Cidades

ASSASSINATO ADRIANO

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PRF Moon diz à polícia que
ficou abalado no dia do crime

Ele foi na delegacia na terça-feira (14), acompanhado de dois advogados

RODOLFO CÉSAR

15/02/2017 - 15h43
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A Polícia Civil voltou a ouvir o policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon ontem (14), para cumprir determinação da Justiça. Ele defendeu que ficou abalado no dia que matou o empresário Adriano Correia do Nascimento e feriu outras duas pessoas, em 31 de dezembro, em Campo Grande.

Por conta do estado emocional, o PRF mencionou que não se lembrava de alguns detalhes relacionados à sua condução do local do crime até a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro.

A nova oitiva foi realizada na 1ª Delegacia de Polícia Civil, no Centro, para tentar obter detalhes sobre a vestimenta que policial usava no dia do assassinato.

O Ministério Público Estadual solicitou esse depoimento, que foi acatado pela Justiça Estadual, porque procura mais indícios se Moon tentou mudar a cena do crime.

O PRF compareceu na delegacia acompanhado de dois advogados e respondeu a todas as perguntas que foram feitas.

Sobre o uniforme que vestia na hora da abordagem da caminhonete onde estava Nascimento e mais duas pessoas, ele afirmou que usava toda a roupa, apenas estava com uma camiseta azul por cima.

Moon justificou que se trajava assim porque estava no deslocamento para o trabalho e por motivo de segurança, enquanto não assumisse seu posto. Ele estava lotado na Delegacia da PRF em Corumbá e viajaria de ônibus. O policial disse que estava com calça tática bege, camiseta azul da PRF, meia preta e coturno.

À delegada Daniela Kades, Moon sustentou que foi levado para o Batalhão da Polícia Militar acompanhando de outros policiais rodoviários federais depois do homicídio.  Ele garantiu que não se lembra de quanto tempo ficou nesse local e apenas foi informado, um período depois, que precisava ser levado para o plantão da Polícia Civil.

Conforme depoimento, foi só quando teve a informação que iria para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro que ele tirou a camiseta polo que vestia e ficou apenas de uniforme, além de vestir o colete e colocar o cinturão e o boné. O deslocamento foi feito em viatura da PRF, acompanhado de outro carro da PM.

"Devido ao estado emocional de abalo em que se encontrava, o interrogando  não sabe esclarecer quantas viaturas o trouxeram até o plantão policial, nem quanto policiais o acompanhavam, já que estava fazendo as coisas de forma 'meio automática'", descreve o relato.

OPERAÇÃO DA PF

Fraude em ponto eletrônico da saúde na Prefeitura de Corumbá gera prejuízo de R$ 6 milhões

Polícia Federal deflagrou operação para combater crime e identificou servidor que ficava 5 minutos no expediente

19/04/2024 12h30

Polícia Federal deflagrou operação contra fraude do ponto em Corumbá Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Esculápio nesta sexta-feira (19) para combater prejuízo milionário que servidores da saúde em corumbá estavam causando no serviço público com fraudes em ponto eletrônico.

Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde da Prefeitura de Corumbá reiteradamente fraudavam seus pontos eletrônicos, não cumprindo a carga horária contratada, mas recebendo o salário integral. 

Ao longo da investigação, a Polícia Federal em Corumbá identificou que houve casos em que a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos. O foco da operação nesta sexta-feira foi concentrado nessa unidade especializada, que fica no bairro Universitário.

Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00.

Esse cálculo foi obtido a partir da apuração dos salários pagos aos profissionais de saúde em valor integral, porém sem que eles cumprissem a carga horária. A Polícia Federal não detalhou há quanto tempo essa fraude vinha sendo praticada e como houve a denúncia.

Na ação, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, foram sequestrados bens móveis avaliados em R$ 1.500.00,00 e bens imóveis avaliados em R$ 5.000.000,00 dos servidores públicos.

Dentro do Centro Municipal de Especialidade Odontológica trabalham principalmente dentistas e os serviços prestados são de cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia e odontopediatria. Os investigados poderão responder por estelionato, peculato e peculato eletrônico.

A Prefeitura de Corumbá divulgou nota e sugeriu que não foi a responsável pela denúncia. Conforme apurado, o governo municipal não teria conhecimento oficial dessa fraude até que ocorresse a operação.

"Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações. A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário", divulgou.

Ainda não há confirmação se os servidores investigados pela Polícia Federal também vão passar por processo administrativo.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 10h30

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

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