Polícia Federal encaminhou hoje ao Ministério Público Federal (MPF), relatório do inquérito policial referente a Operação All In, para que o órgão decida se oferecerá denúncia contra os integrantes de quadrilha especializada no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro, liderada por Gerson Palermo, 59 anos.
Operação foi desencadeada no dia 28 de março deste ano em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Paraná, São Paulo e Minas Gerais.
Quadrilha alvo da operação atuava em vários estados e era comandada de Campo Grande, através de ordens de Gerson, que foi preso em sua residência no Jardim Antártica.
Investigações da PF apontaram que a droga entrava no Brasil por aeronaves e era distribuída para cidades da região sudeste por terra. Durante a operação, dois carregamentos de droga, entre eles 800 quilos de cocaína que saíra da Bolívia, foram apreendidos.
No Estado, além de Gerson foram presos sua esposa, Silvana Melo Sanches, Milton Motta Junior, Osvaldo Inácio Barbosa e Hugo Leandro Tognini. Dono de aeródromo em Corumba também teve prisão decretada.
Além dos presos em MS, quatro detentos de presídios de Santos (SP), Tremenbé (SP) e São Paulo capital também integravam a quadrilha e foram alvos de medidas judiciais.
Bens avaliados em R$ 7,5 milhões fora sequestrados da quadrilha e, no início deste mês, juiz Odilon de Oliveira, da 3ª Vara da Justiça Federal, autorizou a alienação imediata dos bens, que incluem carros, caminhonetes, motos esportivas, aeronaves, imóveis e aeródromo.
TRÁFICO INTERNACIONAL
Em relação aos trabalhos atuais da quadrilha, a investigação revelou que a droga era retirada da Bolívia por avião, e cruzava os céus de Mato Grosso do Sul, Paraná e Mato Grosso com destino ao sudeste do Brasil.
A PF suspeita que a droga também fosse traficada para outros países.
Para legalizar o dinheiro do tráfico, a quadrilha usava o trabalho de advogados que atuavam em Goiás, e conseguiam comprar imóveis e outros bens por meio de laranjas. Hoje foram bloqueados R$ 7,5 milhões da quadrilha que estavam divididos em 68 contas.
Todos os presos responderão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico - qualificado por ser internacional -, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, falsificação de documentos e falsificação de documento trabalhista.