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Socorristas com "motolâncias" já atenderam 18 ocorrências na Capital

Socorro ocorre desde semana passada mas entrega oficial das motocicletas foi hoje

Izabela Jornada

11/12/2017 - 16h05
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Com objetivo de diminuir o tempo de assistência pela metade, as chamadas “motolâncias” já fazem parte do Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e socorristas já atenderam 18 ocorrências, em Campo Grande. Apesar da entrega oficial acontecer na manhã desta segunda-feira (11), desde a semana passada as motocicletas ajudam no reforço dos atendimentos de urgência do SAMU.  

São duas motocicletas equipadas com kit de atendimento médico básico e que já estão disponíveis, podendo chegar mais depressa e fazer atendimento mais eficaz. A ideia é garantir melhor tempo-resposta às ocorrências de urgência e otimizar o atendimento pré-hospitalar.

Durante a solenidad de entrega oficial das motocicletas que aconteceu na sede do SAMU, o secretário municipal de Saúde, Marcelo Luiz Brandão Vilela, lembrou que os veículos doados pelo Ministério da Saúde estavam parados há mais de quatro anos por entraves burocráticos e que o processo de habilitação do serviço foi retomado este ano, garantindo que os veículos pudessem ser utilizados e evitando a devolução dos mesmos.

Conforme  o secretário, por meio desta ferramenta, será possível diminuir o tempo resposta do atendimento, visando estabilizar clinicamente o paciente, além de isolar o local da ocorrência.

“Desta forma você garante a segurança do paciente e da equipe, até a chegada de uma Unidade de Suporte Básico ou Unidade de Suporte Avançado para transportá-lo para a unidade de destino”, alegou Vilela.

As motolâncias são equipadas com desfibrilador externo automático para vítimas de parada cardiorrespiratória, material de oxigênoterapia, colar cervical e imobilização, entre outros materiais de primeiros socorros, as duas motolâncias reduzem o tempo de atendimento pela metade, passando de seis para até três minutos, dependendo do local da ocorrência.

Quando acionados, os motossocorristas sempre saem em dupla, em motolâncias distintas. Cada profissional carrega dentro do baú um tipo de material específico para as ocorrências de casos clínicos ou com traumas.

Para fazer os atendimentos, os socorristas utilizam todos os equipamentos de proteção individual necessários, como capacete, luva, colete especial com sistema de airbags, joelheiras e protetor de tórax.

Até o fim do mês, o serviço irá funcionar de segunda a sexta-feira, do meio-dia às 18h. Por motivos de segurança, os profissionais não realizam atendimentos no período noturno ou em dias chuvosos.

A expectativa é de que a partir de 2018, o horário de atendimento das motolâncias sejam ampliado com a habilitação de cinco novos condutores ao serviço.

Reestruturação
A supervisora médica do SAMU, Maithê Vendas Galhardo, ressalta que, no último ano, o serviço passou por reestruturações importantes: A Central de Regulação Médica de Urgência ganhou nova estrutura física e foi contemplada com equipamentos de informática, de telefonia e gravação de voz das chamadas, mantendo o controle e avaliação da qualidade do atendimento prestado.

Segundo a supervisora, além de prédio e equipamentos novos, a Coordenação Geral e sua Equipe de Supervisores criaram protocolos de serviços para todas as áreas de atendimento.

SAMU Campo Grande

O SAMU atende durante as 24 horas do dia pelo telefone 192. A chamada é atendida por técnicos, na Central de Regulação, que identificam a emergência e transferem para o médico que classifica a urgência e encaminha o melhor recurso para o atendimento (podendo ser uma ambulância básica ou avançada, motolância ou uma orientação médica).

O SAMU de Campo Grande conta com um efetivo de 14 viaturas (veículos), sendo 3 de suporte avançado e 10 de suporte básico e 1 veículo de intervenção rápida (VIR), além das duas motolâncias e recebe uma média de 36 mil chamadas por mês.

Cidades

Barroso diz que legalização de drogas leves é tendência mundial

Em palestra, ministro também falou de aborto e união homoafetiva

22/04/2024 21h00

Reprodução: Rovena Rosa/Agência Brasil

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (22) em palestra na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que no mundo democrático existem duas posturas possíveis para a questão das drogas ilícitas: uma, a da repressão, e outra, que vem ganhando corpo em todo o mundo, que é a da legalização das drogas mais leves. Segundo ele, a segunda acontece pela constatação de que a guerra contra as drogas fracassou e o modelo repressivo não conseguiu diminuir o poder do tráfico nem o consumo.

“A discussão que está no Supremo é a quantidade. A legislação brasileira não pune com prisão o usuário de drogas, o que faz muito bem, porque punir o usuário é um equívoco completo. Se ele estiver fora de controle, você vai tratar como dependente químico. Colocá-lo na cadeia é colocar mais um agente para o crime organizado. Nada, na minha visão, justificaria a prisão pelo porte pessoal para consumo. E o legislador acabou com a prisão do porte pessoal para o consumo, mas manteve a criminalização do tráfico”, disse.

Ele observou que se um jovem for pego com 40 gramas de maconha na zona sul do Rio de Janeiro, por exemplo, é considerado um portador para consumo próprio; porém se o outro jovem, geralmente negro, for pego com a mesma quantidade na periferia do Rio de Janeiro, é preso como traficante.

“Portanto, a mesma quantidade é tratada com pesos diferentes pela polícia, e o que o Supremo está discutindo não é descriminalização, não é a não prisão, porque isso já foi decidido. O que o Supremo está decidindo é qual a quantidade que vai distinguir traficante de usuário para que essa escolha não seja feita pela polícia por critérios discriminatórios”, explicou.

Outra questão abordada na palestra é a das uniões homossexuais. Para Barroso, a homossexualidade é um fato da vida que gera consequências jurídicas. “A ordem jurídica não dispunha sobre as relações entre pessoas homossexuais, que eu prefiro chamar de relações homoafetivas, porque uma relação de projeto de vida não é puramente sexual e no projeto afetivo existem as reuniões homoafetivas”, disse.

Nesse caso, segundo Barroso, era necessário definir quem tem o direito de herdar o que é construído ao longo de uma relação, se é a família de sangue ou é o companheiro ou companheira com quem a pessoa viveu por anos. “Alguém tinha que decidir isso, e o Supremo decidiu, na minha opinião, com acerto, que deve tratar como você trata as uniões estáveis convencionais. São os mesmos direitos sucessórios, previdenciários. Eu tenho o maior respeito pelo sentimento religioso das pessoas e a Bíblia expressa condenação ao homossexualismo, porém no mundo laico eu preciso ter uma solução jurídica para isso”.

De acordo com Barroso, caso contrário essas pessoas ficariam em um limbo jurídico, sem saber exatamente o que fazer. “E aí vem o casamento. Nós não achamos que o casamento é uma coisa boa, que diminui a promiscuidade, estreita as relações afetivas? Por que nós vamos excluir essas pessoas da prosperidade de terem um casamento? Essa é a minha posição, mas eu tenho o maior respeito pelas posições contra apostas”, ressaltou.

Com relação ao aborto,o ministro classificou a questão como a mais difícil do mundo, e uma coisa ruim, lembrando que o papel do Estado é evitar que aconteça, proporcionando educação sexual, distribuindo contraceptivos e amparando a mulher que queira ter o filho e esteja em condições adversas. “É perfeitamente legítimo a alguém ser contra, pregar contra e não fazer. Porém, tudo isso é diferente de achar que a mulher que viva o infortúnio de ter que fazer vá para a prisão. Nenhum país democrático e desenvolvido do mundo criminaliza, nem os mais católicos".

O ministro Barroso reforçou que prender a mulher que resolve interromper a gravidez não é uma boa política pública, e que a criminalização impede que as mulheres pobres tenham acesso aos serviços públicos de saúde que podem ser prestados. Ele reconheceu ser difícil para a sociedade chegar a um consenso sobre o tema, que é eticamente divisível, já que o momento do nascimento, do surgimento da vida, é uma questão de fé e de convicção.

“Tem gente que acha que desde o momento inicial da concepção com duas células já há vida. Tem gente que acha que é quando se forma o sistema nervoso, tem gente que acha que quando começa a formação da consciência. Existem muitas visões de mundo quando você trata de matéria em desacordo moral. É razoável que pessoas esclarecidas e bem intencionadas pensem de maneira diferente. O papel do Estado não é escolher um lado, e sim permitir que cada um viva a sua crença, a sua convicção", ponderou.

Questionado sobre os rumos que a inteligência artificial está tomando, Barroso respondeu que está preocupado e ao mesmo tempo animado, já que ela tem imensas potencialidades para fazer o mundo melhor e de tomar decisões melhor do que os seres humanos em alguns casos.

"A inteligência artificial é a transferência de capacidades humanas para computadores, feitas por softwares. Essas capacidades envolvem tarefas cognitivas e tomada de decisões. Como a inteligência artificial é capaz de armazenar uma quantidade de informações muito maior do que o cérebro humano e processadas em muito maior velocidade e muitas áreas, ela vai ser mais eficiente do que a capacidade humana", avaliou.

Ele citou como exemplo a medicina, campo no qual a IA já vem sendo usada em cirurgias e diagnósticos, e com melhor qualidade. Segundo ele, o uso dessa tecnologia automatizará tarefas que levam pessoas a neuroses causadas por tarefas repetitivas. Além disso, poderá evitar a exposição dos humanos a atividades de alto risco, como desarmar uma mina ou passar um cabo no fundo do oceano, por exemplo.

"Eu acho que tem muita coisa boa com a inteligência artificial, mas tem muitos riscos, como a discriminação, a privacidade, e o maior é a singularidade, que a IA adquira consciência. Porque se ela adquirir consciência de si própria e passar a ter vontade própria são as máquinas que vão dominar a condição humana e não vice versa porque elas têm muita muito maior capacidade de processamento de informação com muito mais velocidade", afirmou.

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Pedidos de isenção da taxa do Enem podem ser feitos até sexta-feira

Solicitações devem ser feitas pela Página do Participante

22/04/2024 20h00

Reprodução: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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Termina na próxima sexta-feira (26) o prazo para pedir a isenção de pagamento da taxa de inscrição para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os pedidos devem ser feitos pela Página do Participante, com o login único do Gov.br.

Têm direito a fazer o Enem de graça os alunos matriculados no 3º ano  do ensino médio em 2024, em escola pública, e quem fez todo o ensino médio em escola pública ou como bolsista integral em escola privada. Também podem ser beneficiados participantes do programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação, e alunos de famílias de baixa renda – com registro no Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico).

O estudante que teve isenção no Enem 2023, mas não compareceu aos dois dias do exame, e quer participar da edição de 2024 gratuitamente precisa justificar a ausência. O prazo para a justificativa também encerra em 26 de abril.

O Enem é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa Universidade para Todos (Prouni). Os resultados do Exame são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

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