Investigações foram abertas pelo Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público Federal (MPF) para apurar o funcionamento do Hospital do Trauma da Santa Casa, administrado pela Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG). A unidade começou a funcionar há quatro meses, com repasse de R$ 2 milhões do governo do Estado, no entanto o valor necessário para funcionamento pleno é de pelo menos R$ 6 milhões mensais.
No início de dezembro do ano passado, a promotora Filomena Aparecida Depólito, da 32ª Promotoria de Justiça de Saúde Pública, abriu inquérito para apurar a integral implenentação/funcionamento do setor. O MPF também instaurou procedimento para apurar as dificuldades para o início do funcionamento da Unidade do Trauma.
A previsão era de que em dezembro deste ano o local estivesse funcionando plenamente, incluindo as cinco salas de cirurgias e os dez leitos de UTI. Porém, não é o que se verifica. O local ainda tem 75 leitos inativos. A quantidade representa 68% das 126 vagas do local, que deveriam estar disponíveis para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
O principal motivo para estruturar unidade são os baixos de recursos. Além dos R$ 2 milhões repassados inicialmente, o local recebeu R$ 6 milhões do Ministério da Saúde de forma parcelada para manutenção até janeiro deste ano.
O prédio do hospital foi inaugurado no dia 25 de março do ano passado, depois de mais de 27 anos de retomadas e paralizações da obra, inicialmente planejada para ser uma maternidade.
Com mais de 6.600 metros quadrados de área construída, o local tem 100 leitos de internação, 10 leitos de UTI, 5 salas cirúrgicas, 2 salas para cirurgia de pequeno porte, 1 sala de fisioterapia, 1 sala de reabilitação, 3 salas de observação com 15 leitos, 2 salas de raio X, 1 sala de tomografia, 2 salas de odontologia, 3 consultórios e 1 sala de emergência.