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Maníaco da Cruz

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Maníaco da Cruz pode ser transferido para hospital onde ficou Bandido da Luz Vermelha

Casa de Custódia fica em Taubaté e Agepen já solicitou possibilidade de remoção

RODOLFO CÉSAR

21/09/2015 - 19h00
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Dhyonatan Celestrino, 23, conhecido como "Maníaco da Cruz", pode ser transferido para o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Doutor Arnaldo Amado Ferreira, a Casa de Custódia de Taubaté, no interior de São Paulo. O local já abrigou João Acácio Pereira da Costa, o Bandido da Luz Vermelha; e Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque.

O rapaz está recluso no Instituto Penal de Campo Grande, no bairro Noroeste, e teve um surto no domingo (20). Com um cabo de vassoura quebrado e feito como lança, ele feriu um agente penitenciário de 36 anos, além de cuspir em outros servidores e jogar a marmita que comia no almoço no chão.

Ele passa por acompanhamento psiquiátrico semanalmente e a cada 90 dias é submetido a um laudo, que também é encaminhado à Justiça Estadual. Celestrino, que matou três pessoas quando tinha 16 anos, já cumpriu sua pena. Contudo, ele foi diagnosticado como impossibilitado do convívio social e por isso continua preso. No Instituto Penal, o rapaz vem fazendo faculdade a distância de gestão ambiental, mas depois do surto ele está em ala totalmente isolada.

O diretor-presidente da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Ailton Stropa, confirmou que falou na tarde desta segunda-feira (21) com o secretário de Estado de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, para solicitar vaga para transferência do Maníaco da Cruz.

"Expliquei a situação e vamos ver se conseguimos sensibilizá-lo. O secretário comentou que também precisa lidar com o caso do Chico Picadinho (Francisco da Costa Rocha)", comentou Stropa. Chico Picadinho esquartejou duas mulheres nos anos de 1966 e 1976 e segue preso em Taubaté após ser considerado perigoso para viver em sociedade.

Ao se confirmar a vaga, a Agepen precisará solicitar a transferência à Justiça. "Vamos procurar em outros Estados, se for necessário", comentou o diretor-presidente da Agepen.

CASO PSIQUIÁTRICO

Membro da Associação Sul-matogrossense de Psiquiatria, Juberty Antônio de Souza, afirmou que Celestrino depende de atendimento médico talvez para toda a vida. Segundo ele, no Estado não há estrutura para abrigá-lo. "Não há vagas. A Santa Casa tinha 30 leitos, mas a estrutura está ruim. O Hospital Nosso Lar enfrenta crise e não há interesse político para se criar leitos."

Juberty ressaltou que manter o Maníaco da Cruz em uma unidade que não seja especial coloca em risco a vida de funcionários. "Em São Paulo, há um hospital em Taubaté que seria o mais recomendado", sugeriu.

MANÍACO

Em 2008, Dhyonatan foi apreendido depois de matar três pessoas em Rio Brilhante, a 158 quilômetros de Campo Grande.  As vítimas, o pedreiro Catalino Gardena, a frentista Leticia Neves de Oliveira e a jovem Gleice Kelly da Silva, foram assassinadas depois de responder uma série de perguntas e serem consideradas impuras. Os corpos eram colocados com os braços abertos em cemitérios, o que gerou ao rapaz a alcunha de “maníaco da cruz”.

Na época, com 16 anos, o rapaz foi encaminhado para a Unidade Educacional de Internação (Unei) de Ponta Porã. Ele chegou a fugir por pouco mais de um mês, até ser recapturado pela polícia paraguaia no município de Horqueta. Sua transferência para a Capital ocorreu em seguida, tendo sido isolado em ala psiquiátrica da Santa Casa em maio de 2013.

Com laudos que apontavam sua incapacidade de convívio social, o Ministério Público de Ponta Porã solicitou a internação compulsória de Dhyonatan que, em julho de 2013, foi internado em ala psiquiátrica do Presídio de Segurança Máxima e, posteriormente, no Instituto Penal onde permanece em cela isolada.

Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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