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PDV é opção para quem não gostou de nova jornada

"Às vezes a motivação do servidor não é a jornada", diz Riedel

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Plano de Demissão Voluntária (PDV) foi entregue pelo secretário de Governo, Eduardo Riedel para os deputados analisarem a proposta, na manhã desta terça-feira (19). O projeto, de autoria do Executivo estadual, vai tramitar em regime normal na Assembleia Legislativa e, de acordo com Riedel, a matéria pretende oferecer alternativa para os servidores que não estão satisfeitos com o serviço público ou que não quiserem aderir a mudança de 6h para 8h de trabalho que foi imposta, por meio de decreto publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), na edição de hoje.

De acordo com o secretário, uma das vantagens de aderir ao PDV é o recebimento de 30% do salário. “Se ele ganha x, ele vai receber x mais 30%, e dependendo do número de anos que ele dedicou ao serviço, ele vai receber em parcelas aquele montante”, explicou Riedel. 

Sobre a expectativa de quantos servidores vão aderir a demissão voluntária, Riedel não soube precisar o montante. “Muito difícil quantificar quantos podem aderir, estamos mudando regime de horário, não sabemos quantos vão se sensibilizar por isso e vão deixar o serviço público”, disse Riedel.

O secretário disse também que as últimas ações do Governo do Estado em relação ao serviço prestado pelo servidor público são para melhorar o atendimento à população. “Você tem série de serviço prestado em diferentes categorias que a instituição funciona só meio período e que trabalham seis horas e que agora terão que trabalhar oito horas”, justificou.

PDV ECONOMIA

Sobre valores que a máquina pública poderá economizar com as ações, o secretário de Governo disse que esse não é o caso. “O objetivo não é economia, queremos regularizar situação que, ao longo do tempo se estabeleceu uma cultura no serviço público estadual e que entendemos que temos que reposicionar isso”, analisou.

O secretário acredita que as instituições públicas de serviço de atendimento disponíveis a sociedade está caminhando paralelamente a modernização do estado, a digitalização de serviços online, entre outras mudanças. “Isso faz parte do reposicionamento que o Estado tem que fazer para melhorar o serviço à população”, reforçou ele.

CATEGORIAS

Riedel explicou também que algumas categorias não serão inclusas, no que diz respeito a mudança da jornada de trabalho. “Existe flexibilidade específica dentro da categoria, tem que lembrar que algumas categorias já existe legislação própria como os militares e os policiais militares, não tem discussão, eles cumprem regime estabelecido”, lembrou Riedel.

O secretário fez menção aos professores também. “Eles não têm essas discussões, eles prestam concurso para 20 horas ou 40 horas e essa medida de 8h não vai impactar, na categoria deles”, ratificou.

CAIXA

Ao ser indagado sobre a possibilidade de o Governo do Estado não ter caixa para fazer o pagamento dos servidores que aderirem ao PDV, Riedel explicou que isso não vai acontecer porque o Banco do Brasil já se comprometeu a adiantar os valores para aqueles que aderirem ao plano. “Tem caixa porque vai ser parcelado, o Banco do Brasil, em tratativas com o banco oficial do Estado, já sinalizou que pode antecipar esse recebimento de parcelas ao servidor, caso ele queira, então, se imaginar que vamos ter o parcelamento disso, temos condição sim de garantir ao servidor que vai sair e que ele receba o que esta proposto no plano”, explicou.

Para finalizar, o secretário disse que as 47 categorias e os mais de 53 mil servidores terão opção de aderirem ao plano e que foram colocadas propostas para que as categorias discutam com Sindicato dos Servidores e com a Secretaria de Administração (SAD), por meio do secretário Roberto Hashioka, em que ocorreu série de rodadas de negociação com os servidores e que o Governo absorveu algumas sugestões. “Inclusive o prazo de primeiro de julho (para alteração da jornada de trabalho) foi discutido com as categorias”, finalizou Riedel.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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