Projeto que suspende a taxa de iluminação em Campo Grande foi aprovado por maioria dos vereadores no começo da tarde de hoje (31). A proposta pretende interromper por 180 dias essa cobrança, mas para ser efetivada depende de sanção do prefeito Alcides Bernal (PP).
Até mesmo parte da base do Executivo foi favorável ao encaminhamento da proposta, que tramitou na sessão de hoje em regime de urgência. Para isso ir adiante, é preciso que 20 vereadores assinem a proposta. Dentre os signatários estavam Derly dos Reis de Oliveira (Cazuza - PP). Ele só não participou da votação, ausentando-se do plenário.
O tema passou por 17 a 1, com voto contrário apenas de Luiza Ribeiro (PPS), líder de Alcides Bernal na Câmara Municipal.
A Prefeitura de Campo Grande tem em caixa R$ 53 milhões para serem usados na iluminação pública. Ao mesmo tempo, dezenas de ruas e avenidas apresentam problemas por falta de projetos.
Edil Albuquerque (PTB), autor da proposta, justificou que o governo municipal tem feito pouco ao usar o recurso oriundo da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip). Por isso, poderia ser suspensa a cobrança, que consta na conta de energia elétrica de propriedades comerciais e residenciais, por determinado período sem prejudicar a arrecadação.
Mensalmente são pagos R$ 7 milhões por meio da Cosip. Desse valor, R$ 3 milhões deveriam ser empenhados na manutenção, enquanto R$ 1,5 milhão seria usado para investimento em modernidade.
"O município não vai sofrer descontinuidade. Acredito que se o prefeito tiver bom senso, vai sancionar e em 15 dias (a suspensão) estará valendo", defendeu Edil Albuquerque.
A Prefeitura de Campo Grande alega que desenvolve projetos que devem contemplar principalmente as avenidas da cidade, entre elas a Afonso Pena e a Mato Grosso. Contudo, dezenas de ruas na periferia apresentam problemas e estão às escuras.
"Passamos por um momento de modernização, não nas ruas, mas em projetos", reconheceu Luiza Ribeiro sobre a ineficiência do poder público municipal em efetivar medidas.