Secretário Municipal de Saúde de Campo Grande, Ivandro Fonseca, depôs hoje na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Vacinas, e voltou a negar que lotes de vacina contra o vírus da Influenza H1N1 tenham sumido na Capital. Ele culpou a imprensa por espalhar essa informação.
CPI investiga o sumiço de 3.166, do total de 196 mil, doses de vacina contra a gripe enviadas para Campo Grande desde abril deste ano pelo Ministério da Saúde.
O montante seria suficiente para atender grupos de risco, porém, campanha de vacinação terminou sem que todas as pessoas desses grupos fossem imunizadas e população reclamou por não encontrar doses disponíveis nos postos de saúde.
Prefeitura culpou o Instituto Butantan por fornecer frascos com menos líquido que o padrão.
Na oitiva de hoje, secretário afirmou que todo o processo de vacinação foi feito conforme normas do Ministério da Saúde e que a campanha de imunização contra a gripe foi desenvolvida conforme o previsto.
“Nosso parâmetro é a meta. E Campo Grande alcançou essa meta [de imunização] que havia sido programada. Conseguimos obter êxito”, afirmou.
Ivandro disse ainda que nunca afirmou que lotes sumiram e culpou a imprensa por ter espalhado a informação.
“Nunca falei que sumiram vacinas. Alguns veículos de comunicação que propagaram essa informação. Quando fiquei sabendo, mandei apurar. Uma sindicância foi instaurada e, conforme o parecer da comissão, que concluiu a improcedência dos fatos noticiados. Eu declarei que existiam doses insuficientes nos frascos, que depois foi reconhecido como perda técnica. Se outras pessoas falaram que sumiu, não posso me responsabilizar”, justificou.
Questionado pelos vereadores sobre esta perda técnica dos lotes e sobre o mapa de vacinação de Campo Grande, secretário se limitou a dizer que a resposta é responsabilidade dos chefes de departamento da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).