Protestos
Sessão termina em confronto entre manifestantes e Choque na Câmara da Capital
Houve 50 minutos de sessão que foi interrompida e professor acabou preso
Depois dos protestos em frente à Câmara, os manifestantes, maioria professores, lotaram o plenário da Casa da Leis nesta terça-feira (4). Houve tumulto antes mesmo do início da sessão e depois de iniciados os trabalhos, os manifestantes jogaram pacotes de café contra os vereadores e a Tropa de Choque da Guarda Municipal precisou intervir.
As portas da Câmara foram abertas às 9h, mas houve tumulto e pressão de manifestantes para liberação da entrada. Pouco antes da abertura das portas, as centenas de manifestantes que aguardavam do lado de fora souberam que suposto grupo de manifestantes a favor do prefeito Gilmar Olarte (PP) já estariam dentro da Casa de Leis.
A situação motivou a ira dos manifestantes que começaram a gritar para que a “casa do povo” fosse aberta. Confira no vídeo abaixo.
Os guardas municipais que reforçam a segurança do prédio chegaram a impedir a entrada do grupo, mas no fim, todos entraram. Os 364 lugares da Câmara estão lotados e há muitos manifestantes em pé.
Assim que os 22 dos 29 vereadores desceram ao plenário, houve vaias e gritos de reprovação. Um grupo de manifestantes pró-Olarte, entre eles Edson Lima, de 53 anos, foi hostilizado pela maioria. “Conhecemos o prefeito e sabemos da moral, viemos aqui em apoio a ele”, disse Edson.
Durante a sessão que durou apenas 50 minutos, os vereadores votaram apenas um projeto relacionado à assinatura de engenheiros da prefeitura em projetos de habitação. Depois disso, manifestantes jogaram pacotes de café nos vereadores e o Grupo de Operação de Controle de Distúrbios, a Tropa de Choque da Guarda Municipal, precisou intervir.
Houve discussões, confronto, mas ainda não há informação de feridos. Um professor foi preso e encaminhado pelos guardas até a delegacia. Os vereadores se retiraram do plenário e a sessão foi encerrada.
REVOLTA
Além da pressão que professores fazem pelo reajuste salarial que ainda não foi acertado e motiva paralisação de parte dos docentes, as denúncias investigadas na Operação Lama Asfáltica, sobre negociação de propina em suposta compra de vereadores para cassação do ex-prefeito Alcides Bernal (PP) também é motivo de indignação.
Em defesa às críticas, o presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), falou hoje sobre o assunto. Ele negou qualquer participação em suposta armação.
Confira abaixo a ira de manifestantes antes do início da sessão: