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Obra de US$ 56 mi

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Prefeitura divulga resultado de licitação
para iniciar obras do Reviva Centro

Equipe que vai realizar laudos técnicos do projeto custará R$ 2,2 mi

Izabela Jornada

21/09/2017 - 18h36
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Criado há quase sete anos e com pedido de empréstimo liberado no Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), o projeto de revitalização do Centro de Campo Grande, o Reviva Centro, teve resultado de licitação divulgado hoje.

Edital publicado no Diário Oficial (Diogrande) informou sobre contratação com valor de R$ 2,220 milhões para formação de unidade gerenciadora que será composta por consultores responsáveis por elaborar relatórios técnicos.

Para que a Prefeitura de Campo Grande consiga utilizar os US$ 56 milhões obtidos para a obra por meio do BID é preciso ter estruturada a unidade gerenciadora do programa Viva Campo Grande II.

“Essas contratações fazem parte do processo licitatório do BID”, explicou a diretora de Projetos Estratégicos da Secretaria de Governo da Prefeitura de Campo Grande, Catiana Sabadin. 

Serão contratados cinco profissionais para elaborar serviços de consultoria em engenharia para o apoio à Unidade Gestora do Programa de Desenvolvimento Integrado do Município de Campo Grande - Viva Campo Grande II.

Todos os consultores estarão conveniados com a prefeitura pelo prazo de 60 meses, ou seja, cinco anos. “O salário desses profissionais, sem férias e décimo terceiro, será de mais ou menos R$ 8 mil cada”, explicou Catiana.

Os relatórios serão técnicos nas áreas ambiental,de  arquitetura, elétrica, financeira, entre outras. 

OBRAS

Um das primeiras obras que deverão sair do papel são as unidades habitacionais. “Até dezembro devemos licitar essas obras. Mas não vai acontecer tudo no mesmo ano. São cinco anos de projeto”, ratificou a diretora.

Outra intervenção que está próxima de ser licitada é a revitalização da Rua 14 de Julho. Como o projeto tem investimentos na rede elétrica, em 2014 adequações foram apresentadas para então concessionária Enersul. Como houve alteração de na estrutura da empresa, agora novo projeto deve ser analisado e liberado pela Energisa, atual concessionária responsável.

“A Energisa ainda não respondeu sobre as novas normas de adequações pedidas por eles. Estamos aguardando para então podermos iniciar as obras na Rua 14 de Julho”, apontou Catiana. 

PROJETO

As mudanças envolvem requalificação da Rua 14 de Julho entre as Avenidas Fernando Corrêa da Costa e Mato Grosso, formação de calçadão nessa via em três quarteirões, projeto piloto de habitação e criação de área integrada entre o Mercadão Municipal, Horto Florestal e Morada dos Baís.

Além da mudança da fiação que passará a ser subterrânea, a Rua 14 de Julho terá ainda redução de pistas de rolamento para duas faixas com o objetivo de aumentar a calçada e tentar valorizar os comércios locais e o trânsito de pedestres.

“Nós conversamos com o pessoal da Associação Comercial. Revimos o projeto porque tem certa confusão em relação ao que foi feito no plano local. São três quadras que não vão ter estacionamento. As outras a gente vai manter o estacionamento. Queremos criar um ambiente de shopping a céu aberto”, explicou Catiana Sabadin, anteriormente.

O projeto prevê também proposta habitacional dentro do Reviva Centro, onde serão construídas 300 unidades habitacionais no Jardim Cabreúva e Vila Planalto.

CONTRATADOS

Os extratos de contrato divulgados no Diário Oficial informaram que Roberta Katayama Negrisolli foi contratada para serviços de consultoria em engenharia pelo valor de até R$ 600 mil, no prazo de até 60 meses.

Eliane Elena Vilalba Gonçalves assinou contrato para consultoria em economia e finanças  no valor de até R$ 480 mil e com prazo de execução de até 60 meses.

Ainda, Renata da Silva teve contrato firmado pelos serviços de assessoria técnica para monitoramento e avaliação de informações das atividades de planejamento, controle e gerenciamento de processos administrativos, licitações, aquisições, controle interno e integrado de processos. O valor desse convênio é também de até R$ 480 mil e com prazo de até 60 meses.

Airton Faria Vargas fechou convênio para consultoria em engenharia elétrica para adequação do projeto elétrico da requalificação da Rua 14 de Julho, no trecho entre as Avenidas Fernando Corrêa da Costa e Mato Grosso. O prazo desse contrato passa a valer a partir da entrega da emissão de ordem de ordem de serviço e do fornecimento pela Energisa. e tem valor estimado em R$ 180 mil.

Juliana de Mendonça Casadei foi contratada para consultoria socioambiental por até R$ 480 mil e período de até 60 meses.

Todos tem vigência a partir de 1º de agosto de 2017, mas foram publicados no Diário Oficial em 21 de setembro.

*Editada às 15h35 para acréscimo de informações.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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