O prefeito Marcos Trad classificou como retrocesso a decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS) determinando que a atual Polícia Municipal de Campo Grande volte a ser classificada como Guarda Municipal. A decisão atende a um pedido de liminar feito pela Associação dos Oficiais Militares Estaduais do Estado de Mato Grosso do Sul, para que fosse suspensa a emenda à Lei Orgânica que modificou a nomenclatura da instituição. por maioria dos votos, os desembargadores do TJ deferiram a medida cautelar pedida para suspender integralmente a modificação da nomenclatura, até o julgamento de mérito.
A decisão, explicou o chefe do Executivo municipal, também atinge a algumas das novas atribuições da guarda. “Não é só o nome. Mudaram também algumas atribuições. Ainda vou analisar a decisão [da Justiça]. Mas, se você colocar uma série de profissionais aptos para atender a população apenas para cuidar de prédios públicos, eu acredito que é um retrocesso”, destacou.
No ano passado, com a mudança do nome, a Guarda Municipal - já nomeada de Polícia Militar - chegou a anunciar a troca do brasão da instituição. Na época a intenção era investir R$ 300 mil para alterar os uniformes e também a caracterização das viaturas. Essas mudanças, porém, não chegaram a ocorrer. “O uniforme é o de menos. A preocupação é com a população. Eles não podem mais exercer a função de polícia. Nós vamos recorrer, mas até termos uma decisão demora e, enquanto demora, quem é a prejudicada é a cidade. Se hoje, com todo esse efetivo de 1,2 mil ajudando a Polícia Militar, ainda há violência e um índice de criminalidade grande. Imagine agora se ficarem somente ao lado de cimento?!”, disparou Marcos Trad.
A mudança no nome da Guarda Municipal a ocorreu em 18 de outubro de 2018, quando proposta de emenda à Lei Orgânica foi aprovada na Câmara de Vereadores. A medida, porém, aumentou a rivalidade entre guardas municipais e policiais militares.