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Presidente de Comissão Especial é investigado pelo Ministério Público

Paulo Corrêa não foi citado em delações da JBS, mas é investigado em MS

Izabela Jornada

31/05/2017 - 09h50
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O único deputado estadual que não foi citado nas delações da JBS, Paulo Corrêa (PR), será presidente da Comissão Especial para apurar denúncia de eventual crime de responsabilidade do governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB).

Ontem, durante a primeira reunião da comissão, integrantes já aprovaram envio de requerimento para o ministro do Supremo Tribunal Federal  (STF), Edson Fachin, solicitando dados oficiais da denúncia feita pelo dono da JBS, Joesley Batista. “Teremos cópia dessa delação premiada para trabalharmos com fatos reais e aí vamos tomar as providências cabíveis”, declarou Corrêa.

Além de Paulo Corrêa, mais quatro parlamentares integram a comissão: Eduardo Rocha (PMDB) como vice-presidente, Flavio Kayatt (PSDB) como relator, Marcio Fernandes (PMDB) e Pedro Kemp (PT), todos citados nas delações da JBS. Os nomes dos parlamentares foram divulgados no jornal Estadão, na edição do dia 23 de maio.  

Os parlamentares não têm previsão de quando as investigações vão terminar. “No máximo em 90 dias o relatório tem que ficar pronto. Eu queria que resolvesse isso logo”, disse Rocha anteriormente. 
 
Denúncias passadas 

O presidente da Comissão Especial, que vai investigar Azambuja, Paulo Corrêa, dessa vez não foi citado, porém, já foi alvo de investigações por burlar folha de ponto de funcionários ‘fantasmas’ lotados em seu gabinete. 

Em outubro do ano passado, áudio foi divulgado revelando conversa entre dois deputados estaduais negociando fraude em folhas de pontos de servidores da Assembleia Legislativa. Na conversa, Paulo Corrêa orienta Felipe Orro (PSDB) a fraudar documentos para garantir que nenhuma irregularidade fosse descoberta.

Assim que o deputado Paulo Corrêa atende ligação de Orro, no próprio gabinete da Assembleia, o deputado deixa claro que o assunto que irá tratar com o colega é sigiloso e sério. São pouco mais de 3 minutos de conversa.

O deputado do PR se revolta em razão de Orro não estar sabendo do que “está sendo feito em todo Brasil”. “A Rede Globo está entrando nas assembleias legislativas do Brasil inteiro e onde que ela pega você. Você e eu temos bastante, você sabe o que você eu temos bastante, não sabe? Põe um controle de ponto. Mesmo que seja fictício, do começo do ano até agora, pega o seu chefe de gabinete e manda agir”, disse Corrêa, por telefone.

Enquanto Paulo Corrêa dá as orientações ao colega, Orro não responde nada e continua ouvindo. “Todo dia aquelas pessoas têm que assinar o ponto até que passe esse rolo aí, tá bom?”. O deputado do PSDB confirma que entendeu a mensagem e questiona o que fazer com trabalhadores que “estão na base”, ou seja, trabalham nas cidades onde os deputados foram eleitos.

“Tem que tomar muito cuidado, faz o seguinte, quando nós voltamos? Fevereiro? De 15 de fevereiro para cá faz o ponto e manda todo mundo assinar. Vamos dizer que você tenha 20 em cota normal, mas tem mais 20? Faz os 40 assinar”, disse Corrêa.

Na época, a Assembleia também criou comissão especial para investigar se os deputados praticaram quebra de decoro parlamentar. O Legislativo inocentou os parlamentares, porém, quatro  advogados haviam protocolado pedido de cassação dos envolvidos no Ministério Público Estadual (MPE). 
Todos os documentos foram encaminhados ao MPE e em março, os parlamentares foram intimados para apresentar explicações sobre funcionários fantasmas. 

POR DIREITOS

Professores da UFMS entram na greve geral da categoria a partir de 1º de maio

Maio marca o início da paralisação das atividades no polo campo-grandense da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em busca da recomposição salarial ao nível da inflação

23/04/2024 11h30

Além de Campo Grande, essa Assembleia Geral foi realizada em Três Lagoas, Corumbá, Aquidauana, Paranaíba, Chapadão do Sul, Ponta Porã, Nova Andradina e Naviraí, por meio de voto on-line e presencial Marcelo Victor/ Correio do Estado

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Durante Assembleia Geral da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (ADUFMS), na manhã desta terça-feira (23), os docentes de Campo Grande votaram "sim" pela adesão - a partir de 1º de maio - à greve nacional que reivindica a recomposição salarial ao nível da inflação.

Além de Campo Grande, essa Assembleia Geral foi realizada em Três Lagoas, Corumbá, Aquidauana, Paranaíba, Chapadão do Sul, Ponta Porã, Nova Andradina e Naviraí, por meio de voto on-line e presencial

Com opções de voto para deflagração da greve sendo "sim" ou "não", 150 foram favoráveis pela adesão, enquanto cinquenta e dois se mostraram contrários à proposta, com apenas duas abstenções registradas. 

Mariuza Aparecida Camillo Guimarães, professora presidente da ADUFMS, esclareceu que os pedidos se baseiam pelo reajuste salarial de 22% dividido em três parcelas (2024, 2025 e 2026). 

"A partir de 1º de maio suspensas todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas por docentes. Nós temos os serviços essenciais, vamos fazer uma discussão do comando de greve no dia 29 e tirar um cronograma de como os serviços essenciais vão estar funcionando conforme a legislação", comentou. 

Ainda em 03 de abril houve paralisação e seis dias depois foi decidida pela manutenção do chamado "estado de greve", o que indicava que uma pausa definitiva poderia acontecer a qualquer momento. 

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) iniciou a paralisação no dia 15 de abril,  52 universidades, 79 institutos federais (IF's) aderiram ao movimento em todo país.

"A greve vai continuar até que o governo apresente uma proposta razoável, que contemple também os aposentados e aposentadas. Atualmente a nossa reivindicação é por um reajuste salarial de 21,71% em 2024, 2025 e 2026", complementa Mariuza. 

Além disso, são reivindicadas a equiparação dos benefícios ao legislativo e ao executivo, a reestruturação das carreiras e também a recomposição do orçamento das universidades, que hoje equivale a um orçamento de 2016, segundo a presidente sindical. 

É previsto legalmente que essa correção aconteça anualmente, apesar de não ocorrer desde 2017, conforme a categoria, representando uma perda salarial de cerca de 40%, sendo que foi feito um reajuste emergencial de 9% em 2023.

Essencial

Mariuza faz questão de ressaltar que o Hospital e Restaurante universitários (HU e RU), são serviços essenciais, portanto, não devem paralisar suas respectivas atividades.

Ainda hoje (23) a ADUFMS comunicará à reitoria da universidade, a deflagração da greve e solicitará a suspensão do calendário acadêmico por tempo indeterminado.  

Sem uma duração estipulada, os docentes votaram apenas para quando a greve se inicia, de fato, em Mato Grosso do Sul, com 1º de maio vencendo por 65 votos as opções de 29 de abril (46 votos) e 10 de maio (40). 

Sobre a possibilidade de não adesão por parte de alguns professores, visto o número de posições contrárias além das abstenções, a presidente do sindicato argumenta que haverá uma mobilização já que o ADUFMS conta que haverá 100% de paralisação.

"Nós estaremos daqui até o dia primeiro, visitando as unidades, conversando com professores, para que todos os colegas possam se sensibilizar e entender que só a luta é que vai nos levar a conquistar uma recomposição salarial, que resgate a nossa dignidade, que hoje nós estamos passando por dificuldades e muitos professores têm reclamado de que os salários não estão dando conta. Dos boletos ao final do mês", conclui. 

Demais pontos

Na sexta-feira (19) o Ministério da Gestão e da Inovação esteve reunido com lideranças sindicais, propondo reajuste de 9% para os servidores técnicos-administrativos.  

Além dos técnicos administrativos e professores da UFMS que representam (60%) favoráveis a adesão da greve, os profissionais do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) e os servidores técnicos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) aderiram à greve ainda em 03 de abril. 

Paralisados pela greve dos professores e servidores técnicos estão os seguintes campi do IFMS

  • Campo Grande
  • Corumbá
  • Coxim
  • Dourados
  • Jardim
  • Naviraí
  • Nova Andradina
  • Ponta Porã

**(Colaborou Laura Brasil)

 

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ONDA DE CALOR

Onda de calor fecha abril com temperaturas elevadas em MS

Segundo o Inmet, há um aviso de baixa umidade e um perigo potencial no grau de severidade previsto para iniciar nesta terça-feira (23)

23/04/2024 10h30

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Após uma semana de clima ameno e chuvas que trouxeram um alívio temporário, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou nesta terça-feira (23), alerta de uma nova onda de calor para Mato Grosso do Sul, com temperaturas previstas de alcançar níveis extremos.  

Essa onda de calor tem sua origem associada a uma área de alta pressão na média atmosfera, que atuará como um bloqueio. Esse sistema favorece a permanência do ar seco e quente, resultando em temperaturas elevadas.

Em grande parte das regiões do Centro-Oeste, o clima será de tempo quente e seco, exceto no noroeste de Mato Grosso e norte do Espírito Santo, onde devem ocorrer chuvas rápidas e passageiras.

Temperatura de 22 e 29/04

Para os próximos dias são previstas temperaturas máximas que podem superar os 30°C na parte central do Brasil. No decorrer da semana, há uma tendência de elevação das temperaturas em áreas das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste a partir de quarta-feira (24) que poderá dar origem a uma nova onda de calor.

O Inmet destaca que está monitorando essas condições e reforça a importância do acompanhamento diário das atualizações de previsão do tempo e emissão dos avisos meteorológicos especiais.

No domingo, dia 28 de abril, as temperaturas máximas podem ultrapassar 30°C em grande parte do país, podendo chegar acima de 34°C em Mato Grosso do Sul.

Em MS 

Na sexta-feira (26), espera-se que Corumbá alcance os 40°C, enquanto Campo Grande pode chegar a 35°C. Porto Murtinho e Aquidauana também enfrentarão altas temperaturas, com previsão de 39°C, enquanto Miranda poderá atingir os 38°C.

Ainda na semana passada, diversas estações meteorológicas do Inmet têm alertado para o início de uma nova onda de calor, caracterizada por temperaturas consideravelmente acima da média ao longo de vários dias consecutivos.

Corumbá já havia registrado temperaturas superiores a 32°C entre as cidades monitoradas. Prevê-se um aumento gradual da temperatura ao longo da semana em toda a região Centro-Sul do Brasil, com Mato Grosso do Sul entre os estados mais afetados pelo calor intenso.

Alertas

Segundo o Inmet, há um aviso de baixa umidade e um perigo potencial no grau de severidade previsto para iniciar nesta terça-feira (23) a partir de 12h, com a umidade relativa do ar variando entre 30% e 20%.

Cuidados

  • Beba bastante líquido,
  • Evite desgaste físico nas horas mais secas,
  • Evite exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.

 

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