime não agiu sozinho

RENAN NUCCI

19/10/2018 - 09h08
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A Polícia Civil investiga se boletins de ocorrência por ameaças e brigas em boate (vias de fato e lesão corporal) registrados contra o empresário Marcel Costa Hernandes Colombo, de 31 anos, conhecido como o Playboy da Mansão, teriam motivado o assassinato dele, ocorrido durante a madrugada desta quinta-feira, na Cachaçaria Brasil, localizada na Avenida Fernando Corrêa da Costa, na Vila Rosa Pires, em Campo Grande.  O suspeito chegou de capacete e atingiu a vítima pelas costas com cinco tiros de calibre 9 milímetros. Ao que tudo indica, o executor não agiu sozinho.

Segundo a delegada Daniella Kades, responsável pelo inquérito junto à 1ª Delegacia de Polícia da Capital, até mesmo um áudio em que Marcel ameaçava uma pessoa que lhe devia R$ 1.300, divulgado ontem em vários grupos de WhatsApp, não é descartado. “Procuramos quem compartilhou este áudio para tentarmos descobrir a data e as circunstâncias das ameaças e ver se pode contribuir com as investigações”, disse a delegada.

Polêmico e metido a brigão, Marcel foi denunciado por ameaça e também por agressões dentro de casas noturnas. “São vários boletins de ocorrência registrados contra ele. Tudo foi documentado e anexado ao inquérito. Vamos averiguar”, afirmou Daniella, explicando que tais denúncias podem estar relacionadas, mesmo que de forma indireta, com o acerto de contas na cachaçaria. “Com base nestes boletins, é possível que alguém tivesse motivo”, completou.

Conforme já noticiado, Marcel e mais dois amigos estavam sentados à mesa no estabelecimento, quando por volta da 0h18, o suspeito chegou ao local de moto, estacionou atrás do carro da vítima e, ainda usando capacete, se aproximou pelas costas e atirou. Além de Marcel, Tiago do Nascimento Bento, de 18 anos, foi atingido no joelho. 

A polícia analisou imagens de câmeras de segurança nas proximidades e foi levantada possibilidade de que o autor tenha recebido ajuda. “Investigamos se outra pessoa vista em um carro deu algum tipo de apoio”, pontuou. Além disso, está descartada conexão com inquérito pelo qual o empresário respondeu na Polícia Federal. “Ao que tudo indica, não há ligação com esta operação”, finalizou.

Marcel sempre foi conhecido pelo estilo ostentação. Na Justiça, tem pelo menos dois processos, um de execução de dívida e outro por quebra de contrato. O empresário também coleciona várias passagens pela polícia, a maioria por ameaça e violência. Além disso, em 2016, protagonizou um caso de desacato policial e ficou famoso depois de ter vídeo íntimo vazado na internet. No site do Tribunal de Justiça do Estado consta que, em 2014, Marcel foi processado por quebra de contrato firmado em 2012.

OPERAÇÃO HARPÓRATES

Foi justamente a ostentação que denunciou as atividades ilícitas dele à Polícia Federal em dezembro de 2017. Na casa de Marcel foi apreendida uma pistola calibre 6.35 mm sem registro, diversos frascos de perfume de origem estrangeira, roupas de países da América Latina, como o Peru, soco inglês, remédios anabolizantes sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e R$ 2,2 mil em notas falsas. Os produtos apreendidos embasaram a prisão em flagrante do suspeito.

De acordo com a Receita Federal, a operação foi desdobramento de duas investigações que desvendaram esquemas de prática do crime de descaminho e possível lavagem de dinheiro. A primeira envolve a comercialização de uma grande quantidade de produtos eletrônicos em uma loja sediada num hotel desta capital, expondo à venda mercadorias de alto valor agregado, como smartphone, notebooks, equipamentos de informática e de som, dentre outros. A segunda investigação constatou que roupas de grife, de origem estrangeira, foram introduzidas no mercado nacional sem a sua regular importação e, posteriormente, eram vendidas em lojas dos investigados.
 

Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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