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CAMPO GRANDE

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Vacinação aberta para toda a população provoca filas em unidades de saúde

No início desta tarde, tempo médio de espera chega a uma hora

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A vacinação contra gripe estendida para toda a população a partir de hoje, provocou longas filas de espera nas unidades onde as doses podem ser aplicadas. No Centro Regional de Saúde (CRS) do Bairro Tiradentes, logo no início da tarde, o tempo médio de espera chega a 1 hora. 

A desempregada Soraia Ortiz, 28 anos, chegou ao local por volta das 13h30, disposta a enfrentar a fila. Quando a reportagem a abordou ela era das últimas e acreditava que aguardaria pelo menos duas horas.

“Eu sei que é importante, por isso vim assim que soube que tinham liberado para todos. Eu não vou embora sem vacinar, vou esperar o que for necessário”, disse ao lado do filho Carlos Eduardo, 7 anos, que também seria imunizado.

Mãe de uma criança de 4 anos que já foi vacinada, Marta Gomes, 29 anos, também estava esta tarde na unidade. “Eu soube que a vacina ia ser liberada para todo mundo e vim correndo. No ano passado eu trabalhava em Ceinf (Centro de Educação Infantil), vim três vezes no posto e em nenhuma vez tinha vacina. Hoje, ainda bem, consegui”, afirmou Marta, que está desempregada. 

A partir desta segunda-feira (05) a vacina contra a gripe está liberada para toda a população, conforme determinação do Ministério da Saúde. Em Campo Grande, a vacinação continua sendo feita nas 65 unidades básicas de saúde (UBSs) e unidades básicas de saúde da família (UBSF) de 7h às 11h e de 13h às 17h. Oficialmente, a campanha nacional contra a gripe termina na sexta-feira (9).

Os estados e municípios que não atingiram a meta de imunização, ou seja 90% de cobertura do público-alvo, deve liberar a vacina mediante a disponibilidade no estoque, conforme determinação do Ministério da Saúde. Até o momento, não houve nenhuma sinalização de que mais doses de vacina serão enviadas para os estados nem para os municípios para atender o público excedente.

“É preciso que isso fique claro para a população. Nós temos uma quantia limitada de vacinas em estoque e não vamos poder atender todo mundo”, reforça a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Mariah Barros.

Informações do último Boletim de Imunização, divulgado na sexta-feira (02), informou que até o dia 31 de maio, aproximadamente 137 mil pessoas haviam sido vacinadas, o que representa cerca de 70% de cobertura do público-alvo que é 197 mil pessoas. “Ou seja, nós temos menos de 60 mil doses para atender o restante do público-alvo e também o resto da população”, diz Mariah.

Por enquanto, a vacinação continuará sendo feita somente nas unidades de saúde e haverá controle através de senhas para evitar tumultuo e superlotação. “Cada unidade vai definir quantas senhas vai distribuir por período para poder fazer o controle das doses. Caso a pessoa não consiga pegar a senha para ser atendida de manhã, por exemplo, ela deverá voltar a tarde ou procurar uma outra unidade”.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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