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Usuários da Euler de Azevedo alertam
sobre insegurança na avenida

Motociclista de 46 anos morreu na via neste domingo, ao colidir com carro

RODOLFO CÉSAR

06/05/2018 - 18h18
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A Avenida Euler de Azevedo, que passou por obras de drenagem e duplicação ao longo de 4,5 quilômetros e que custaram R$ 16,4 milhões, tem recebido críticas de usuários, que alegam deficiência na segurança da via. A avenida fica na região sul de Campo Grande e além de ser uma continuação da Tamandaré, também é acesso para o campus da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.

Aliada a imprudência de motoristas, alguns trechos da via têm sido locais de acidentes de trânsito. Na tarde deste domingo (6), o motociclista Nilton Lima dos Santos, de 46 anos, foi uma das vítimas nessa avenida. Ele estava em uma moto Yamaha amarela, que colidiu em um C3. O local da batida foi perto do Tênis Clube. O candidato a vereador em 2016 pelo PP morreu a caminho da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Vila Almeida.

"Morreu minha colega de trabalho nesse mesmo lugar e agora um amigo. Será que não vão fazer nada? Vão esperar acontecer mais mortes?", reclamou Valéria Prado, leitora do Portal Correio do Estado, que enviou sua opinião pela página do Facebook.

"Estamos correndo risco todos os dias ao transitar na avenida (Euler de Azevedo). Cadê (...) o Ministério Público que não toma providências", criticou Marcos Paulo Hervás Taguti, também via página do Facebook do Portal Correio do Estado.

Thais Mara Gonçalvez apontou, na opinião dela, alguns dos problemas de infraestrutura da avenida. "Muito mal feita a mureta que divide essa avenida. Atrapalha a visão dos motoristas e causa acidentes fatais." Evelyne Sobreira compartilha da mesma ideia. "Já era perigosa, depois da 'muralha da China' ficou pior, sem visibilidade, pista de corrida.Vamos ver quantos vão precisar morrer para providências serem tomadas."

Sérgio Vieira Castro comentou que é preciso intervenção urgente na avenida. "Cadê os semáforos, redutores de velocidade, lombadas?"

Gracielle Feitosa lamentou a morte de Nilton Lima e comentou que é preciso instalar semáforos em pontos críticos. "Nossa meu Deus, quantas vidas vão ter que ser interrompidas nessa Avenida Euler de Azevedo? (É preciso ter) Atitude de colocar semáforos. Só nós, moradores que convivemos com essa bomba, sabemos o quanto está perigoso. Socorrooo!".

"Essa avenida está matando muita gente. Até quando será que ninguém vai tomar providências?", questionou Valdecir Gomes do Prado.

OUTRAS OCORRÊNCIAS

Na madrugada de 21 de abril, um Corsa Sedan foi atingido por outros dois veículos, um Corolla e um C4, em um possível racha que acontecia na Euler de Azevedo. Marido e esposa ficaram feridos e os motoristas dos outros veículos fugiram sem prestar socorro.

Um dia antes, garis encontraram na via dois caixões, um de criança e outro de adulto, e a polícia foi acionada para investigar o caso.

INTERVENÇÕES

A instalação da iluminação pública na Avenida Euler de Azevedo está em trâmite e a Prefeitura de Campo Grande contratou a Centrosul Construções Elétricas Ltda – EPP para a obra. O valor do contrato será de pouco mais de R$ 600 mil e o novo sistema deve funcionar em até 150 dias.

Sobre outras modificações, como semáforos e redutores, a reportagem não conseguiu contato com o governo do Estado, que fez a duplicação, nem com a prefeitura por conta do final de semana.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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