Cidades

ordem para execuções

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Servidores de presídios federais
ainda estão em alerta para ataques

Não houve confirmação de atentado a agentes da Capital

RODOLFO CÉSAR

21/07/2017 - 16h38
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Os presos que estão no Presídio Federal de Campo Grande e nas demais unidades administradas pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) estão proibidos de receberem visitas que permitam contato pessoal há mais de um mês.

A medida foi tomada para tentar evitar a transmissão de ordens de presos de facções criminosas. A Polícia Federal investiga que o Primeiro Comando da Capital (PCC) definiu que servidores dos presídios federais da Capital, de Catanduvas (PR), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO) fossem mortos.

O Ministério Público Federal (MPF) averiguou, segundo o Uol, que a facção entende que o Redime Disciplinar Diferenciado (RDD), aplicado nessas unidades, é muito "duro".

Em oito meses, três agentes já foram assassinados tanto em Mossoró como no Paraná e como a situação de temor permanece passado mais de um mês, servidores no país fizeram protesto ontem (20) para reforçarem a necessidade de atuação das autoridades.

No Rio Grande do Norte, onde houve um assassinato, está preso Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira Mar. Enquanto em Campo Grande, há integrantes de facção que atua no norte do Brasil. As outras duas mortes aconteceram em Catanduvas (Alex Belarmino Almeida Silva, em 2 de setembro de 2016) e em Cascavel (Melissa de Almeida Araújo, em 25 de maio de 2017), ambas cidades do Paraná.

Em nota de maio, o Sindicato dos Agentes Federais de Execução Penal em Mato Grosso do Sul (Sinafep-MS), informou que o isolamento de líderes de facções criminosas não permanecem tão isolados assim. 

"Antes de criticarmos o sistema em si, é preciso indagar como bilhetes escritos por criminosos encarcerados no SPF chegam ao mundo exterior. A questão passa em se elencar normativos mais rígidos, impedindo que presos recolhidos ao Sistema Penitenciário Federal tenham contato físico com parentes ou qualquer tipo de pessoa que não sejam os agentes da lei.", escreveram.

MOSSORÓ

Por conta do alerta ainda permancer alto entre as autoridades, nesta terça-feira (18) o traficante Mácio Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, que está preso em Mossoró, perdeu o direito de receber visitas íntimas.

O desembargador do Tribunal Regional Federal Região 1 (TRF-1), Cândido Ribeiro, suspendeu a decisão que havia sido dada pelo juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal do Distrito Federal.

A última visita íntima que Marcinho VP recebeu foi da mulher, Márcia Gama dos Santos Nepomuceno. Das três horas que ficaram juntos, em uma não houve fiscalização de agentes.

A União foi quem acionou o TRF-1 para suspender o direito do traficante. "Entendi que a medida por hora mostra necessária e encontra-se fundamentada", escreveu o desembargador.

A Folhapress divulgou que o governo federal argumentou no recurso que o juiz de primeira instância havia ignorado o risco à segurança pública que gerou a suspensão das visitas íntimas.

PRISÃO

Na quarta-feira (19), a Polícia Federal prendeu duas pessoas, uma em Presidente Prudente (SP) e outra em Mossoró, sob suspeita de envolvimento na morte do agente penitenciário Henry Charles, que trabalhava na unidade do Rio Grande do Norte. Ele foi assassinado em 14 de abril.

Não há informações que agentes de Campo Grande sofreram algum atentado até o momento.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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