Campo Grande adiantou em um mês a segunda dose da vacina da Oxford/AstraZeneca, e já começou a conclusão da imunização daqueles que tomaram a primeira dose no dia 10 de março.
Diferente da CoronaVac, imunizante também utilizado em Mato Grosso do Sul, a vacina da Oxford permite um distanciamento maior que 28 dias entre a primeira e a segunda dose.
Isso permite o avanço da imunização, já que a primeira dose proporciona uma eficácia de 72%.
De acordo com a infectologista Mariana Croda, o intervalo para a segunda dose da AstraZeneca pode ser entre o 22º e 90º dia depois da primeira, e que com isso, o ideal é que os municípios iniciem a imunização o quanto antes, no máximo de pessoas possível.
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“Acelerando a primeira dose é possível garantir a imunidade, que é superior a 50% - que é a orientação da OMS, diminuindo a circulação do vírus. Quanto mais pessoas vacinadas melhor”, explica a infectologista.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), seria possível sim avançar com a imunização, mas a Capital está seguindo a orientação, usando as doses disponíveis para concluir a imunização.
“As doses da AstraZeneca vieram para reforço, então estamos antecipando [a aplicação da segunda dose] de maneira estratégica”, informou a assessoria da Sesau.
“A segunda dose não oferece uma proteção tão grande quanto a primeira, por isso o ideal é avançar no número de pessoas com a primeira dose. O intervalo é grande, mas sem ser rigoroso. A ideia de avançar é pensando na situação do país, vacinação o máximo de pessoas possível”, esclarece Mariana Croda.
Ela acrescenta ainda que é justamente pelo grande número de infecções e óbitos registrados que foi preciso pensar nessa política de avançar com as primeiras doses.
“Se houver a dose suplementar, vai ser aplicada, mas a ideia é diminuir essa transmissão muito alta, por isso repito que o ideal é avançar para atingir a imunidade maior”, reitera a infectologista.
CUIDADOS
Os especialistas afirmam que mesmo com a proteção oferecida pela primeira dose da vacina, é necessário continuar com as medidas de biossegurança.
A pessoa imunizada deve continuar usando máscara, evitar aglomeração e mantes as mães higienizadas.