Cidades

Briga de trânsito

Policial preso por usar
efetivo da PM para fins pessoais

Briga de trânsito motivou "acerto de contas" que culminou em prisão de sargento

Renan Nucci

02/10/2017 - 08h42
Continue lendo...

Desentendimento após acidente de trânsito terminou com sargento do Batalhão de Choque preso pela Corregedoria da Polícia Militar no último sábado, em Campo Grande. O tenente-coronel Luiz Fernando Carvalho, corregedor plantonista que atendeu a ocorrência, alega que o policial Éder Queiroz Gomes, 35 anos, cometeu crime de ameaça e usou da estrutura da PM para fins particulares, após abordagem ao comerciante Franklin Nunes Martins, de 26 anos. 

Colegas de Éder manifestaram revolta com a prisão considerada por eles como desproporcional aos fatos, e alegam que a suposta vítima usou de influência com parentes policiais para acionar a corregedoria com facilidade.

O corregedor plantonista nega tal versão e afirma que dentro do Código Penal Militar, ameaça é considerada crime contra a administração, passível de reclusão imediata. 

Já a expectativa do comandante do Choque, coronel Marcus Pollet, é de que o sargento seja liberado nesta segunda-feira, durante audiência de custódia. Éder está detido no Presídio Militar, instalado no complexo penitenciário da Capital. 

A confusão teve início na quinta-feira, depois que outro comerciante, amigo do sargento, se envolveu em acidente de trânsito na Rua Panambi Verá, no Jardim Tijuca. O homem, identificado como Eraldo Gomes Patrício Júnior, 27 anos, teria provocado a queda de Franklin da moto, enquanto seguia de carro para o médico. 

A ocorrência não foi grave, mas deixou a moto com avarias. Ambos trocaram telefones para resolver a situação posteriormente, mas não se entenderam. Eraldo passou a ser alvo de ameaças por parte de Franklin que dizia, inclusive, saber onde ele morava, que iria furar o carro dele a tiros e que ele deveria mudar de bairro. Com medo, Eraldo procurou a Polícia Civil na sexta-feira, para registrar boletim de ocorrência.

Temendo por sua integridade, teria alertado também Éder, principalmente porque em áudios enviados, o comerciante dizia que o irmão e o padrasto seriam policiais e que acionaria a corregedoria caso achasse necessário. 

De serviço no sábado e fardados, o sargento Éder e sua equipe foram até a lan house de Franklin. Segundo o tenente Edemair Basílio, oficial superior de Éder no dia, o objetivo do policial foi apenas fazer uma orientação, principalmente porque as ofensas disparadas através das mensagens constituíam crimes e ofensas contra a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. 

Na lan house, Franklin acionou o Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) por meio do 190, alegando estar sendo ameaçado por um policial armado. 

Assim, oficial do 1º Batalhão da PM, que atende a área, deu voz de prisão a Éder e encaminhou os envolvidos à corregedoria. Franklin estava acompanhado da namorada que corroborou com sua versão.

Cidades

Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024

05/12/2025 19h00

Foto: Emerson Nogueira/Futura Press/Estadão Conteúdo

Continue Lendo...

Em crise, os Correios decidiram não renovar este ano um benefício de vale-natal de R$ 2,5 mil aos seus funcionários, valor que foi pago em 2024, após Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A empresa comunicou seus funcionários sobre o não pagamento na noite de quarta-feira. Ao mesmo tempo, a estatal espera a avaliação da equipe econômica sobre os próximos passos nas negociações com os bancos.

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024. Ele vem sendo renovado, enquanto a atual direção negocia novos termos, mas o benefício de Natal foi cancelado em função da crise e da necessidade de cortes de custos. A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão.

Em paralelo, a empresa aguarda avaliação do Tesouro Nacional sobre o plano de recuperação, para poder voltar a negociar com os bancos um empréstimo na casa dos R$ 20 bilhões. A expectativa era de que isso fosse concluído ainda esta semana, mas o desfecho dessa análise deve ficar para a semana que vem.

Na terça-feira, o Tesouro informou à estatal que não dará aval a um empréstimo de R$ 20 bilhões caso as taxas de juros estejam acima de 120% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). A proposta dos bancos, segundo apurou o Estadão, foi de 136% do CDI. Ou seja: com essa taxa, a proposta foi recusada, dando início a uma nova rodada de negociação.

A equipe econômica estuda uma forma de dar um fôlego de curto prazo para a companhia, para que ela não negocie com os bancos sob forte pressão. Mas o desenho dessa ajuda ainda não foi definido.

Nesta quinta-feira, 4, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que se isso ocorrer com aportes do Tesouro, será dentro das regras fiscais.

Rombo bilionário

Os Correios correm para conseguir a liberação do empréstimo para lidar com uma crise financeira sem precedentes. De janeiro a setembro deste ano, a empresa teve prejuízo de R$ 6,05 bilhões, em uma combinação de queda de receitas com aumento de despesas.

Com o empréstimo, a empresa pretende quitar uma dívida de R$ 1,8 bilhão, além de financiar um programa de desligamento voluntário (PDV) e fazer investimentos para tentar recuperar espaço no mercado de encomendas e elaborar novas fontes de receitas.

A estatal também precisa regularizar pendências com fornecedores Isso é visto como crucial pela atual gestão para que a empresa recupere a performance no setor de entregas, a confiança de clientes e tenha aumento de receitas.

Cidades

Prefeita sanciona lei que dificulta emissão de atestado médico em Campo Grande

Lei pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestado

05/12/2025 18h45

Foto: Reprodução

Continue Lendo...

A prefeita Adriane Lopes (PP) sancionou a o Projeto de Lei que endurece e dificulta o acesso a atestado médico aos pacientes da rede municipal de Saúde em Campo Grande.

O texto foi aprovado em regime de urgência e única discussão instituindo o Programa Atestado Responsável, com a finalidade de endurecer a emissão de atestados, proposta  dos vereadores Rafael Tavares e André Salineiro.

Segundo o texto aprovado, a emissão de atestados deverá ocorrer de forma criteriosa e ética, sendo prerrogativa exclusiva do médico, que decidirá sobre a necessidade e o período de afastamento do paciente.

Quando não houver justificativa médica para afastamento, poderá ser emitida apenas uma declaração de comparecimento, comprovando a presença do paciente na unidade de saúde. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica sobre a apresentação deste documento para abonar  a falta no trabalho, ou seja, a empresa não tem a obrigação de pagar o salário do dia.

Conforme a lei, o programa “Atestado Responsável” tem objetivo de promover a emissão de atestados médicos de forma responsável e ética, priorizando as reais necessidades clínicas dos pacientes, contribuir para a redução da sobrecarga de atendimentos nas UPA’s e Postos de Saúde, direcionando os recursos para os casos de maior urgência e gravidade. 

Além disso, pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestados para fins de justificação de ausências sem real necessidade de afastamento laboral, fortalecer a autonomia, a segurança e a responsabilidade do profissional médico na tomada de decisão clínica sobre a necessidade de afastamento do trabalho.

Conforme o texto, o intuito do programa é implementar medidas de controle, registro e transparência na emissão de atestados médicos incluindo o monitoramento da quantidade de documentos emitidos, identificação de padrões de uso e eventuais fraudes, de modo a permitir a avaliação contínua da política pública e seus ajustes futuros.

O que diz as regras da CLT?

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica a declaração de comparecimento, exceto em situações específicas, prevista no Artigo 473, em que o trabalhador pode se ausentar sem prejuízo do salário para acompanhar a esposa ou companheira durante a gravidez até dois dias para consultas médicas e exames, ou para acompanhar um filho de até 6 anos em consulta médica, uma vez por ano.

Para outros tipos de consultas e exames, o abono de faltas não é previsto na lei e a aceitação do documento depende da política interna da empresa ou de acordos coletivos.

 

Assine o Correio do Estado
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).