Prefeito de Campo Grande Marcos Trad (PSD) vai a Brasília para pedir explicações sobre emendas parlamentares que não vieram para o Estado de Mato Grosso do Sul. De acordo com o prefeito, aproximadamente, R$ 1,6 bilhão foram liberados, mas nenhum valor chegou para o Estado. O chefe do Executivo municipal disse que vai tentar pleitear, aproximadamente, R$ 25 milhões para investir na saúde da Capital.
Ano passado, de acordo com o Conselho Municipal de Saúde, Campo Grande gastou R$ 23 milhões em campanhas para previnir a dengue. Marcos Trad disse que os valores poderiam ter sido utilizados para investimentos na saúde, mas foram gastos para "apagar incêndio" de epidemia.
A maior preocupação do prefeito é com a área da saúde, em especial com as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), além dos serviços que estão sendo habilitados e qualificados como o Serviço de Atendimento Móvel (SAMU) e Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD), entre outros.
O secretário de Saúde do Município, José Mauro Filho está acompanhando o prefeito em visita ao ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. Levantamento de estimativa de custos com gastos com a epidemia de dengue que onerou os cofres públicos será apresentado ao ministro com a finalidade de que os recursos sejam ressarcidos à Capital.
A construção do hospital municipal e o lançamento nacional do programa Saúde na Hora, previsto para acontecer na próxima segunda-feira, dia 22, na Capital, também devem ser discutidos durante a reunião.
Campo Grande é a segunda cidade do País com o maior número de unidades habilitadas até o momento no programa ministerial “Saúde na Hora”, ficando atrás somente do município de Fortaleza -CE, conforme portaria publicada pelo Ministério da Saúde.
O programa Saúde na Hora visa ampliar o acesso da população aos serviços da Atenção Primária, como consultas médicas e odontológicas, coleta de exames laboratoriais, aplicação de vacinas e pré-natal. A iniciativa amplia ainda os recursos mensais a municípios que estenderem o horário de funcionamento das unidades de saúde para o período da noite, além de permanecerem de portas abertas durante o horário de almoço e, opcionalmente, aos fins de semana. Só em Campo Grande serão 34 UBSs que funcionarão com atendimento estendido.
ESTADO
O secretário de Saúde do Estado, Geraldo Resende (PSDB) também está em Brasília para tentar agendar vinda de Mandetta à Campo Grande. “Vou conversar com ministro para saber que demandas vamos abordar na visita dele. Queremos uma saúde forte para o Estado”, afirmou Resende.
ATENDIMENTO ESTENDIDO DE UBSs
As 72 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Mato Grosso do Sul já estão autorizadas a se adequarem ao atendimento estendido.
Os recursos para que ocorra a habilitação das unidades será tripartite, Estado, município e União.
a União ficará responsável em repassar R$ 22,8 mil para UBS que optar pela carga de 60h sem atendimento odontológico e R$ 31,7 mil para UBS que contar com equipes de saúde bucal. Para as que optarem pelo turno de 75h semanais, serão repassados cerca de R$ 60 mil de incentivo. Os valores repassados pelo Governo do Estado e pela Prefeitura de Campo Grande ainda não foram divulgados. Informações preliminares é de que R$ 24 mil por ano serão repassados pelos Poderes.